sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Indústria da felicidade!


Existe uma pomposa indústria da felicidade que domina o mundo no momento. Não há espaço para gente triste e fracassada. Todos aparentam ser vencedores e felizes. Por vezes isso me irrita bastante, porque sabemos que não é assim!

Aí lendo os posts de balanços de 2010 e listas de desejos para 2011 que superlotam a blogosfera, percebo que nessa época a maioria levanta o seu tapete e mostra a sujeira que está lá embaixo. Que poder tem essa época do final de ano! De tirar um pouco a máscara das pessoas. Só por isso acho que vale a pena.

Se em 2011 eu consertar todas as merdas que fiz e que a vida me fez em 2010, já saio bem no ano que vem. Agora não se enganem, dizem os astrólogo, ou tarólogos, ou numérologos, ou qualquer um desses, que nosso ano começa mesmo é no dia do nosso aniversário. Então o meu só vai começar em maio... rs

Mas com sinceridade, eu fico contente quando leio/escuto que alguém está bem e sinto sinceridade. Me dá esperanças de poder consertar tudo que está errado na minha vida. Porque me lembra de que as fases boas passam, mas as ruins também...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Eu sei o que não quero!

Esses posts de natal e ano novo são tão maçantes, chatos, repetitivos, preferia não escrevê-los, mas também se não falar disso, vou falar de que nessa época? rs

Todo final de ano eu crio um único objetivo que geralmente realizo no próximo ano. Isso de uma certa forma é o que marca cada ano de minha vida. Mas nesse de 2010 foi tudo tão ruim, tão errado, tudo se virou tão contra mim. Que não tenho energia de desejar nada para o próximo ano. Só desejo que esse ano acabe para ver se a vibe muda.

Eu sei o que não quero! Não quero continuar assim como estou me sentindo. Agora, o que quero para 2011? Não sei, nem estou preocupada em saber...

Post safado esse, mas me deu vontade de escrever assim do jeito que está... rs

domingo, 26 de dezembro de 2010

Sobre interesse e romantismo...


Eu me interessei por um cara! Não, não estou apaixonada, amando, nada do gênero. Para mim o que importa é o fato em si, de me interessar.

Sabe quando você está há anos sem que um cara te encante, te arranque um brilho no olhar, um sorriso, algo assim, pequeno que seja? Acho que pouca gente é tão difícil de se interessar por alguém quanto eu. Então o fato de surgir um interesse contínuo é algo legal nesse período tão chato, difícil que ando passando. É meio como que beber uns goles de água no deserto...


Então, sinto uma leve brisa do desejo batendo no meu rosto e gosto disso, porque me faz sentir viva! Não importa que não tenho chance, que ele nem me perceba como mulher, somente como amiga. O importante é o fato de desejá-lo, de passar pela minha mente que ele poderia ser um cara legal para mim.

Em outras épocas, já estaria loucamente apaixonada, sofrendo, com a imaginação funcionando a mil. Hoje me sinto serena, sabendo exatamente como é a situação, sem sofrimentos.

Em homenagem a isso vou republicar um post meu, de 2008, sobre a minha descrença no romantismo. Sim, porque gosto muito do jeito que estou hoje em dia, gosto de ter meus dois pés no chão, mesmo que de vez em quando meu sentimento passeie pelo mundo dos desejos e dos encantamentos...



Romantismo idealizado...

O romantismo em excesso é uma praga que destrói relacionamentos, faz com que pessoas, principalmente as mulheres, fiquem sozinhas esperando um ser idealizado que nunca vai chegar! Calma! Não me atirem ovos podres, nem xinguem minha mãe! Mas convenhamos! O que o romantismo exagerado traz de positivo para a vida de alguém?

Eu fui uma romântica melosa quase a minha vida inteira, achava que ia encontrar o homem certo, aquele perfeito, amoroso, gentil, fiel, protetor, bonito e que iríamos descobrir que nascemos um para o outro. E que durante toda a vida nos perseguiu a intuição de termos nos buscado e enfim houve o grande encontro!

Acreditando nisso eu dei tanta cabeçada, fui explorada sentimentalmente, usada, enganada das formas mais infantis! E porque? Porque via naqueles homens que não valiam nada, um homem maravilhoso! Eu não via de verdade com quem estava, claro! Eram uns canalhas! Poderiam ser caras legais, mas minha forma de pensar atraía um tipo de homem que só queria ter alguns momentos de prazer! Eu distorcia a realidade para ver o que queria, tudo isso gerado pelo excesso de romantismo!

Gente! Eu não me tornei uma máquina sem sentimentos! Mas acho que na fase que me encontro só poderia me relacionar com um homem que também achasse que o romantismo idealizado estraga a realidade de um casal! Não falo daquele carinho entre o casal, nem do respeito, nem das coisas que realmente constroem um relacionamento, o romance é saudável e bom. O que estraga é quando você idealiza seu parceiro baseado no romantismo novelesco, esse que as gente lê nos livros e vê nos filmes! Principalmente as comédias românticas, essas são uma desgraça, quando vistas como uma realidade possível!!

No sábado estava conversado com uma amiga que está casada há seis meses. Ela disse para mim que o marido é cuidadoso, amigo, divertido, um parceiro de todas as horas, no entanto ela tá sentindo falta de algo, da paixão louca que tinham no início do relacionamento, de amanhecer o dia fazendo juras de amor, das mensagens no celular que ele mandava a cada meia hora, de como era quando eles se encontravam no final de semana. Ela queria que todo o romantismo dos primeiros dias de paixão durasse pra sempre! Qualquer pessoa madura sabe que isso é impossível! Ela sabe que isso é impossível e continua querendo, em nome do maldito romantismo idealizado! Ela está perdendo a possibilidade de curtir o marido legal que tem, porque ele não é mais o namorado encantador dos primeiro dias.

Querer que alguém seja perfeitamente romântico com o passar dos anos, é tão impossível quanto desejar ser jovem para sempre. O relacionamento não envelhece, mas amadurece, assim como o ser humano passa por etapas que precisam ser aceitas e assimiladas, sob pena de acabar seus dias sonhando, sonhando e sonhando com o parceiro(a) que só existe em sua mente...

Bem... Nesse clima de desejo que permeou meu post... rs... Desejo a todos um 2011 melhor que 2010, com paz e saúde. O meu 2011 precisa ser melhor e há de ser! Beijocas para todos!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Que rumo eu dou a tudo?


Não, gente! Esse não é um post para dizer que estou com vontade de deletar o blog, nem algo semelhante. Posts desse tipo me parecem pessoas que tomam cinco comprimidos de Valium para se matarem. Mas ando num momento ruim, com meus blogs, acho que reflexo da minha vida, do meu estado mental, dos últimos acontecimentos. Tá! Eu sei que já disse isso aqui, mas quero dizer de novo, porque hoje sentei para fazer meu post da semana e simplesmente não tinha tesão de escrever sobre nada. Então quando é assim, melhor escrever sobre o nada existencial...

Vou escrever mais um dos posts que abomino, que é o post depressivo, chato, pesado, sem finalidade alguma que não seja desabafar. É aquele post que ninguém sabe ao certo o que dizer e acha até melhor pular. Mas me sentiria hipócrita se viesse aqui debater temas como se tudo estivesse bem. Não tenho motivos para fazer isso, pelo menos não aqui nesse blog.

Não sinto que esteja em depressão, não é isso, me sinto frustrada mesmo, porque tudo deu errado. Tudo que investi para esse ano furou. E o que eu não investi também furou... rs... Caraca! Às vezes queria que acontecesse algo externo para me dar uma mão, uma coisa boa qualquer. Mas não, a impressão que tenho é que ou a gente batalha as coisas boas, ou se elas não acontecem, fica uma pacote fedido no seu colo chamado: frustração.

Sim! Frustrada ao extremo é como me sinto, porque do que queria que desse certo, dependiam outras coisas que iria dar andamento. E agora simplesmente me vejo obrigada a refazer todo o caminho. Porra! Estou cansada de recomeçar. Estou sempre me reinventando, recomeçando. Chega! Cansaço total!

Que vazio tenho sentido, um vazio como a muito tempo não sentia! Um vazio de gente que consiga gostar, um vazio de reciprocidade. Já percebeu que as pessoas que mais estamos dispostas a gostar, a nos entregarmos, são exatamente aquelas que estão cagando pra você? Aquelas que te dão migalhas? Que meleca de vida, chata! Sim, estou chata, sem paciência com ninguém, tudo me irrita, tudo me dá tédio e nessas horas a melhor coisa é me encolher cada vez mais até virar um ser esquecido no meu apartamento, coisa que já não é tão difícil assim.

Sim! Autoestima zero! Todas as minhas potencialidades estão zeradas, apodrecidas. Eu me arrumo muito bem por fora, pareço ótima, mas basta ficar comigo um tempo para ver que as coisas não vão tão bem. Eu estou me sentindo feia, velha, mal amada e derrotada! Ahhhh agora que comecei vou dizer tudo e foda-se!! Não precisam me consolar! Eu tento diariamente me jogar para cima, tento reagir a tudo isso, mas parece que estou dentro de um buraco negro. Sensação ruim que não sentia assim de forma tão contínua, há mais de 7 anos... Esse foi definitamente o pior ano desde 2002 para cá.

Não sinto vontade de Natal, nem de Ano Novo, nem de gente! Ao mesmo tempo que me sinto sozinha, gente me irrita. E encontro um pouco de paz quando estou dentro do meu apartamento, sozinha.

Sexta-feira foi o último dia de trabalho, antes da parada que damos durante as festas de final de ano. Que suplício foi para mim, confraternizar, brincadeiras do tipo inimigo oculto. O pessoal do meu trabalho é legal, mas não adianta a gente estar com gente legal, se não estamos legais....

Vou parar por aqui e esperar que na semana que vem minha vibe seja outra para escrever um post melhor. Desculpa aê, povo, mas para me sentir verdadeira, precisava escrever isso

Bem... Meio sem clima, mas mesmo assim, desejo uma bela noite de Natal, com muita harmonia, alegria e saúde para quem é de Natal. E para quem não é de Natal, que passe mais um dia com paz e saúde. Beijocas para todos.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Banalização do sofrimento...


Eu leio muitos blogs, e quando tenho um tempo a mais, leio os comentários feitos em um post que gostei muito, para ver como o pessoal recebeu. E claro, todos já sabem que eu sou uma chata-pensante-compulsiva. Não pude deixar de analisar o quanto as pessoas banalizam problemas sérios ligados ao emocional. E esses problemas passam a ser vistos de uma forma negativa, exatamente por causa de um pessoal sem noção.

Vamos lá, vou explicar melhor. Todos nós sabemos que existe depressão(doença), TPM, distúrbio bipolar, TOC(transtorno obsessivo-compulsivo) e tantos outros males ligados a mente humana. E como são situações, ou doenças, ou perturbações que não podem ser medidas em exames, não podem ser quantificadas ou detectadas exatamente, porque todas variam em grau de severidade; uma parte da sociedade, sã, mas que gosta de platéia para suas aflições cotidianas, tenta de qualquer maneira se encaixar numa dessas situações, com a finalidade de ganhar atenção, e/ou um sentimento deplorável, chamado: pena.

Quem passou por uma depressão(doença), sabe o quanto é incapacitante estar nesse estado. É algo que tem a ver com a química do cérebro, não é algo que se possa acordar e dizer "Ahhh hoje vou reagir e sair dessa". Mas umas criaturas sem noção, porque perderam o(a) namorado(a), brigaram com o chefe, tiveram uma decepção ou tristeza na vida, coisa que todos nós temos a todos os momentos, logo dizem que estão em depressão, que vão ao médico tomar antidepressivos. Se toca! Tristeza não é depressão!! Tristeza todos temos, ficamos um tempo abatidos e depois aquilo passa naturalmente!!

Distúrbio bipolar é algo sério. Um transtorno do humor que dependendo do grau, incapacita a pessoa para uma vida social normal. Mas outras criaturas sem noção, acham que porque um dia acordam de mau humor, e no outro dia de bom humor, são bipolares. Todo mundo tem oscilação de humor! Quem tem animal em casa, percebe que até eles oscilam de humor! Mas isso não caracteriza transtorno bipolar de forma alguma!

E TOC? Imagino o sofrimento que isso deve trazer para quem tem. Mas vem novamente outras criaturas completamente sem noção e acham que porque endireitam o quadro da sala, que está torto, tem TOC. Ahhh puta que pariu! Que raiva que tenho disso!


TPM é real! Eu sei o que é isso e conheço mulheres que sofrem muito! Mas tem umas que faça-me o favor! Dizem o que querem, quando querem, ofendem, machucam as pessoas, sob o álibi da TPM, que nessas mulheres, dura 30 dias no mês!

Fiz um post sobre bullyng onde contei minha história, li uma série de post sobre o mesmo assunto e li os comentários nesses posts. Fico passada ao perceber que algumas pessoas não tem respeito pelo sofrimento dos outros! E acham que porque receberam um apelido no colégio, coisa que 95% das pessoas recebem, sofreram bullyng. Olha! Não estou aqui para quantificar o sofrimento de ninguém. Estou me baseando somente no que leio, no que ouço. Porque não só leio, ouço muitas barbaridades desse tipo, das pessoas com quem convivo. Mas bullyng é algo bem mais torturante do que ser chamado de feio!

É por isso que as questões ligadas à psique, ficam tão mal vistas! As doenças, distúrbios, transtornos que tem a ver com um sofrimento emocional, qualquer imbecil sem problemas sérios na vida, dá um jeito de se encaixar ali e dar um nome importante para seus conflitos! E por isso essas questões sérias continuam sendo vista com tanto preconceito! Por conta dessa banalização!

Repito! Não estou aqui medindo quem sofre mais, quem sofre menos! Quem tem ou não tem tal doença, distúrbio, ou situação conflitante! Só acho que para muita gente, faltam problemas sérios! Problemas reais para buscar saídas. E essas pessoas ficam encontrando uma forma de super valorizar pequenas questões, ou criando um álibi para seu teatro de sofrimento.

Voltei com a macaca trepada nas minhas costas!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Desabafo on...

Hoje não vou abordar nenhum tema polêmico, até porque me falta bastante vontade de pensar em outras coisas que não seja na minha vidinha pequena!

Voltei de viagem. E nada resolvi. Tem épocas que desejamos mudar de vida, de situação, de problema. É assim que me sinto nesses últimos meses, com vontade de trocar de problema, não quero mais esse que estou tendo que resolver sem saber como.

Sou decidida, sou determinada, não fico sentada esperando que nada caia do céu. Mas puta que pariu! Tem certas situações que as opções são tão ruins, pobres, insatisfatórias, que não há como não ficar indecisa, não há como não recuar em certos momentos, por medo de errar mais e mais. E eu odeeeeio recuar!! Odeio sentir que adiei algo, ou mesmo que desisti! Prefiro pagar o preço de uma tentativa errada, do que voltar atrás. Mas dessa vez retroceder me pareceu o mais adequado. Mesmo que isso tenha me destruído por dentro. Chorei durante toda a viagem de volta. E agora estou nessa sensação de ressaca total...

Algumas pessoas que leem meu blog sabe o que está acontecendo. Eu não vou abrir simplesmente porque eu sou chata mesmo, estranha, não gosto de consolo do tipo "Não fica assim, que tudo vai melhorar". E nem conselhos dos tipo faça isso, faça aquilo. Eu agradeço sempre a boa vontade de todos em ajudar, mas eu sou esquisita mesmo. Gosto de remoer fracassos, indecisões, situações difíceis, sozinha, ou com a opinião de poucas pessoas bem próximas...

Aí vão me perguntar? Então pra que você postou sobre esse assunto se não quer consolo, nem abrir o jogo, nem nada? E eu respondo: - Sei lá!! Eu tenho que ter respostas para tudo sempre? Claro que não! Me deu vontade de vir aqui vomitar tudo, ou quase tudo, ou só um pouco de tudo! Só vontade de fazer isso e nada mais. Deus lê meu blog, minha mente, meus pensamentos. Ele há de me ajudar a tomar a decisão certa na hora certa. Aparecerá o caminho certo a ser seguido!

No momento fica aqui só minha pausa de blogueira essa semana. Não dá pra tocar em assunto sério nenhum, no máximo publicar futilidades no outro blog, com o intuito mesmo de relaxar.

No momento não quero pensar, não quero decidir, não quero ponderar. De preferência me ausentar de mim, do jeito que eu puder...

domingo, 28 de novembro de 2010

Pessoas que não mudam de opinião...


Existem pessoas que definitivamente, não mudam de opinião! Nunca! Elas percebem uma situação, tiram suas conclusões e não adianta o melhor argumento do mundo, porque vão continuar lutando até a morte para sustentar suas opiniões. Muitas vezes sem nenhuma base, com fundamentos ilusórios que só existem em suas mentes limitadas. Sim! Porque somente os burros não mudam de opinião! Acho até que existe uma frase feita que roda dizendo isso. E é uma verdade! Só não muda de opinião a pessoa que não tem capacidade, nem abertura para entender, ou aceitar os argumentos alheios. Se ela não é burra, age de forma bitolada!

No meu trabalho tem uma moça, muito legal. Ela é a mais prestativa, a que sempre vê o lado positivo das coisas, tem um coração bom. Percebemos isso e todos somos unânimes em reconhecer essas características nela. Mas o fato dela nunca, mas nunca mesmo, mudar de opinião, seja qual for o argumento apresentado, é algo enlouquecedor! Ninguém mais discute qualquer coisa com ela. Porque a criatura fica repetindo sua opinião sem parar. E toda vez que o assunto volta, repete a mesma opinião, com as mesmas palavras, mais umas 10 vezes. Imagina morar com alguém assim? Entendemos porque até a filha foi morar com o pai, mesmo ela sendo uma pessoa boa de coração, prestativa e tal. Simplesmente é impossível conviver com quem não te ouve!

Muitas pessoas acreditam que não mudar de opinião denota personalidade forte, quando na verdade só mostra o quanto a pessoa é intransigente! Sustentar eternamente opiniões caducas e absurdas, só demonstra o tanto de falta de capacidade de discernimento que alguém possui. Personalidade forte, sem bom senso é algo que falha, que tinha tudo para dar certo e estanca!

Pode perceber que para essas pessoas "engessadas", a culpa de todos os males está sempre no outro! A verdade sempre é o que ela acha e todos estão errados, todos estão agindo de maneira incorreta! Normalmente são aqueles que se colocam como vítimas crônicas do mundo. Não se dão a oportunidade de tentar ver o mundo sob um novo olhar...

Penso muito sobre tudo. Muitas das minha opiniões não mudo porque os argumentos iniciais continuam me convencendo. Mas estou sempre repensando a vida. Sempre analisando novamente, sempre dando uma chance para que me provem que não estou certa. Não é fácil admitir que estamos errados! Não é agradável, não faz bem para nosso ego! Na verdade é uma merda! Mas é necessário, faz a gente crescer como ser humano! E ao final, se o argumento alheio for bom, mudo a minha opinião, algumas vezes de forma radical, mas mudo explicando o porquê de ter mudado.

Mudar de opinião não tem abolutamente nada a ver com "ficar em cima do muro". Essa é uma outra questão. Aí sim é ausência total de personalidade, a pessoa é um barco à deriva, que vai para lá para cá, de acordo com as opiniões alheias e fica super angustiada em debates, porque nunca sustenta nada.

Definitivamente não tenho paciência com pessoas "engessadas". Quando percebo o tipo, imediatamente deixo que a criatura dê a palavra final e evito qualquer debate com ela. É um desgaste desnecessário de energia, só nos aborrecemos e nunca chegamos a lugar algum. Mas te digo que também me desinteresso imediatamente! Pessoas que não estão abertas a novos argumentos, normalmente são pessoas com opiniões pobres, porque elas não evoluem com o mundo e não tem muito o que acrescentar nas nossas vidas!

Gosto de gente que me ajude a repensar tudo que está aí e não pessoas que funcionam como âncoras do tempo, param em algum lugar e ficam ali sem evoluírem!

P.S.: Viajarei na terça-feira para resolver algumas coisinhas e devo voltar só na outra semana. Então, estando sem acesso à internet, ficarei distante dos blogs. Não sei se conseguirei escrever um novo post para a próxima semana. Não tenho tido tempo, vontade, disposição para escrever no blog, coisa que adoro! Mas de qualquer maneira terá um post, nem que seja uma republicação de um texto antigo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Bullyng - Eu sofri...

Inicialmente ia pegar esse selo, na cara de pau, do blog A Vida sem Manual, da Patricia Daltro! rsrs... Mas aí a Elaine Furtado fez um post com o selo e repassou o assunto para quem a seguisse... rs...

Quero tocar nesse assunto, porque eu sofri bullyng no meu tempo de colégio e de uma forma pesada!
Naquela época esse tipo de agressão não tinha nome. Sequer atenção era dada a quem sofria! Os professores fingiam que não estavam vendo, a direção do colégio era omissa. E se fosse contar para os pais, eles ainda brigavam contigo dizendo que você tinha que reagir, revidar. Pode ser que não tenha sido assim com todos que estudaram na mesma época que eu, mas me senti totalmente abandonada, jogada às feras.

Tudo piorou de verdade quando completei, mais ou menos, 12 anos e dois defeitos físicos que propiciavam a zombaria de outras crianças/adolescentes da mesma faixa etária, ficaram mais evidente, porque era o início da puberdade, fase em que todos voltam a atenção para o corpo. E o que já era ruim, ficou terrível! Porque se engana quem acha que criança é só indefesa e boazinha, quando se juntam contra as outras, podem ser mais cruéis que muitos adultos.

Quando entrava numa nova sala de aula para estudar, meu coração já estava acelerado, pânico era o que sentia, porque sabia que o inferno iria começar e obviamente meu temor e insegurança atraía rapidamente o olhar dos líderes de grupinhos, que geralmente são os mais desumanos.

Assim fui sofrendo calada até o último ano do ensino médio, que para mim foi o pior de todos. Fui transferida para um colégio novo e não conhecia ninguém, mas assim que entrei na sala, senti que aquilo iria virar um inferno. Uma bagunça geral já no primeiro dia. Uma turma visivelmente hostil. Acho que todos já se conheciam de outros anos. Sentei num canto e abaixei a cabeça, absolutamente morta de medo. Sabendo que nunca ninguém iria me ajudar, só eu mesma para me defender, e quando se é uma adolescente com autoestima de barata, isso é muito difícil.

Já no primeiro dia de aula, atraí a atenção do líder dos meninos e da líder das meninas. Dois seres cruéis ao extremo. E pra completar eram namorados. Então fiquei numa posição imediatamente muito ruim. Eles conseguiram chamar a atenção de toda turma para cima de mim, cantando musiquinhas idiotas e todos rindo de mim. Aquilo parecia um pesadelo que se repetia a cada ano. Nem preciso dizer que minhas notas eram as piores.

Um dia, o casalzinho fez um corredor de alunos para fazerem chacotas assim que saísse da sala. E tive que passar por eles. Aquilo foi me deixando tão atordoada, o rapaz líder se colocou na minha frente e começou a gritar. Totalmente descontrolada, meti um tapa na cara dele. Todos riram dele e percebi que aquilo iria ficar muito pior.

Fui embora para casa chorando e quando chegava em casa, tinha que disfarçar, porque meus pais não me apoiavam em nada. Dizia que eu era frouxa e por isso aconteciam essas coisas comigo. E no fundo acabei acreditando que era uma medrosa mesmo. Sentia muita culpa por tudo aquilo, achava que de alguma forma permitia que aquilo acontecesse.

No dia seguinte voltei às aulas e estranhei que todos me deixaram em paz. Me senti aliviada. Talvez meu tapa tivesse resolvido. Grande ilusão! Na hora da saída um grupo, liderado pelo tal rapaz do tapa, me esperava na porta do colégio, rapazes e garotas. E como tinha chovido, tinha muita lama e todos começaram a me atirar lama, imediatamente fiquei toda suja. Paralisada, só sabia chorar. Impressionante como o restante se omite por medo, olham com pena, mas se afastam! Mas nesse dia uma menina veio me socorrer e disse que iria me ajudar e me levou para a casa dela, que era próxima dali. Eu contei tudo para ela, disse que não poderia chegar assim em casa. Ela pediu a mãe que lavasse minha roupa, colocasse na secadora de roupas, enquanto isso tomei um banho.

No dia seguinte, essa menina, que veio se tornar minha amiga, foi comigo à secretaria, contamos o ocorrido e pedimos minha transferência para a turma dela, que era da mesma série. Fui para lá. Mas o inferno continou, só que bem menos do que foi na primeira turma.

Difícil passar em post o que é a dor de ser humilhada diariamente por pessoas que não ligam nadinha o quanto aquilo te fere. Muitas pessoas lembram da época de colégio com saudades, eu lembro como um grande pesadelo, bem difícil de suportar.

Hoje em dia não tenho mais a tais características físicas que propiciavam tudo isso. Fiz cirurgias que corrigiram. Mas o meu trauma de sala de aula, esse nunca me abandonou. Até hoje quando entro numa, mesmo sabendo, racionalmente, que nada disso vai se repetir, o medo está lá, meio que me paralisando. Não fico à vontade em salas de aula, nunca!

Resolvi contar isso, porque muitas crianças e adolescentes estão passando por isso agora e pode ser seu filho, seu sobrinho, uma pessoa que goste e que esteja paralisada pelo medo, sem querer se abrir, por culpa, por insegurança! Ou pior, seu filho pode ser o agressor. Ainda bem que deram um nome para isso, porque é uma questão séria e tem que ter mesmo atenção de pais e profissionais da área.

domingo, 14 de novembro de 2010

Quando as amizade virtuais desandam...


Já reparam que quanto mais próxima uma amizade virtual, mais difícil de se manter o vínculo com ela? Não é criar o vínculo, mas manter. Tem pessoas que visitam meu blog há anos, basta adicionar a pessoa no msn, ou mesmo no Twitter, que também é algo que aproxima a pessoa, e essa "proximidade" parece que "esfria" tudo. A pessoa não é mais vista como antes, perde o encanto, ou o contrário, você é que perde o encanto para ela.

Por favor, gente! Estou tocando nesse assunto de forma genérica, não é um recado para ninguém, não foi por nada que aconteceu recentemente, apenas uma análise da situação.


Nesse post escrevi sobre a importância das amizades vituais. Uma coisa fantástica da tecnologia, criando novas possibilidade de vínculos humanos. Acho mesmo que muitas amizades virtuais estão mais presente na nossa vida, te ajudam mais, te fazem mais companhia do que muitos amigos do nosso cotidiano, que de amigos, só tem o título, estão tão distantes que nem sabemos da vida deles.

No entanto, manter uma amizade virtual é muito mais difícil do que manter uma amizade "real". Qualquer coisinha quebra um vínculo virtual. Qualquer besteirinha, decepção e pronto, um block e a pessoa está retirada da nossa vida. Em questão de semanas a pessoa cai no esquecimento total. Tudo é muito rápido na internet. Tudo se cria fácil, mas tudo se dilui rapidamente também.

Tenho um amigo, o Fábio, que é bom exemplo de amizade virtual que deu certo. Começamos por esse blog, há uns 2 ou 3 anos atrás. Passamos para o email, msn quase diário em algumas épocas, e nos encontramos quando fui fazer minha cirurgia em Porto Alegre. Sempre mantivemos o mesmo nível, o mesmo interesse. Sempre foi uma coisa linear. Mantenho contato com outras pessoas que deram muito certo também, a "química virtual" é perfeita, e essas pessoas sabem que fazem parte da minha vida. Mas citei ele como exemplo, porque é o mais antigo e com a mesma qualidade de sempre.

No entanto, tenho vários exemplos de amizades virtuais que desandam completamente apenas no primeiro contato no msn. Poderia citar alguns casos, mas o post ficaria enorme. São grandes decepções e pior, você não sabe o que aconteceu, simplesmente a coisa não funcionou quando chegamos mais perto. A impressão que tenho é que no blog fica aquela coisa do amigo que a gente vê de vez em quando, enquanto que no msn você põe aquele amigo dentro da sua casa, creio que o Twitter também tem essa capacidade em alguns casos. Então a gente percebe os defeitos, coisas que não gostamos, pontos na personalidade que nos desagrada. Óbvio que estou falando dos dois lados. Tanto nos decepcionamos, como decepcionamos os outros. Muito estranho isso!

Confesso que tenho um certo receio de passar pessoas do blog para o msn. Às vezes a gente perde uma troca que está funcionando muito bem, que são os comentários mútuos e ganha um desapontamento, por algo que deixa de funcionar. Claro que tem pessoas que sabemos no íntimo que aquilo vai dar certo (essa serve para a Vaneza, que tinha receios comigo no msn). Eu sou muito intuitiva e sinto quando algo vai funcionar bem. Mas na maioria das vezes, atiro no escuro. Vou na incerteza total. E digo que a maioria que vou na incerteza, dá errado!

Pior que nesses caso não há culpados! Não se pode culpar ninguém pela falta de afinidades! Ou a coisa funciona, ou é melhor esquecer sem grandes mágoas. O problema é que não lidamos bem com essa suposta rejeição. Achamos que a pessoa tem algo contra a gente, e não é! Simplesmente não aconteceu, melhor teria sido ficar como antes. Quantas pessoas no nosso cotidiano, nos damos bem melhor quando não temos tanta aproximação?

Diga aí! Você teve mais decepções ou alegrias com pessoas que comentam seu blog e passam para o msn, Twitter, ou afins? Eu diria que no meu caso está meio a meio.

domingo, 7 de novembro de 2010

Reféns da culpa...

Faz um tempo que queria abordar esse tema, mas ele não ficava claro na minha mente para fazer um post. A verdade é que a culpa é o motivo que nos prende a situações sufocantes na nossa vida. Nos sentimos meio que sem ação, sem iniciativa para mudar, angustiados e paralisados ao mesmo tempo. A culpa nos sequestra e nos tornamos reféns dela.

Na minha a vida a culpa agiu de duas formas bem marcantes, nos relacionamentos amorosos e familiares.

Nos relacionamentos amorosos, foram aquelas relações desgastadas que poderiam ter sido terminadas muito antes do que foram, mas se arrastaram por um tempo desnecessário, por preocupação de como o parceiro iria ficar. Sim, você sente uma culpa futura, caso você termine com aquela pessoa e algo dê errado com ela. E essa culpa te aprisiona numa relação que poderia terminar tranquilamente, mas que vai ficando sufocante. Porque quando nos sentimos culpados, a pessoa motivo dessa culpa, sabe disso, ela sente e usa ao seu favor. A gente não ficaria refém desse sentimento tão negativo, se a outra pessoa "pagasse o resgate", ou seja, se ela nos libertasse, se ela simplesmente nos deixasse ir. Ao invés disso, se cria um vínculo nebuloso, em que o "culpado" e "vítima" se unem num laço difícil de se quebrar. Esse é o pincípio da obsessão no Espiritismo, mas o post não é sobre obsessão... rs

No âmbito familiar quantos exemplos temos de culpa entre pais e filhos? Muitos! São filhos que manipulam os pais fazendo com que se sintam culpados e vice-versa. Tenho certeza que você que está lendo meu post agora já viveu isso, ou sabe de uma história.

Meus pais se tornaram velhinhos extremamente manipuladores de culpa. Nossa! É algo que beira ao doentio! E não era para ser assim, já que eu e meu irmão estamos sempre presentes. Tá certo que não me aproximo do meu pai por vários motivos. Mas não me aproximava dele antes de ficar velho, agora então ficou muito mais difícil, mas meu irmão é super presente na vida dele. Minha mãe tem a atenção de nós dois. Mas impressionante como nossos pais produzem uma culpa imensa na gente, só pelo fato de existirmos, de estarmos bem. É algo cruel! Minha mãe manipula toda a situação de forma a parecer que ela está abandonada. Só que ela não está, definitivamente, não! A coisa é tamanha que até minha cunhada já foi aprisionada por essa culpa e se tornou refém dela, também.

Tenho pensando demais sobre isso. Mas não é só agora, há alguns anos penso sobre esse poder da culpa. E tenho feito um trabalho diário na minha mente para não me tornar prisioneira de novas culpas e ver se consigo sanar as já existentes. Tenho feito grandes progressos!

Se livrar da culpa não é um processo fácil. Se fosse, ninguém ficaria nesse ciclo vicioso. Romper essa situação requer esforço e uma sensação de perda enorme. Quando "quebramos" um processo de culpa, um pouco da gente vai junto. Uma sensação infinita de que falhamos, de que fizemos tudo errado. Mas é preciso aguentar o tranco, para mais na frente sentir o alívio.

Comparo esse processo de culpa ao vício de drogas, você sabe que aquela situação te faz mal, mas permanece por pequenos alívios imediatos, sendo que dar um ponto final é que nos livrará e nos trará bem-estar verdadeiro.


Quanto a minha mãe, estipulei as ações que preciso fazer por ela. E o resto não permito que ela manipule mais. Não é justo! Tenho pena do meu irmão que está muito mais enredado nesse processo todo. Nem sei se um dia ele vai conseguir melhorar isso para ele. Mas o meu dever comigo mesma é tentar tornar isso o menos doentio possível na minha vida. E isso farei!

E você? É refém da culpa?

domingo, 31 de outubro de 2010

Homem sozinho se sente mal?

Todos nós sabemos quanto drama as mulheres fazem por estarem sem um relacionamento. Muitas são capazes de loucuras para dizerem que tem um namorado ou marido. Umas meio que "compram" um parceiro, outras se submetem a homens xexelentos, perdendo totalmente a sua dignidade, para sentirem o alívio de aparecerem socialmente acompanhadas. Mas e os homens? Os homens são um enigma para mim e muita gente, pois geralmente tentam esconder suas fraquezas, porque a sociedade ainda rejeita homens sentimentais, ligam imediatamente a homossexualidade, fragilidade, dentre outros atributos que o homem hétero não gosta.

No local onde trabalho, era casada, enquanto a maioria das mulheres estavam sem um relacionamento. Hoje em dia a situação se inverteu. A maioria está namorando ou casada e eu me separei. E posso perceber claramente a cobrança. Porque elas simplesmente não admitem que esteja tranquila, vivendo a minha vida, sem me desesperar com isso. Uma chegou a dizer que eu só poderia tá fazendo tipo. Ri! Porque é só o que posso fazer... rs... Não sinto a angústia que elas sentem por mim... rs...

Acho meio doentia essa corrida atrás de um companheiro, como se a gente precisasse disso para sobreviver. Bem... Mas já comentei sobre isso em outros posts e não vou ficar me repetindo. A questão é que existe um rapaz que trabalha na minha sala, que se separou faz uns dois anos e não teve mais nenhum relacionamento depois disso. E não vejo ninguém se preocupando se ele está sozinho ou não. Acham, sim, que deve está pegando todas, curtindo a vida, como todo bom macho deve fazer.

Porque não olham para mim e pensa a mesma coisa? Que eu estou dando um tempo, curtindo minha vida e que se tiver que ser, será? Não... a diferença é que sou uma desgraçada de uma mulher, que cometi o absurdo de não me desesperar por estar solteira!

Aí, olho esse rapaz que trabalha comigo e o percebo tão bem, que me vem aquela questão dos biscoitos Tostines. Será que ele tá tranquilo porque a sociedade não cobra isso dele, ou a sociedade não cobra isso dele porque homens ficam tranquilos sozinhos?!

Cheguei ao ponto do meu post! Percebo tranquilidade nos homens sozinhos. Mas essa calma é aparente, para não demonstrar fragilidade, sentimento e tal? Ou os homens lidam melhor mesmo com a questão de não precisarem ter desesperadamente um relacionamento?

Ok!! Já sei que tem aquele lance de que mulher sabe se virar sozinha e homens gostam sempre de ter uma "companheira" para cuidar deles, essa coisa da casa, roupas, comida e tal. Mas isso também tem mudado. Percebo que os homens mudam lentamente, mas já existem muitos que se viram com os serviços domésticos e administração da casa. Já a grande maioria das mulheres está completamente parada lá atrás no quesito dependência emocional, de um companheiro.

Pode ser que esteja enganada! Ou que não esteja percebendo o desespero dos homens. Ou que só venha analisando homens desencanados nesse sentido!

E vocês o que acham? Homens se sentem menos ansiosos quando estão sozinhos?

domingo, 24 de outubro de 2010

Casais estranhos...

Conversando com a fofíssima Sal no msn, ela me contava uma história que me fez pensar bastante sobre casais que se dão bem sentimentalmente, mas que não combinam de outras maneiras, seja fisicamente, ou por causa do nível sócio-cultural, ou simplesmente pelo choque de estilos...

Acho que a maioria dos homens que passou pela minha vida, foram meio estranhos. Já namorei homens bonitos, tive um namorado lindo, daqueles que a mulherada toda dava em cima. Isso quando eu tinha lá meus 19 anos. Mas me relacionei com vários nerds-extraterrestre... rs... Talvez porque necessite demais poder conversar sobre tudo com o homem com quem estou. Papo conta demais para mim! E os nerds se aprimoram em pensar!

Parei para analisar agora e acho mesmo que tenho uma boa queda por nerds, com cara de maluco. Veja só! Para quem conhece os dois, me sinto mais atraída pelo PC Siqueira do que pelo Felipe Neto. E o Felipe é todo gatinho, mas acho fofa aquela coisa toda atrapalhada do PC Siqueira. Deve ser porque os nerds parecem sempre estar na contramão e meio que me sinto assim... rs... E que fique claro que nem todo nerd é esculachado, molambento, etc... Uma coisa não está ligada a outra diretamente.


Lembro de um namorado que tive há muitos anos. Nossa! Esse foi o fim de tudo! Era algo inominável. Morria de vergonha de ser vista com ele em público. Geralmente ficávamos enfiados no apartamente dele. Aí, quando me chamava para ir a um barzinho e tal, olhava aquele cabelo dele que parecia uma moita de mato seco, aquelas roupas todas descombinando, esculhambadas, umas até rasgadas. Gente, eu pedia forças para enfrentar. Saía, mas não dava a mão, já não gosto mesmo de dar a mão, então usava isso como desculpa.

Ele parecia um mendigo e eu ali toda arrumada, mortinha de vergonha. Gostava dele, da conversa, era muito inteligente, sacava muitas coisas da vida. Enfim, seria tão bom pegar a mente dele e enfiar em outro corpo um pouco mais arrumadinho! Mas não dava, né? Devo confessar que essas diferenças contribuíram para o fim do nosso namoro.

Lembram do post sobre homens molambentos, que fiz? Pois é, a minha diferença paras a mulheres que citei naquele post, é que morria de vergonha desses homens esculhambados que passaram pela minha vida. Gostava deles sentimentalmente, mas algo não funcionava quando tínhamos que estar em público...

Com a Sal, comentávamos sobre quando estamos com alguém que a gente curte muito, mas o cara fala errado, escreve errado. Affe! Tem gente que parece ter um bloqueio. Vive num meio que todos estão falando certo e a criatura continua falando errado, talvez porque venha de uma família humilde, de um meio em que as pessoas falavam assim, mas não cai a ficha que aquilo mudou, agora ela está convivendo com outro tipo de gente mais instruída... que precisa mudar isso. Por esse tipo de situação nunca passei, mas tive uma colega de trabalho que passou e te digo que isso, também, detona a relação.

O problema reside quando não conseguimos ignorar totalmente as diferenças. Porque muitas pessoas conseguem. São aqueles casais que a gente olha e não entende como estão juntos, e mesmo assim lá estão eles, felizes juntinhos, as diferenças incomodam mais a quem olha de fora do que a eles mesmo.

Gostaria de saber o porquê da gente gostar, se apaixonar por pessoas que normalmente a gente rejeitaria, ou por não pertencer ao nosso meio, ou por ser esquisita fisicamente. Em que ponto ignoramos tudo isso e passamos a olhar a pessoa com olhos de encantamento? Tá, sei que é a paixão, mas rejeitamos muitos e num determinado momento nos apaixonamos por um nada a ver.

E você? Já passou por isso?

domingo, 17 de outubro de 2010

O cafajeste... (parte II)


A quem possa interessar, a primeira parte desse tema está aqui.

Tenho horror a cafajeste, homem galinha, metido a gostosão! Nossa! Esse tipo me dá urticária! Acho que só aguento essas criaturas na balada, já me pegam com uma boa concentração de álcool no sanque, o que faz com minhas defesas estejam baixas, e meu senso crítico in off. Chegam fácil, é uma ficada boa e depois cada um segue sua vida. No dia seguinte, rasgo/apago qualquer telefone que tenham me passado! Até porque, geralmente não ligam mesmo... rs

Tá bom! Sei que qualquer mulher, inclusive eu, pode ser fisgada por um cafa, nenhuma está imune, mas afirmo que quando percebo um, não gosto nem de olhar para a cara dele. E quando preciso lidar com um desses infelizes, passam os piores pensamentos pela minha mente, mas dou um sorriso e faço a linha "não tô entendendo nada".

Atualmente o cafa da vez é o gerente do restaurante onde almoço. O gerente anterior era um fofo total, um cara super gente fina! Mas esse já chegou mijando nos quatro cantos do restaurante para marcar território. E ele dá em cima de todas as maneiras que pode, em cima de mim e de grande parte das mulheres que vai ao restaurante. Já percebi que tem uma queda por louras e, atualmente, estou loura, então sou uma vítima dessa criatura. O jeito que me olha, as piadas sem graça que manda, as insinuações. Affe! Tenho vontade de mandar se fuder! Mas ao invés disso, me comporto como uma lady e me limito a sorrir e dar respostas evasivas...

Um dia desses ele vira para mim e diz:

- Olha o que encontrei no meu bolso! Um papel com o telefone do fornecedor de bebidas! A minha mulher lavou a calça com ele dentro e nem viu! Mas se fosse o telefone de uma mulher que eu tivesse pegando, ela teria visto!

Gente! Geeeeente!!! Peguei meu olhar 335, totalmente fulminante e mandei! Ele ficou tão sem graça que saiu de perto de mim na mesma hora, sem dizer uma palavra! E te digo que se não saísse, teria despejado o quanto sinto desprezo por homens iguais a ele. Ainda bem! Porque gosto demais do restaurante, da comida e do preço, não quero deixar de ir lá!

O chato do cafajeste, não é ele ser um galinhão. Ele até tem o direito, a vida é dele, faz o que quiser e te digo que tem mulheres que gostam desse tipo! O problema do cafa é quando quer esfregar na cara de todo mundo que tá pegando geral! Isso é que me irrita, essa atitude de moleque! E a coisa não para por aí! Esse do restaurante é apenas um subtipo do cafajeste, existem outros:

Sedutor - Esse prefere atacar uma de cada vez! Escolhe sua vítima como um serial killer, tem que se encaixar no seu perfil. Vai lá e faz tudo para conquistá-la, quando percebe a mulher apaixonada, simplesmente a abandona e recomeça a busca por outra vítima...

Parasita - Conquista mulheres carentes, promete amor infinito a elas, as cobre de atenção e carinho, mas somente no início, depois de estabelecida a relação, as abandona emocionalmente e faz a idiota acreditar que o relacionamento continua funcionando. São muito manipuladores. Escolhe a mulher não para se relacionar numa troca sadia, mas para ter uma cuidadora. A mulher está ali para fazer sua comida, lavar suas roupas, administrar a casa onde mora, cuidar da sua vida para que ele tenha tempo para seu mundinho particular. Enquanto essa demente se acaba cuidando desse subtipo de cafa, ele se dedica a correr atrás das mulheres que inspiram desejo nele.

Interesseiro - Esse é um subtipo que tem se proliferado assustadoramente. Cobre a mulher de atenção, carinho, tenta satisfazê-la sexualmente. Se torna o homem dos sonhos dela, mas o que quer mesmo é viver na aba e transar com as outras escondido, quando a oportunidade surgir. A mulher tem que pagar tudo, e tudo continuará bem enquanto ela estiver pagando tudo. Eles são aquilo que os próprios homens reclamam desde sempre nas mulheres, que são interesseiras, que gostam mesmo é de dinheiro e tal. Agora já existe a versão masculina! Esse subtipo que se multiplica como rato, acabou copiando o tão famoso golpe do baú, que antes era "privilégio" das mulheres! Curioso, não?!

Por favor! Me lembrem outros subtipos de cafajestes, são tantos... rs

domingo, 10 de outubro de 2010

Loucuras de amor!


Sim! Quem de nós nunca fez uma loucura de amor? Vasculhe na sua mente. A princípio você pode até dizer que não fez. Mas nem que seja uma pequenininha, todos nós fizemos alguma vez na vida. Eu, como doida, insana, desequilibrada que já fui e continuo sendo um tanto; já fiz muitas loucuras de amor.

Acho que de tão passional que fui, de tanto que quebrei a cara, de tanto que sofri por relacionamentos que deram errado, ando meio gelada sentimentalmente. Confesso que é até bem cômodo me sentir assim, mesmo que em alguns momentos sinta falta de estar apaixonada...

Hoje vou contar uma loucura de amor que sempre dou como exemplo para as pessoas. Algumas que me seguem aqui no blog já conhecem, mas a maioria não. Então vamos lá:

Um dia meu primeiro marido chega para mim, assim sem dar muitos sinais que pudesse perceber, ou não quis perceber, sei lá, e diz que vai me deixar porque está apaixonado por outra mulher.

Sabe quando parece que tiram o chão que você tá pisando, sua cabeça esquenta e tonteia, o estômago trava e sua coluna gela? Exatamente isso que senti. Um choque total. A partir dali entrei num processo de perda absoluta do amor próprio.

Totalmente inconformada, quis conhecer a mulher que tinha "tirado" ele de mim. Um dia, lá estava ela na minha frente, mais jovem, mais bonita, mais certinha, mais isso, mais aquilo e eu me sentia a bruxa do pântano. Minha autoestima foi a zero. Tudo que tinha sonhado viver com aquele homem em questão de dias tinha ido pelo ralo.

Comecei a rastejar atrás dele. Me fiz de ex super compreensível e comecei a frequentar os mesmos lugares que ele ia com a tal mulher. Chegava a sentar na mesma mesa e ficava ali com cara de "cachorro-vira-lata-esperando-uma-sobra", na esperança tola de que num momento de lucidez ele largasse aquela mulher e voltasse pra mim. Mas obviamente isso nunca acontecia, o que rolava mesmo eram abraços e trocas de olhares carinhosos entre os dois. E eu ali interpretando um personagem do tipo "sou super desencanada, tá tudo bem".

Um dia, num desses encontro em bares em que ficava assistindo o romance dos dois, num processo de total perda da minha dignidade, ela se despediu dele e foi acompanhar um grupo de teatro do qual fazia parte. Aproveitei o momento para tentar mais uma vez uma reconciliação.

Pedi que ele me levasse em casa. Era muito tarde e a gente conversava num ponto de ônibus, quando me disse que estava feliz com ela e que não voltaria para mim, que eu esquecesse isso. Ira total!! Peguei um guarda-chuva que estava em minha mão e comecei a bater em todos os cantos, nas árvores perto do ponto, na pilastra. As poucas pessoas que estavam em volta atravessaram a rua para o outro lado e ficaram olhando aquela cena. Eu gritava que não poderia viver sem ele e apenas com o cabo do guarda-chuva absolutamente esmigalhado, ajoelhei aos seus pés e implorei para que voltasse. Ele começou a chorar e dizer para que parasse com aquela cena. Me atirei ao chão, chorava e ele tentando me reerguer. Nisso para um ônibus, todos ficam assistindo a cena e aí gitei ainda mais que o queria de volta. Algo que quando lembro hoje em dia, me dá uma certa vergonha... só não completa vergonha porque acho que tudo que vivemos é válido...

Bem... num determinado momento conseguiu me acalmar, me levou até a porta do do meu prédio e foi quando me disse que eu estava com uma fixação doentia. Aquilo me feriu fundo. Não sei se porque tinha um tanto de razão, ou porque não estava dando importância a tudo que vivemos juntos, ou porque tinha me esquecido tão rápido, ou tudo junto. Só sei que dali em diante resolvi fazer o caminho de volta. E foi duro. Muita depressão, muita luta até dar a volta por cima, refazer minha vida e esquecer aquele homem...

Dois anos mais tarde ele me procura pedindo para voltar. Olhei pra ele e talvez por lembrar tudo que sofri, ou talvez porque realmente o tivesse esquecido e não queria mais viver um relacionamento com ele, disse não, calmamente e com uma certeza absoluta de que era o que queria. Ele desapareceu e nunca mais ouvi falar.

Vivi 3 anos com esse homem, que me deixou muito boas recordações. Hoje não guardo mágoas dele, só consigo lembrar dos momentos bons que vivemos, do quanto me ajudou a sair de situações em que me sentia estagnada. Foi um homem que deixou marcas positivas na minha vida. Não posso ignorar tudo isso. Sinceramente não guardei mágoas e raivas. Mas lembro da minha separação como uma fase muito difícil na minha vida e desse dia no ponto do ônibus como uma loucura de amor...

Conte para mim! Qual a loucura de amor que você fez que te marcou, que ficou na sua lembrança?

domingo, 3 de outubro de 2010

Coisas que detesto na net!!


Lá vai mais um post ao estilo: "ame ou odeie". Sempre tem umas coisinhas que vão me chateando e acho que o blog é o melhor lugar para desabafar, até porque umas tem a ver com blogs. Já me preparo, porque sei que vem as críticas, do tipo "não tenho direito de meter na vida dos outros", blá, blá, blá. Mas constantemente gosto de lembrar que esse é meu blog e tenho o direito de escrever o que quero, caso contrário, ter um blog seria algo muito chato, monótono, tedioso. Vamos lá:

1) Posts enormes - Gente! Esse é um erro que eu mesma tenho que me policiar constantemente. A internet é um local em que tudo é muito rápido. Reparem nos sites de notícias como as matérias são bem resumidas, colocando só o essencial. Isso não é à toa, é porque as pessoas navegam por muitos sites e geralmente com um tempo reduzido, então ser objetivo e sucinto são qualidades na hora de escreve um texto! Quando crio meus posts, eles ficam enormes, e depois vou cortando os parágrafos que acho desnecessários, ou não tão importantes. Acho que meus posts atuais tem ficado na média para mais, nem longos demais e nem tão curtos quanto gostaria. Mas quando deparo com um texto muito longo, confesso que só leio se gostar do autor, se gostar muito da forma como ele escreve, se tiver consideração por ele, caso contrário, pulo legal, ainda mais para mim que sou extra-mega-plus-preguiçosa e com pouco tempo para net... Pensem nisso na hora de criar seus textos!


2) Letras de confirmação de comentários - Já reparam que no Blogger tem agora opção de marcar comentário como spam? Sim, gente! Não precisam mais deixar essas letrinhas para evitar spam e que só enchem o saco de quem te comenta. Se você moderar os comentários, consegue filtrar tudo, marcar o que considera como spam e facilitar a vida de quem te comenta. Iniciei aqui, uma companha contra essas letrinhas. Quem concordar comigo, por favor, me ajude!


3) Quem não disponibiliza o texto inteiro nos feeds - Para quem não entendeu. Leio os blogs em um agregador de feeds, adiciono o blog da pessoa e sempre que ela atualiza, aparece seu texto lá para que eu possa ler. No entanto, gostaria muito de saber porque algumas pessoas só disponibilizam um pedacinho, ou nada do post, obrigando que você carregue o blog da pessoa, que nem sempre é leve e fica um tempão para abrir. Dá pra facilitar a vida de quem te acompanha, ou fica difícil?! Confesso que dependendo da pressa que estou, pulo esses blogs que não disponibilizam o texto todo!


4) Mensagens tolas e repetidas em redes sociais - Quando estamos num grupo, ficamos repetindo a mesma coisa incessantemente, até exaurir seus interlocutores?! Não, né?!! Porque as pessoas vão mandar você calar a boca, ou vão sair de perto. As pessoas precisam perceber que o Twitter, Facebook, Orkut, etc. e etc... São redes sociais, e quando estamos no convívio social, precisamos dar espaço para os outros, ou mesmo não invadí-lo de forma abusiva. Começo a seguir umas pessoas no Twitter e paro, porque a criatura repete a mesma coisa eternamente... Um dia desses, alguém de lá veio reclamar que tinha parado de segui-lo, mas sinceramente, aquela enxurrada de tweets repetidos, dificultava visualizar os tweets de outras pessoas que sigo. E pior do que os tweets repetidos, são os tolos: "Vou escovar os dentes", "Estou lendo", "Vou tomar café". Irrita muito! Acho uma falta de bom senso, de educação, de gentileza, de tudo! Tá boooom!! Quer colocar 30 tweets seguidos dizendo que seu cachorro tá fedendo? Faça, você tem esse direito! Mas não reclame quando pararem de te seguir, porque você está invadindo o espaço alheio de forma exagerada! Isso vale pra todas as redes socias, Orkut, Facebook, etc e etc...


5) Mulheres,parem de dizer na internet que está faltando homem! - Quer falar essa besteira, porque isso é mais uma frase feita pra "gado" ficar repetindo sem pensar, diga à vontade, mas na roda de amigas, para os seus familiares, em todos os lugares que não sejam públicos!! A internet é um lugar público, quer você queira ou não. Se você é mulher e quer repetir essa frase, concorda com ela, faça isso reservadamente. Caso você ache que estou errada, você é desprovida de inteligência, pelo simples fato que os homens leem isso!! E sabe o que você ganha com isso? Ser mais desvalorizada como mulher!! Porque dissemina uma forma de pensar do tipo:
"Tá faltando essa mercadoria, então vou agarrar a primeira marca xexelenta que aparecer só pra não ficar sem". Pensem!!! Ok! Vão dizer que não tenho o direito de meter no que os outros falam. Tenho sim!! Na medida que isso me prejudica, com a desvalorização social feminina!

Pronto reclamei! E sempre que reclamo, aqui no blog, é porque além de me incomodar, outras pessoas já vieram reclamar das tais coisas comigo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Fases ruins...

Quem de nós não teve aquela época na vida, que um buraco negro se abre e suga toda a sua sensação de bem-estar? São aborrecimentos, problemas, desavenças, términos, enfim, tudo que é difícil lidar, resolver, administrar, de uma só vez. É como estar num fogo cruzado e só nos resta, tentar achar uma saída, mesmo sem nenhuma condição psicológica para tal...

Sim... me encontro numa fase dessa. E quando achava que já estava no meu limite, aparece mais "bombardeios" para me atordoar ainda mais... Não vou entrar em detalhes aqui do que seria, porque sinceramente não gosto de desabafar quando estou dentro da situação estressante, exceto para algumas poucas pessoas que conseguem me fazer pensar melhor... No geral, quando desabafo, me aborreço ainda mais, porque vem os consolos com frases feitas, as soluções politicamente corretas. Vixe! Essas soluções politicamente correta, me tiram completamente do sério, são aquelas do tipo "faço o que digo, mas não faça o que eu faço"! Então por isso gosto de deixar a situação passar e depois comentar...

De qualquer maneira todos nós passamos por essas fases ruins e é sobre elas que quero comentar. De como nos sentimos abandonados nessas fases. O que percebo é que o mundo está tão preocupado em esconder suas mazelas, demonstrando uma alegria contagiante e permanente, essa farsa toma tanto tempo e energia da vida das pessoas, que ninguém simplesmente tem paciência quando percebe que alguém não está muito bem. A infelicidade alheia é um espelho do lixo que está embaixo do tapete de cada um de nós. E rapidamente nos afastamos, com medo de sermos contagiados com aquele clima pesado e não conseguirmos mais demonstrar que somos muito felizes...

E me cansa tanto reparar isso em todos, e em mim mesma também, porque ajo dessa forma quando as coisas vão bem. A minha reação a tudo isso, quando estou mal, é de me fechar. É como se eu visse o lado podre das pessoas, mesquinhas, autocentradas, egoístas! Preocupadas com suas "perfumarias"! E me enoja saber que também ajo assim quando estou bem, ignorando a infelicidade alheia.

Tudo isso porque tristeza, depressão, infelicidade é algo inaceitável na nossa sociedade. Se você está mal, que seja banido para a ilha dos infelizes e deixe a sociedade funcionar, feliz e bela. Sim, você passa a ser visto como alguém que não merece pertencer ao mundo. Vá se tratar! Vá se resolver! Vá encontrar uma solução! Vá se fuder, mas não atrapalhe o teatro da felicidade!

Tudo que a gente precisa quando tá triste, preocupado, chateado, é tão pouco! É um colo, um "eu entendo", um abraço. Não precisamos de soluções, porque essas só nós mesmos podemos encontrar, precisamos de um ombro e é tudo o que menos percebemos e recebemos, porque não se pode ser triste, não se pode ser infeliz, precisamos continuar fingindo que estamos bem, mesmo destroçados por dentro...

E você? Se sente compreendido, aceito pelo mundo, quando está triste?

domingo, 19 de setembro de 2010

Afinidades seguram uma relação?


Afinidades é o que buscamos num relacionamento? Sempre me pergunto sobre isso, porque no meu círculo de amizades mais próxima, percebo que as pessoas pensam tão diferente de mim em tantos pontos. Então fico me peguntando o que foi exatamente o que nos aproximou... Por que continuamos funcionando juntos se discordamos tanto?

Já perceberam que quando uma pessoa é muito igualzinha a você em tudo, a coisa pode ser tornar monótona, irritante, ou mesmo impraticável...

Monótona, porque a pessoa nunca te traz um olhar diferente da situação, ela enxerga tudo do jeitinho que você percebe, e fica mesmo aquela coisa de constatar a concordância. Irritante e impraticável, fica por conta dos defeitos iguais.

Nossa!! Para mim é a morte ter que lidar com pessoas que tenham os mesmos defeitos que eu. Que tenham as mesmas picuinhas, as mesmas implicâncias. É essencial que o outro consiga "amortecer" meu lado negativo, da mesma forma que eu possa amortecer o dela. Mas os dois sendo tão parecidos, que os defeitos são iguais, o choque é inevitável...

E parece uma queda de braço eterna. E ai é em todos os níveis de relacionamento, familiar, amizade, amoroso.


Confesso que tem pessoas que tem tantas afinidades comigo, que me enxergo tanto nela, que acaba sendo um espelho que reflete o que não gosto também, São as afinidades negativas, ou seja, em tudo que fraquejo, aquela pessoa também fraqueja, tudo que tenho medo ela também tem... nossa! São relações que me dão agonia e tendo a não seguir com elas. Já basta eu conviver com o que não gosto em mim, já que não posso me evitar, nem me ausentar de mim mesma... rs.

Não acredito também nessa coisa de que os opostos se atraem! Isso vale pra Física, não pra seres humanos! Quero lá saber de gente oposta a mim!! Imagina uma pessoa que gosta de tudo que detesto, que se diverte com coisas que me dão tédio, que dá valor a coisas que julgo idiota! Como pode opostos se atraírem?

O que esquenta uma relação, o que faz funcionar, é uma dose de afinidades e uma combinação exata de defeitos. Sim!! Defeitos bem combinados, ou seja, seu amigo é paciente, mas você não é, no entanto ele não é tão bem humorado e você é uma pessoa alto astral. Seu amigo é detalhista demais e você é mais relaxado, já vocé é implicante e ele releva tudo. Gente! Imagina dois implicantes juntos? Dois estourados? Dois mal humorados? Acho que só dois fofoqueiros é que se dão bem... rs...

Leve tudo isso para o relacionamento amoroso que vale do mesmo jeito...


Mas para diferentes conviverem bem, tem que haver uma boa dose de respeito. Acho que é isso que verifico com minhas amizades. Somos diferentes, percebemos isso, convivemos e aceitamos esse fato. Claro que não vem de uma forma pacífica. Tem que haver disposição de ambas as partes, tem que existir tolerância, boa vontade com o outro, sem isso, mesmo que existam muitas afinidades, a coisa não funciona...

domingo, 12 de setembro de 2010

Sobre suicídio e superação...


Dia 10 de setembro foi o Dia Internacional de Prevenção do Suicídio... Resolvi tocar nesse assunto que algumas pessoas que acompanham meu blog já sabem, mas a maioria deve desconhecer. Já tentei o suicídio três vezes. Duas com ingestão de substâncias entorpecentes e uma com gás...

A primeira vez que pensei verdadeiramente em suicídio, tinha 17 anos. Durante toda minha adolescência vivi circunstâncias bem difíceis, minha vida estava um lixo, meu grau de insatisfação com tudo ao meu redor era altíssimo, achava de verdade que não tinha mais nada o que fazer aqui... O que me salvou, na época, foi ler o livro Nosso Lar, sim, esse que fizeram o filme que está nos cinemas... Um amigo do meu irmão, meio que ofereceu o livro e ele pegou sem muita convicção de que queria ler, jogou em cima da TV. Vi o livro, dei uma folheada e acabei lendo de uma só vez. Acasos não existem... Ali foi bloqueada a minha primeira tentativa de suicídio que estava toda programada em minha mente. Simpatizei de cara com a doutrina espírita...

Anos depois a pressão foi tão grande que não aguentei tentei o suicídio ligando o gás e ficando em frente ao fogão, sentada no chão com a porta do forno aberta... Fui salva pelos meus pais que voltaram antes do tempo previsto. Fiquei dois dias hospitalizada...

Mais uns anos depois, tentei duas vezes o suicídio com a própria droga que me viciei... Uns comprimidos barra pesada... Da última vez, a minha certeza e tristeza por desistir da vida eram tão grandes, que eu tomava os comprimidos, chorava e sentia um vazio como nunca senti... Acho que tomei mais de 40 comprimidos e os ingeria com cerveja, no final tomei uma boa dose de vodka. No momento do suicídio se precisa de coragem para fazer essa loucura, não é algo fácil como deitar e dormir, é uma decisão definitiva e a assustadora... Acordei com um médico me aplicando injeções... Na verdade a droga teria me matado se meu corpo não tivesse desenvolvido tanta tolerância pelo uso contínuo dos tais comprimidos... No último estágio do meu vício, sequer conseguia ficar de pé, me arrastava pelo chão, dormia na rua, foram tantas outras situações degradantes que a droga me levou e leva qualquer um que se vicie...

Depois dessa última tentativa de suicídio, fiz o caminho de volta das drogas e digo que é algo terrível... Entrar nelas é uma facilidade imensa, porque ela alivia instantaneamente qualquer infelicidade, para depois virar o motivo da infelicidade; sair delas é o inferno na terra... Porque lidamos não só com a destruição do corpo, mas a destruição social. Me via sozinha, desempregrada, sem o cara que amava, sem credibilidade... Temos que refazer todas as nossas metas, recriar a autoestima, enfim se reconstruir novamente como ser humano. E só quem viu, ou passou por isso de perto sabe o que é!


Nessa época, retomei minha religião, o que me deu forças, li muitos e muitos livros espíritas, acredito na reencarnação e não quero aqui convencer ninguém, cada um acredita ou desacredita no que quiser. Como disse o Clodovil uma vez: - Eu acredito na reencarnação, se ela não existir, pelo menos ter acreditado nisso me fez ser alguém um pouco melhor...

Finalmente tomei coragem e enfrentei o problema que me levava a tentar o suicídio e a me drogar. Consegui dar a volta por cima e hoje, anos depois, minha vida é totalmente diferente, não uso mais drogas, nem quero voltar... Não penso mais em suicídio, mesmo que em muitos momentos a vida me canse tanto que tenha vontade de morrer de morte natural... Mas isso é outra coisa, tem a ver com cansaço da luta e menos com vontade real de morrer...

Hoje me orgulho da vida que construi, porque ela foi refeita com meu esforço, com todos achando que eu iria fraquejar, que não iria aguentar, que voltaria às drogas, que não conseguiria arrumar emprego... Então tomei tudo isso como incentivo pra dar uma virada total e dei! Em outra época eu causava repulsa, ninguém me queria por perto. Hoje garanto que muita gente gostaria de ter a vida que tenho! Devo dizer que minha mãe me ajudou com seu apoio! Ela é uma pessoa de temperamento muito difícil, mas nas horas ruins foi ela que esteve ao meu lado. Foi a única que acreditou que existia uma chance de me modificar... Por isso relevo muita coisa dela, e a tenho como uma pessoa muito querida! Ela pode contar comigo!

Sempre gosto de mostrar os caminhos que trilhei e que não me orgulho. Assim todos podem ver que ninguém é tão perfeitinho, tão bonitinho, tão fortinho, tão bonzinho, como se aparenta de uma forma em geral... Há muita sujeira embaixo do tapete. Podem ter certeza disso! Pode não ser uma sujeira igual a minha, ou tão grande quanto a minha, mas que tem, tem... rs...

P.S.: Essa postagem é em homenagem ao Fábio. Ele me pediu que contasse uma história de superação, achei que era uma boa idéia! Aí está Fábio!

domingo, 5 de setembro de 2010

Homens molambentos...


A mulher brasileira é muito pouco exigente, no quesito aparência, quando é para escolher um homem. O que vejo de mulheres bonitas, todas arrumadinhas, ao lado de uns homens molambentos, mal tratados, que não se cuidam, é algo impressionante. Simplesmente não entendo algo assim. Alguém que você vai ter apresentar para as pessoas, ir para cama transar sempre, alguns são dureza só de imaginar a cena! Note bem que não estou falando de beleza propriamente, mas de cuidado com a aparência. O desleixo é o que me incomoda, essa cultura de que pra ser macho não tem que ter vaidade, é algo caduco. Viva os metrossexuais!

Eu tenho uma amiga que é bonita, toda certinha, o corpo com tudo em cima. Escolheu para casar um homem que mais parece a visão do inferno. Uns dentes horríveis, uma cara de cachorro, gordo imenso daquele que a barriga cai, anda igual um pato, todo desarrumado, sempre arrastando um chinelo... Nossa! Fico olhando aquilo e já comentei com ela! Foi quando me disse que todos perguntam o que foi que ela viu naquele homem. Aí, obviamente, vão vir com aquela máxima, aquele chichezão desagradável de que as mulheres estão interessadas mesmo é no que o cara tem... Esse é um caso que contraria essa tese. O cara acima de tudo é duro e pão duro...

Entenderam a minha revolta com a situação da mulher brasileira. Se as mulheres tivessem aceitando homens molambentos por interesse financeiro, eu poderia até entender... Mas escolher homens molambentos pra dividir despesas. Gente! É mau gosto ou não é? É mau gosto, sim!

Aí vão dizer que a mulher se apaixonou pelo cara molambento e ele lhe parece bonito... Estranho é que não vejo o contrário acontecendo!! O amor dos homens então não é tão cego quanto o das mulheres! Por que eles sabem escolher bem as suas mulheres e exigem bem, exigem que elas se tratem, que se arrumem bem, enquanto grande parte deles não movem um músculo para melhorarem sua aparência...

Um dia desses, caí num blog em que a mulher ostentava orgulhosa a foto dela com o marido... Ela linda, linda de verdade e jovem, o cara devia ter no mínimo uns 20 anos a mais que ela, um trapo ambulante, daqueles que visivelmente não se cuidam. E aquela mulher mostrando aquela foto toda orgulhosa... Me atirem todas as pedras do mundo!! Me queimem em praça pública!! Mas eu não entendo isso! Porque não vejo o homem fazer o mesmo! Se fosse o contrário, o homem jamais ostentaria uma mulher molambenta como um troféu! É mau gosto, ou não é? É sim!!

Pensando bem a respeito desse assunto, acho que as mulheres tem vários critérios na hora da escolha de um parceiro e não é só o financeiro, concordo que muitas até priorizam esse quesito, mas depois que espalharam esse boato idiota de que tá faltando homem no mercado, várias estão relevando a dureza do cara e estão até bancando os homens pra não ficarem sozinhas. Já a maioria dos homem continua priorizando a aparência, por isso assistimos essas discrepâncias diariamente...

Eu não sou diferente das outras mulheres, também tive meus homens molambentos. A questão é que não me acomodava, reclamava uma mudança de atitude. Não os exibia com orgulho e quando não conseguia uma modificação, me desinteressava sexualmente com o tempo. Que se dane, porque tenho um mínimo de bom gosto! Se ele quer andar todo xexelento, que procure uma mulher que não se importe com isso, tem um monte, infelizmente! Porque eu me importo! Repito! Atentem bem para o fato de que não estou falando de beleza, mas sim de cuidado com a aparência.

Meninas, moças, mulheres e senhoras!! Imprimam essa foto abaixo e colem na sua geladeira, tenham como ideal esse homem!! rsrs... Tá bom! A grande maioria não vai conseguir um gato desse, incluido euzinha...rs... mas só de tê-lo como objetivo, garanto que tudo que vier, vai ser melhor do que um homem molambento... rs

domingo, 29 de agosto de 2010

Sobre envelhecer...


Não nego de jeito nenhum que morro de medo de ficar velha! Acho que chega a ser uma fobia! Mas quando digo ficar velha, é velha mesmo, não é ter ruguinhas, flacidez e tal! O velho na nossa sociedade é um ser excluído, parece que cometeu um crime ao envelhecer, nem parece que é o caminho natural de todos nós. E é exatamente por isso que eu e uma multidão de gente, principalmente mulheres temos medo da velhice!

É curioso como a velhice é algo tão rejeitado por todos, mesmo pelos que dizem que não se importam em ter as marcas do tempo no rosto, porque isso demonstra que viveram! E quando que vivência é algo que tem valor na nossa sociedade ocidental?! Pelo contrário, vivência é sinônimo de chatice, de breguice, tédio, significa ser ultrapassado! Reparem! Quando estamos numa roda que mistura pessoas de diversas idades e se comenta um fato de 30 anos atrás. O pessoal da faixa dos 20 aos 30 anos bate no peito e diz, ostentando um sorriso orgulhoso: - Nunca ouvi falar disso, nessa época nem era nascido! - Meu Deus! Como não ter vivido, não ter experimentado, não ter tomado conhecimento é algo de que se deva orgulhar??! A situação é tão absurda que os valores se invertem! Mas isso acontece porque existe a rejeição do envelhecer, do acumular experiência... O legal é ser cru, não conhecer nada, não ter vivido nada! O importante, o belo, o bom é ser jovem! É algo que tá tão encrustado no inconsciente (ou consiciente) coletivo, que o pessoal mais velho evita se reportar a fatos antigos, com medo de parecerem antigos, ultrapassados e portanto serem excluídos até mesmo ricularizados por isso!

Envelhecer para a mulher tem um peso dobrado! Porque a aparência na mulher é supervalorizada. O homem vai ficando velho e tudo é charme, cabelo branco é charme, rugas são sinal que está com cara de homem, ganha uma barriguinha e ficou fortinho. Já a mulher, pobre coitada! Quando envelhece vai perdendo o prazo de validade. Um produto que precisa ser recolhido e armazenado, de preferência numa casa, coberta de roupas, sem desejo sexual... Tá bom! Eu radicalizei, mas a idéia é essa é mesmo, é para fazer pensar, para ver o quanto a sociedade é cruel com a mulher que envelhece!

Mulher passou dos quarenta, tem que esconder a barriga, descer a saia, subir o decote, e agir como mãe de família, a coisa piora depois dos 50, e depois dos 60 é melhor virar freira, avó profissional, ou algo assim!! Se ela manifestar desejo sexual, se ela quiser sair com homens mais jovens, se ela tiver o corpo legal e quiser usar roupas mais ousadas, as primeiras a "apedrejarem" a infeliz são as próprias mulheres. Os homens? Eles transam com as coroas gostosas, mas sempre estão de olho mesmo é nas de 20, essas são o sonho de consumo deles!

No processo de envelhecimento o homem leva uma grande vantagem, mas depois que o ser humano fica velho, idoso mesmo, aí não tem diferença. Homens e mulheres viram, na sociedade, aquela criatura enjoada, que ninguém quer ouvir e suas experiências de vida viram sinônimos de chatice!


Isso tudo sem contar com as doenças e limitações da velhice! Nossa! Acho que disso tenho mais medo, do que perder a "beleza da juventude"!

Não, gente! Envelhecer não é bom, não é algo positivo, mesmo que racionalmente todos nós saibamos que com o tempo tendemos a nos tornar mais centrados e que a vivência nos traz um equilíbrio maior... Mas tudo isso parece nada! Ter uma pele lisinha e jovem socialmente é muito mais que tudo isso! Por isso não vou tapar o sol com a peneira, não vou brincar de "faz de conta"! Tenho medo, sim, de envelhecer, tenho medo de ser excluída, tenho medo que as pessoas não queiram mais saber o que penso, porque fiquei velha, tenho medo de ver meu corpo despencando! Tenho, tenho e tenho! Assumo, carimbo e assino embaixo! rs

E aí? Tem medo de envelhecer? Fale de peito aberto!

P.S.: Quer me fazer uma pergunta, sobre qualquer coisa, uma curiosidade sobre mim, sobre os blogs? Faça aqui nesse post.

domingo, 22 de agosto de 2010

Não subestime minha inteligência!!


Desprezar minha capacidade de análise, de discernimento, desprezar minha inteligência, é algo que me tira do sério! Mas parece que tem um letreiro em neon piscando na minha testa com a palavra "idiota". Como tem gente que acha que está me enganando, que está me manipulando, que basta chegar e dar uma desculpa esfarrada e a burra aqui vai engolir tudo! Simplesmente fico rindo internamente da cara da pessoa!! Rindo pra não xingar o infeliz que faz isso!

Gosto quando sou "estimulada" a dizer o que acho, porque sempre tenho uma opinião sobre tudo, mas tem gente que tem medo do debate, ou simplesmente gosta de joguinhos de "faz de conta". Só evito e tenho medo do bate boca, da gritaria, porque aí eu posso partir logo pro tapa!


Odeio quando alguém se faz de desentendido, achando que está te enganando e não te dá chance pra você jogar limpo! Ou pior, quando se finge de desentendido de um jeito cínico, no intuito de te irritar e você vomitar tudo, para ele virar pra você e te chamar de doida: "- Não, não é nada disso que está acontecendo, você tá vendo coisas!" - Putz! Essa é a pior forma de subestimar a inteligência de alguém, é dizer que ela está vendo coisas! No mínimo a pessoa tem que ser corajosa pra sustentar o que está achando, o que está pensando, pra que se lave a roupa suja, haja o afastamento ou melhora da relação. Mas não esses joguinhos idiotas e imaturos! Sou inteligente o suficiente pra sacar quando a pessoa não vai assumir o que pensa...

E aquelas pessoas que acham que estão escondendo tudo de você? Age como se fosse outra pessoa, e faz tipinho na sua frente, sendo que você tá vendo tudo ali na cara! Vendo que a criatura não é nada daquilo! Nossa que vontade de chegar e falar: "- Quer saber, porque você não assume que...". Gente que agonia que me dá isso! Existe uma sutil diferença entre omitir pontos da sua personalidade e querer se passar pelo que não é...

Não estou aqui pra dizer que sou a pessoa mais franca do mundo! Não sou mesmo!! Minto, dissimulo, sim, como todo mundo faz! Não tem essa de dizer que sou a rainha da sinceridade! Mas a questão está na necessidade de dissimular. Se estamos no nosso trabalho, definitivamente não dá pra sermos sinceros o tempo todo, temos que aguentar colegas de trabalho e chefes chatíssimos e temos que fazer a linha "tá tudo bem, meu bem". Mas nas relações de amizade e amorosas, tem que haver um minimo de sinceridade, peito aberto mesmo! Vamos lá e diga o que te incomoda!!!

No entanto eu tenho o péssimo hábito de ser irônica quando me aborrecem, posso ser um nojo de venenosa... E quando percebo que estou sendo subestimada, eu subestimo a pessoa também, que é pra ela perceber o quanto é chato ignorarem nossa capacidade de análise... Aí a pessoa me joga uma indireta e eu jogo outra de volta. Me manda um "eu não entendi" e me faço de desentendida também. Mas estou vendo tudo e esperando o momento certo de poder dizer o que quero... Porque também quando despejo, nem olho a sujeira que deixei pra trás, sigo em frente e pronto, arco com as consequências... Aí a pessoa pode até me chamar de doida à vontade, que estou vendo coisa onde não existe, porque ela me deu a oportunidade e no fundo ela sabe que deu!

P.S.: A Elaine Gaspareto, que é uma blogueira gentil, inteligente, escreve muito bem e acima de tudo, de uma generosidade enorme, que admiro, me dedicou esse post, lindo, dos mais bonitos gestos de carinho que recebi! Obrigada, Elaine e que continue sendo essa pessoa iluminada e de peito aberto que és! É disso que falei no post de hoje, seja transparente como a Elaine e o mundo vai te retribuir! Não estou dizendo isso porque ela fez um post pra mim, basta ir no blog dela e ver o carinho que recebe do pessoal que a segue!

domingo, 15 de agosto de 2010

Sincericídio...


Sincericídio é a arte de "detonar" as pessoas com a sua verdade... Sim! Tem gente que é expert nisso. Todos nós conhecemos alguém que é especialista em vomitar a pior verdade inútil na sua cara, sob o álibi de que é uma pessoa sincera e autêntica. Ser autêntico é não ficar em cima do muro, se posicionar mesmo que te critiquem muito por conta disso. Mas dizer para fulana que está mais gorda, ou para cicrano que está ficando careca, realmente é totalmente dispensável, não traz benefício algum pra quem diz e nem pra quem ouve.

Muitas vezes me perguntei se eu praticava sincericídio no meu blog. Mas cheguei a conclusão que não. Porque não direciono minhas críticas pra alguém. No sincericídio a observação maldosa é "atirada" em uma pessoa, como uma faca. Quando falo mal dos blogs, de posts que não gosto, ou de uma série de coisas que discordo, digo no geral. Se alguém veste a carapuça, o problema deixa de ser meu. Se a consciência da pessoa acusa, ela tem que trabalhar aquilo com ela mesma...

O problema é que a sociedade passou a tomar um cuidado extremo com a realidade dos fatos e caiu no polo oposto da questão, que é o politicamente correto. Então não se emite opiniões polêmicas, não se usa as palavras certas, se camufla tudo para que nenhuma criatura mal resolvida tenha a possibilidade de se encaixar no que foi dito... Não! Isso eu não vou fazer, se vão me acusar de sincericida por por conta disso, podem continuar!

Nunca vou deixar de dizer o que acho sobre estilos, comportamento, opiniões, só porque alguém pode ler ou ouvir aquilo e ficar chateado. Ora! Todo ser humano adulto tem que estar preparado pra ler/ouvir opiniões, sem que a cada uma que se confronte, ache que aquilo foi direcionado pra ela... Paranóia, é o nome disso!!

No entanto, tenho extremo cuidado ao me dirigir a alguém pra comentar qualquer coisa que ache que vá aborrecê-la desnecessariamente. Sempre me pergunto no benefício que aquilo vai trazer para a mim e para a pessoa, se a resposta for negativa, certamente não falarei nada. Mas tem gente que ama ofender os outros com a suas supostas verdades! Depois olha em volta e não sabe porque está sozinha. Saber sabe, sim! Mas tem compulsão pela verdade inútil, gosta de machucar os outros com observações que não ajudam em nada...

Trabalho com uma mulher assim, bem dentro desse perfil! Ela diz que fala mesmo a verdade doa a quem doer! Mas no fundo não passa de uma criatura amarga que fica entristecendo todos que se aproximam... É uma espécie de inveja inconsciente, ou consciente, vai saber... Se não se sente bem com ela mesma, então ninguém pode se sentir também, e vem a enxurrada de "verdades", que são baseadas na forma negativa da pessoa enxergar tudo ao seu redor...

Penso muito antes de contar algo, direcionar uma observação a alguém. Existem observações que ajudam, outras apenas aborrecem e não trazem nenhum benefício... Sem contar que a verdade é minha, talvez não sirva como verdade para os outros... Então, o melhor é usar o bom senso, sem cair no detestável politicamente correto.

P.S: Se possível, leiam "Posts que parecem indiretas", publicado no meu outro blog, complementa a idéia deste post.