domingo, 27 de janeiro de 2013

Vamos falar de Facebook novamente?!


Sei que disse no meu post anterior que estou mais polida ao escrever, mas hoje vou fazer um post ácido para não perder o costume... rs. Hoje em dia é simplesmente impossível ignorar a febre que virou o Facebook. Antes era o Orkut, depois foi o Twitter, alguns ainda preferem o Twitter, tem o Instagram, várias outras redes,  mas o Facebook é o mais popular de todos. É onde todos se encontram, onde a maioria gasta seu tempo. E como se gasta tempo em Facebook!! Tempo que poderíamos estar investindo em coisas mais úteis.

Nada mesmo contra redes sociais. Eu gosto delas! Gosto do Facebook, acho que de todas as redes sociais o Facebook é que tem um formato que facilita mais a interação. O problema é só o jeito com que as pessoas usam e o tempo que se dispensa por lá. 

Tenho dois perfis no Facebook, um é o Dama de Cinzas, onde já fui mais ativa e hoje bem menos. E tenho o meu perfil oficial, com meu nome, foto e tudo mais. Esse raramente posto algo, mas volta e meia leio as publicações, porque o pessoal que está lá é o povo do meu trabalho, amigos pessoais, gente que conheço bem mais de perto e sei mais de como é a vida dessas pessoas. Então, por exemplo, tem um cara lá que está desempregado e prestes a perder a casa que vive, mas fica o dia inteiro no Facebook postando coisas sobre futebol. Seria eu uma chata, crítica em excesso? Tá, eu sei que sou chata, mas convenhamos, a vida do sujeito tá toda fud*da, o cara ao invés de estar procurando consertar essa vida,  está no Face falando de futebol o dia todo! Eu entendo que ele queira se distrair e não pensar na M que está sua vida, e fuja para o Face, mas o problema está no excesso da coisa.

Agora cheguei ao ponto que queria, que é o excesso. Acho sinceramente que as pessoas excedem em tudo nas redes sociais, em especial no Facebook. Tem gente que pega um assunto e esgota aquilo postando o tempo todo a mesma coisa. Tem os chatos religiosos de plantão que ficam querendo converter todo mundo. Tem os deprimidos com frases vagas que a gente não entende nada. Tem os mestres das indiretas atirando para todos os lados e nem sabem mais a quem querem atingir. Tem os mega otimistas com imagens e textos de autoajuda. Tem os engraçados que postam imagens divertidas, mas desses eu gosto bastante, são os que menos me cansam. E tem o botão "receber só as atualizações importantes", essa é a melhor coisa do Face, a gente deixa de ler os chatos sem que eles saibam e assim todo mundo fica feliz, e ninguém briga com ninguém por mixaria.

Outra coisa que me irrita são pessoas que levam o Facebook para seu cotidiano. São os conectados pelo celular, que tiram foto de tudo para colocar no Face e que não prestam atenção nas pessoas a sua volta e ficam só olhando para o celular com cara de riso e digitando infinitamente. Sinceramente isso me irrita profundamente e se for uma pessoa que eu tenha initimidade, falo que aquilo é um excesso. A gente primeiro precisa viver a vida de corpo e alma presentes para que tenhamos história para contar, seja no Facebook ou em qualquer outro lugar. Se a gente ficar conectado o tempo todo, simplesmente se vive pela metade, não se aproveita os acontecimentos e experiências em sua plenitude.

Digo e repito, continuo gostando do Facebook, mas confesso que ando cada vez mais sem paciência para os excessos que vejo por lá....

P.S.: Ainda nessa linha de assunto, dia desses fui a uma peça de teatro em que era probida a utilização de câmeras e celulares. A advertência era que se alguém descumprisse, teria seu equipamento apreendido. E assim foi a apresentação, sem nenhum aparelho ligado. Acho que isso deveria se estender a todos os teatros, em todas as apresentações, porque as pessoas simplesmente deixam de viver/presenciar as situações para gravarem ou fotografarem o tempo todo, para logo em seguida postarem em redes sociais. Podem me chamar de velha, ultrapassada, o que quiserem, mas ainda prefiro simplesmente guardar os momentos especiais na minha mente, com a minha emoção vivida em tempo real.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Não me importa ter a última palavra!!


Quando mais jovem fui muito encrenqueira. Acho que hoje em dia ainda sou, mas de forma muito localizada, mais voltada para direitos comerciais. Quando acho que alguém no comércio, nos bancos e etc, está me devendo algo, ou deixou de fazer alguma coisa, sou a maior barraqueira que você possa imaginar. E não quero saber no que vai dar. Como diz uma amiga minha: "- Desço o morro mesmo com a lata d'agua na cabeça e tudo". 

Mas antigamente era encrenqueira em todos os lugares, exceto na casa dos meus pais, porque lá  era bem cortada... rs. Em ambientes de trabalho, sempre fui aquela que todos recorrem para liderar as revoltas dentros dos setores. Era sempre eu quem batia de frente com as chefias. Perdi a conta da quantidade de desentendimentos que tive com chefes. Quando fui para o setor público isso só piorou. Cheguei a um ponto de uma vez partir para cima de uma chefe para dar mesmo na cara dela, porque ela ficava me mandando calar a boca.

Com o tempo fui percebendo que as pessoas usavam essa minha característica para me fazer de bode expiatório/bucha de canhão. Lá ia eu criar as encrencas, ao final se conseguia o que queria, só eu ficava mal na história e todos saiam como bonzinhos. Então fui revendo essa minha postura. Fui pesando todos os prejuízos que isso trouxe para minha vida. Nada como ir amadurecendo e revendo nossas atitudes diante da vida.

Relendo meus posts antigos, lá de 2007, 2008, vejo o quanto mudei nesse sentido. Hoje em dia estou mais polida,  mais ponderada, menos ácida,  mesmo que continue sendo transparente. É certo que volta e meia ainda me dá os "cinco minutos" e quando me espalho ninguém me junta. Mas para isso acontecer, está cada vez mais difícil.

Isso se reflete no meu ambiente de trabalho. Hoje em dia me tornei meio que mediadora dos climões que surgem no trabalho. Bater de frente com chefia? Nem pensar! Mil vezes silenciar e simplesmente esperar a hora certa de dizer algo calmamente, do que explodir com quem comanda. Tenho um excelente relacionamento com meu chefe, e ter mudado nesse sentido foi essencial para a relação com esse meu atual chefe.

A conclusão que cheguei depois de muito quebrar a cara com todas as encrencas que arranjei, é que vale muito a pena não ter a última palavra nos debates. Simplesmente estou cada vez mais abrindo mão desse suposto direito. Quem quiser ficar com a última palavra, pode se aposssar tranquilamente porque vou largar para lá. O silêncio como resposta a provocações tem sido a melhor solução. Continuo dizendo o que penso, mas quando sinto que o questão vai entrar num ping pong e ninguém vai convencer ninguém, simplesmente abandono aquilo. E se a pessoa insistir, vou deixar no vácuo mesmo até ela se cansar. E te digo que tenho economizado uma energia incrível com isso, energia que posso utilizar em processos muito mais úteis na minha vida. 

Amadurecer é a parte boa de ficar mais velha. Afinal, tem que ter algo de bom em ficar mais velha... rs.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Sou uma pessoa determinada!


Bem, já falei muito das minhas mazelas, dos meus defeitos, das fases ruins da minha vida aqui no blog. Então deixa eu falar um pouco bem de mim mesma. Vou comentar sobre a característica/qualidade que fez toda a diferença na minha vida, que me salvou da morte em muito momentos e que me fez renascer das cinzas várias vezes, que é a determinação.

Não sou uma pessoa que quero de verdade muitas coisas. Eu sonho e desejo ardentemente poucas coisas na vida. Normalmente tenho um jeito meio blazé e desinteressado diante da vida. Não é qualquer idéia que me anima, não é qualquer objetivo que me empolga. Muito do que muita gente sonha, simplesmente não faz parte dos meus desejos. Mas quando ponho algo na cabeça, quando quero alguma coisa, quando sinto que aquilo vai ser bom para minha vida, para meu progresso, simplesmente paro, realizo em minha mente qual o objetivo que quero chegar e vou pacientemente lutando por aquilo atééééé conseguir.

Posso citar algumas coisas difíceis que a minha determinação fez com que atingisse, como por exemplo:

1) Libertei-me das drogas, num momento que minha vida estava totalmente detonada. Teve um instante no fundo do poço que disse para mim mesma que aquilo tinha que ter um fim, montei na minha mente como queria ficar e aguentei o inferno na Terra até chegar ao ponto que tinha almejado e cheguei, consegui ficar limpa e reconstruir minha vida.

2) Passar num concurso público. Coloquei isso como meta na minha vida, e durante um ano, de forma incansável,  persegui esse sonho, dedicando todo o tempo em que não estava trabalhando para estudar. Era quase uma idéia fixa, uma obssessão. Mas consegui passar e hoje trabalho no serviço público.

Esses dois exemplos realmente mudaram o rumo da minha vida. Mas a minha determinação esteve presente em todos os momentos críticos e não foram poucos.  Em um especial, que fez toda diferença no redirecionamento para ser a  pessoa que sou atualmente. Se não fosse minha determinação, jamais seria a Dama que sou hoje, alguns que me lêem sabem da história, um dia, talvez, exponha aqui.

Quando quero comprar algo, normalmente consigo na maior parte das vezes, junto dinheiro com facilidade, porque fixo o objetivo como um ponto a ser alcançado e alcanço. Normalmente os poucos planejamentos que faço para cada ano, eu os cumpro. Também não costumo sonhar com coisas impossíveis. Se o objetivo é pouco provável de ser atingido normalmente nem começo a batalha. Eu peso antes se aquilo é possível de conseguir com meu esforço. Desse jeito não desperdiço energia em metas que nunca serão alcançadas.

Devido a essa minha característica, quase tudo de material que sonho e óbvio que meus sonhos não são altos, eu consigo. A minha maior dificuldade sempre é naquilo que não depende dos meus esforços, no que depende mais do acaso, dos acontecimentos. Ter paciência para essas coisas realmente é bem difícil para mim e é aí que a vida me detona.

Mas tenho um defeito que prejudica a minha determinação, que é a preguiça. Eu sou extremamente preguiçosa. Por mim, sentava e via a vida passar... rs. Mas o que neutraliza a minha preguiça é a determinação, é ela que me impulsiona, porque creio que ela acabe superando a preguiça, mas nem sempre a determinação ganha, tem momentos que o cansaço com os acontecimentos da vida faz com que a preguiça reine, aí é aquela fase em que fico indolente, sem vontade de nada.

Acho importante a gente identificar o que temos de melhor, para que esse seja o ponto de partida para tudo. E também sabermos o que temos de pior, para poder neutralizar.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Das coisas que nos faltam...


Existe uma onda geral de felicidade em que todos tem que está inseridos. Coitado de quem abrir a boca para reclamar de algo!! Vem logo alguém mostrar o lado bom da vida, nos dizer para ter força e tal. Mas a verdade é que o que nos falta fica lá como uma ferida aberta, exposta, doendo. E a gente faz de tudo para disfarçar essa dor, essa falta. Porque é feio dizer que sentimos falta de algo, é quase que um palavrão. O certo é colocar imagens engraçadas no Facebook e desejar um lindo dia para todos. Mas a verdade é que nessa de "enganar" a todos que estamos bem, que não nos sentimos vazios do que nos faz falta, acabamos por enganar a nós mesmos.

São solitários que dizem estar muito bem com a sua solidão. Gordos, magros, altos e baixos que dizem estar feliz com o Deus lhe deu. Gente dura que diz para si mesma que vida não é feita só de dinheiro. Gente infeliz com sua vida profissional dizendo que é uma fase. Pessoas mal casadas que dizem que todos tem problemas no relacionamento. E assim todos nós, todos vamos empurrando nossas mazelas, escondendo de nós mesmos o que nos chateia, o que nos deprime, porque é feio reclamar da vida.

Acho que o problema reside quando toda essa necessidade de se mostrar feliz, faz com que a gente não atente, não pare para se incomodar com o que está errado em nós. E seguimos fazendo piada de tudo, rindo, fingindo para nós mesmos que está tudo bem, que o que temos é o suficiente para sermos felizes. Mas quando deitamos a cabeça no travesseiro, ou sentamos sozinhos naquele sofá da nossa sala, ali é que ficamos frente a frente com o que nos falta e por um minuto a tristeza toma conta, a gente sente vontade de chutar tudo para o alto, mas logo em seguida lembramos que precisamos estar bem. Afinal todos se mostram muito bem, todos estão dizendo que conseguem ser felizes com o que tem. Por que nós não conseguimos? 

Essa é a pergunta que fica. Por que só nós não conseguimos? Será mesmo que só nós é que sentamos naquele sofá velho (ou novo) e nos sentimos a última das criaturas? Será mesmo que só nós temos vontade de desistir de tudo, de não precisar ser forte? Será que todas as outras pessoas são autossuficientes e só nós nos sentimos perdidos? Não creio nisso. Da pessoa que se diz mais feliz, até o que se declara infeliz, todos nós sentimos falta de algo. É quase parte de ser humano essa sensação, momentânea ou não, de vazio. 

Volto a frisar que o problema não reside em seguir em frente tentando superar o que nos faz falta. O problema reside em se deixar levar pela onda da felicidade e se negar a perceber que algo está errado em sua vida. Porque só podemos resolver uma questão, se a gente detectar que aquilo existe e está nos incomodando, caso contrário é empurrar a vida com a barriga para ver onde vai dá.