terça-feira, 30 de setembro de 2008

Preconceito...

Quer saber mais sobre o que acho sobre esse tema? Vá até o blog do meu querido amigo Fábio, Desarranjo Sintético, e leia o post que fui convidada a escrever. Não deixem de me prestigiar e ao Fábio também!

Obrigada

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A vitalidade da minha vizinha...

Depois dizem que a energia está nos jovens, nem sempre, viu! Minha vizinha de porta aqui no prédio é uma pessoa de uma disposição invejável.

Um dia desses estávamos no bar lá pelas 2 da manhã, ela sentou na nossa mesa e do nada disse que sua filha era lésbica e que tinha muito orgulho da filha e a apoiava na sua forma de amar. Eu que já tinha simpatia por ela gostei mais ainda. Alguém que não cultiva a hipocrisia.

No dia seguinte eu tava numa ressaca, pois fico de cama quando passo da medida com o álcool. Encontrei ela no corredor e já ela tinha feito vários tabuleiros de pães e salgadinhos para levar para um churrasco que tava indo.

Outro dia fui pegar uma encomenda que o correio deixou na casa dela e ela me mostrou a casa que tinha acabado de ser pintada, disse que tinha se separado do marido porque era um mulherengo e não tava aí pra aceitar esse tipo de coisa. Disse que já tinha vindo do pagode de sexta e tava saindo para o samba de sábado. A casa dela tá sempre limpa que dá gosto, é aposentada pois sempre trabalhou fora e adora cozinhar. A dona de casa que gostaria de ser... ahahah

Nem eu que devo ter uns vinte anos menos que ela tenho tamanha energia. Ela já é uma senhora, mas tem uma vitalidade que poucas jovens tem. Observamos pessoas de pouca idade se entregando a depressão e ao ócio. Enquanto essa senhora tem uma sede de viver invejável!

Vitalidade tem a ver com idade? Nem sempre! E vitalidade com experiência de vida é algo que me atraí muito em um ser humano!

sábado, 20 de setembro de 2008

Insegurança...

Dia desses tava vendo o programa Saia Justa, sim, porque eu vejo e leio tudo que é condenado pelos intelectuais. Bem, um dos tópicos do programa foi levantado por uma intelectual de verdade, Márcia Tiburi, não os pseudos que só sabem falar mal de Paulo Coelho sem dizer o porquê. Voltando ao tópico da Márcia, ela afirmava que todos somos inseguros e quem tenta parecer auto-suficiente, "senhor de si", sem demonstrar nenhuma insegurança é que realmente é O Inseguro. Você seria mais seguro tanto quanto conseguisse confrontar suas incertezas, dúvidas, medos e tal.

O tópico foi debatido, mas essa afirmação ficou na minha cabeça e me fez questionar o comportamento humano de uma forma em geral. Podemos perceber realmente que quem mais tenta se fazer de forte, não demonstrar incertezas, fragilidades é que realmente está cheio delas.

Sempre admirei as pessoas "a flor de pele" por sentir nelas mais verdade. Pessoas que dizem que choraram, que tiveram medo, que precisam de ajuda, que não entendem de tudo, que não são fodões. Pra mim esses são realmente os tais, as pessoas que acrescentam no mundo porque crescem como seres humanos, se refinam, buscam respostas. É óbvio que não admiro quem senta da beira da estrada chora e chora, mas quem trabalhar com suas incertezas para se melhorar.

Percebo que ultimamente têm algumas pessoas a minha volta que idolatram a falta de emoção, para elas tudo pode ser analisado pelo lado racional , nunca erram completamente. Enfim, pessoas que não se permitem serem frágeis e acho que tudo isso está de alguma forma inserido no tópico levantado pela Márcia Tiburi. Essas são as pessoas inseguras, fracas, porque não testam seus limites. errando, caindo, se machucando, ficando expostas.

Fiquei pensando em quanto caí nessa armadilha, nesses últimos dois anos, de que sou auto-suficiente, de que tenho a base necessária para resolver os problemas do coração, da alma e da mente. Quanta besteira! Cometi esse erro! Quero muito voltar a ser a pessoa "a flor da pele" que sempre fui e abandonar esse ar blasé que nada mais é que uma personagem, uma máscara que esconde o quanto preciso de novas emoções, sentimentos, vivências.

E pra finalizar, li um trecho no blog do meu amigo Robson, que dizia o seguinte:


"Falando em preconceito, sigo uma teoria...quando embirro demais com alguém ou com alguma coisa, pode crer que vejo nela coisas que identifico e provavelmente não gosto em mim - quase sempre dá certo - dai a teoria segue... "quem desdenha quer comprar já diz o velho ditado".

-Então galerinha chegada a esses rompantes, pega leva nos preconceitos e bandeiras prós ou contras qualquer coisa... isso se te incomodar a correlação claro! se não vai ser feliz e para de encher o saco dos outros com aquilo que você é doido pra fazer e não tem coragem."

Esse é o reverso da medalha. É no que as pessoas se tornam quando começam a se esconder por trás da capa de forte, de machões, de auto-suficientes, "panfóbicos" etc e etc... Essas pessoas que não assumem suas fragilidades e desejos, ficam "encasteladas" em suas opiniões caducas que nem sempre correspondem a sua realidade interior.

É pra pensar...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Às vezes a vida cansa...

Definitivamente não sou fã desse tipo de post! Não que não goste de ler em outros blogs, mas detesto ter que escrevê-los, no entanto a necessidade bate e é aqui que posso fazer isso...

Situações que vinham minando o relacionamento com meu "namorido" até que amenizaram. Mas o processo que veio a partir disso é que está muito estranho dentro de mim. É como um lago límpido em que a sujeira estava toda no fundo, você vai lá remexe e tudo fica turvo, o que parecia transparente fica difícil de perceber...

Eu andava bem acomodada a situações que me pareciam estáveis, mas depois de todo esse rebuliço, passei a querer sensações, emoções e sentimentos que antes estavam adormecidos. Passei a ansiar por uma vida diferente. Minha auto-estima que até então se sustentava em algumas bases, meio que balançou e o desejo de reafirmá-la parece estar em cada esquina, cada rosto que olho.

Enfim, tudo está de um jeito que me deixa insatisfeita. Eu queria estar vivendo diferente, mas não sei explicar muito bem de que jeito. A única coisa que sei é que estou precisando de novas emoções... que antes não necessitava...

Por que o ser humano é assim tão confuso quando tem que lidar consigo mesmo e tão auto-suficiente quando o problema é com os outros? É tão fácil palpitar na vida alheia, resolver o problema do amigo com conselhos muito bem elaborados, mas quando é com a gente, parecemos crianças perdidas na escuridão em busca de uma mão que nos oriente. Ou se somos muito orgulhosos nos fechamos em nossas máscaras, personagens fingindo que nada acontece.

Assim que tenho me sentido ultimamente, fechada em minha personagem que criei para me defender e resolver situações. Por fora estou inteira até luminosa, por dentro uma menina que pede socorro...

sábado, 13 de setembro de 2008

Quando os amigos começam a namorar...

Eles somem!!! É uma realidade, não para todos, claro! Mas uma boa parte das pessoas que começam a namorar. Esquecem todos os seus amigos para se dedicar em tempo integral a sua nova paixão!

Sei que sou culpada nesse quesito, pois deixei algumas amizades de lado quando comecei a namorar. Mas isso sempre aconteceu comigo na medida que o amigo exigia, cobrava uma presença maior do que eu podia oferecer. Outras amizades mais "compreensivas", sempre consegui manter.

No entanto, os amigos da minha vida, parece uma constante, eles me procuram o tempo todo se estiverem sozinhos, mas basta encontrar alguém para nunca mais ouvir falar nas criaturas! Um amigo de outro estado com quem converso no MSN, só fica ON se tiver sozinho, aí ele me chama, desabafa, argumenta, quer saber da minha vida, de tudo que tá acontecendo e a idiota aqui reserva o tempo dela, mesmo namorando, para dar atenção a ele. Mas assim que o danado arranja uma namorada desaparece por meses! Aí eu juro nunca mais dar atenção ao safado, para logo depois ele se separar e correr atrás de mim novamente! Tá bom sei que tenho culpa e grande culpa nisso... As pessoas só fazem contigo aquilo que você permite...

Outra amiga vivia me chamando pra sair, sempre cobrando minha presença e tal. Mesmo namorando, sempre reservava um dia ou outro para estar com ela. A procurava sempre pra saber se estava bem. Mas aí aconteceu o inevitável, ela encontrou um namorado e casou-se com ele em pouco tempo. Resultado? Hoje em dia mal consigo falar com ela ao telefone! Trabalhamos no mesmo prédio e se eu não a procurar ele simplesmente não me procura...

Claro que nem todas as minhas amizades agem assim, mas eu diria que a maioria delas se comporta dessa maneira e fico me perguntando se sou uma imbecil que não sabe escolher seus amigos, se essas pessoas nunca foram minhas amigas, ou se eu dou um tremendo AZAR mesmo?
! Sei que não sou alguém que exige a presença dos outros, não sou uma chata grudenta, até porque odeio gente que faz cobranças em excesso, como já disse em outro post... Mas um mínimo de bom senso para reservar tempo pra seus amigos, mesmo namorando, é necessário! E nem preciso dizer que esses mesmos amigos sumidos, sempre que estão com problemas correm pra cima de mim, pra logo em seguinda sumirem novamente! Eu sou uma babaca boba mesmo!

Talvez a solução esteja em arrumar amigos que já namorem, ou sejam casados... rs... Assim você já pode avaliar a pessoa dentro da situação.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Por que precisamos ter um filho?

É a pergunta que sempre me faço quando alguém vem com a célebre pergunta: "- Quando você vai ter um filho?".

Está escrito no manual do ser humano que ele precisa ter um filho de qualquer maneira, mesmo que não queira, mesmo que não sinta afinidade com a maternidade, mesmo que ache que na sua vida não cabe um filho?

Me deu vontade de escrever sobre isso, porque essa semana uma amiga ficou escandalizada com a minha confissão de que não tenho vontade de ser mãe. Sim, gente, confesso meu crime terrível aqui no blog, não tenho vontade de ser mãe! Sei que vou purgar esse crime hediondo no inferno, mas mesmo assim assumo e me puno com vinte chicotadas todas as noites! Só sendo irônica para não explodir com pessoas que não respeitam a opinião alheia!

Quem vai criar a criança?! Sou eu ou quem cobra isso de mim? Quem vai passar noites em claro cuidando do bebê? Quem vai ter que sustentá-lo, amá-lo, ter responsabilidade por toda a sua criação até que se torne um ser humano independente? Eu ou quem me cobra isso????? Pois é, euzinha né? Então desejo do fundo da alma que essas pessoas que me cobram, tenham seus filhos e batam no peito que estão perpetuando a espécie, que estão deixando seus frutos, que estão crescendo e se multiplicando? Eu vou adorar fazer "guti guti" na bochecha do filho que ela tiver! Mas não me venham cobrar filhos pelos quais não vão ser responsabilizar!

Pior ainda é quando digo que gosto de animais! Aí vem a outra frase: "Mas se você gosta de criar animais, crie uma criança". Cachorro e bebê são seres absolutamente distintos. Quem compara cachorros com bebês deve achar que se ela fosse capaz de parir um cachorro, levaria ele ao pediatra, amamentaria o cachorro, trocaria as fraudas do cachorro, colocaria no colégio, acompanharia suas notas, se preocuparia quando o cachorro entrasse na adolescência, teria medo que o cachorro se viciasse em drogas, ou que ele dirigisse em alta velocidade, acompanharia a luta de seu cachorro pelo primeiro emprego, teria medo que o cachorro pega-se AIDS transando sem camisinha!

Gente! Cachorro e gente definitivamente não envolvem as mesmas responsabilidades e muito menos são seres parecidos sequer em aparência.... Então PORQUE comparar gente com cachorro? Tá, já sei, vão dizer que não gostam é daqueles que vestem os cachorrinhos e os tratam como bebês. Mas isso é da conta de quem faz isso, e não da de quem recrimina. Se a pessoa é feliz levando seu cachorro toda semana no veterinário e o ninando para dormir, deixe ela viver aquilo que faz bem a ela! Eu sempre tratei meus animais como animais, mas isso não impede que tenha um grande carinho por eles, que nada tem a ver com o carinho de uma mãe para um filho!

Affe! Por que as pessoas palpitam tanto na vida dos outros e simplesmente não olham para suas vidas fu**das e tentam consertá-las? Os problemas e dores alheias são sempre as mais fáceis de resolver.

Concluindo... Se você quer muito que alguém tenha um filho, tenha um filho você e o crie! Mais uma vez repito, não tenho nada contra a maternidade apesar de achar que o mundo já está superlotado de gente! Ainda assim continuo tentando respeitar a vontade de pessoas sem condições financeira e psicológica de terem filhos! Eu não me meto na vida delas porque são elas que vão se responsabilizar ou não pelas crianças que tiverem...

Quem sabe se um dia eu mudar de idéia, tenha um filho, mas um filho de alma, adotado, para diminuir o quantidade de abandonados...