
Acho que a maioria dos homens que passou pela minha vida, foram meio estranhos. Já namorei homens bonitos, tive um namorado lindo, daqueles que a mulherada toda dava em cima. Isso quando eu tinha lá meus 19 anos. Mas me relacionei com vários nerds-extraterrestre... rs... Talvez porque necessite demais poder conversar sobre tudo com o homem com quem estou. Papo conta demais para mim! E os nerds se aprimoram em pensar!
Parei para analisar agora e acho mesmo que tenho uma boa queda por nerds, com cara de maluco. Veja só! Para quem conhece os dois, me sinto mais atraída pelo PC Siqueira do que pelo Felipe Neto. E o Felipe é todo gatinho, mas acho fofa aquela coisa toda atrapalhada do PC Siqueira. Deve ser porque os nerds parecem sempre estar na contramão e meio que me sinto assim... rs... E que fique claro que nem todo nerd é esculachado, molambento, etc... Uma coisa não está ligada a outra diretamente.
Lembro de um namorado que tive há muitos anos. Nossa! Esse foi o fim de tudo! Era algo inominável. Morria de vergonha de ser vista com ele em público. Geralmente ficávamos enfiados no apartamente dele. Aí, quando me chamava para ir a um barzinho e tal, olhava aquele cabelo dele que parecia uma moita de mato seco, aquelas roupas todas descombinando, esculhambadas, umas até rasgadas. Gente, eu pedia forças para enfrentar. Saía, mas não dava a mão, já não gosto mesmo de dar a mão, então usava isso como desculpa.
Ele parecia um mendigo e eu ali toda arrumada, mortinha de vergonha. Gostava dele, da conversa, era muito inteligente, sacava muitas coisas da vida. Enfim, seria tão bom pegar a mente dele e enfiar em outro corpo um pouco mais arrumadinho! Mas não dava, né? Devo confessar que essas diferenças contribuíram para o fim do nosso namoro.
Lembram do post sobre homens molambentos, que fiz? Pois é, a minha diferença paras a mulheres que citei naquele post, é que morria de vergonha desses homens esculhambados que passaram pela minha vida. Gostava deles sentimentalmente, mas algo não funcionava quando tínhamos que estar em público...
Com a Sal, comentávamos sobre quando estamos com alguém que a gente curte muito, mas o cara fala errado, escreve errado. Affe! Tem gente que parece ter um bloqueio. Vive num meio que todos estão falando certo e a criatura continua falando errado, talvez porque venha de uma família humilde, de um meio em que as pessoas falavam assim, mas não cai a ficha que aquilo mudou, agora ela está convivendo com outro tipo de gente mais instruída... que precisa mudar isso. Por esse tipo de situação nunca passei, mas tive uma colega de trabalho que passou e te digo que isso, também, detona a relação.
O problema reside quando não conseguimos ignorar totalmente as diferenças. Porque muitas pessoas conseguem. São aqueles casais que a gente olha e não entende como estão juntos, e mesmo assim lá estão eles, felizes juntinhos, as diferenças incomodam mais a quem olha de fora do que a eles mesmo.
Gostaria de saber o porquê da gente gostar, se apaixonar por pessoas que normalmente a gente rejeitaria, ou por não pertencer ao nosso meio, ou por ser esquisita fisicamente. Em que ponto ignoramos tudo isso e passamos a olhar a pessoa com olhos de encantamento? Tá, sei que é a paixão, mas rejeitamos muitos e num determinado momento nos apaixonamos por um nada a ver.
E você? Já passou por isso?