domingo, 29 de janeiro de 2012

Mulheres que se desvalorizam...


Dia desses fui ao salão fazer minha unha e todos que me conhecem melhor, sabem o quanto detesto salão. Acho que quando se reúne muitos seres humanos do mesmo sexo, o papo tende a ficar fútil em alguma direção. Mas já que tenho que enfrentar, que seja da melhor maneira possível, com leveza.

Bem mas o post não é sobre salão. É que reencontrei uma cliente nesse que vou e quero comentar sobre ela. Quando entrei no salão ela estava na porta aos berros, no celular, com alguém que parecia ser o namorado, marido, amante. Uma gritaria que chamou a atenção de todos. Sentei e a manicure começou minha unha, a tal menina voltou se sentou na cadeira ao lado, da outra manicure, imediatamente me reconheceu e me cumprimentou de maneira muito simpática. Disse que estava nervosa e deprimida, pois o seu melhor amigo tinha morrido no início da semana. Mas comentou também sobre a briga que estava tendo com seu namorado, que, segundo ela, é infiel, um "galinha".

Ao olhar para uma menina tão simpática, jovem e bonita fiquei imaginando o namorado dela nos mesmos moldes. Mas num determinado ponto da conversa ela deixou escapar que o cara era casado, que vivia com a mulher apesar de não ter mais relações com ela. Como assim? Alguém ainda acredita nessa velha desculpa esfarrapada? O cara é casado e ainda sai com outras além dela? E seguiu dizendo que era muito ciumento e que queria controlar a vida dela.

Minutos depois ele liga perguntando se ela tava fazendo a unha porque ia sair para se divertir. A menina ficou descontrolada, começou a chorar e dizer o quanto ele tava sendo injusto em tratá-la daquele jeito. E que ele ainda teria dito que iria desligar o telefone a partir daquele momento e só religaria no dia seguinte. A menina ficou descontrolada, magoada e chorosa.

Nesse momento as manicures começaram a dizer que ela era uma boba, que homem nenhum valia isso, muito menos esse com quem ela tava. Entrei no meio e disse que se deixasse, o cara iria fazer mesmo o que quisesse com ela, que só ela poderia dar um rumo diferente nessa história.

Bem o papo morreu e ficamos conversando sobre outras coisas. Senti uma profunda simpatia pela menina, apesar de ser uma pessoa visivelmente muito diferente de mim. Ela começou a falar da irmã e as manicures disseram que o cunhado dela era muito bonito. E aí ela me mostrou, no celular, a foto do cunhado, realmente lindo, e da sua irmã, também muito bonita. Não resistiu e mostrou também a foto do cara que tava com ela, o tal casado, que me parecia um belo traste. Quando olhei a foto, não consegui disfarçar minha decepção. O cara era velho e bem feio. E até onde pude perceber na conversa ele não era do tipo "mão aberta", que dava dinheiro, coisas materiais para ela.

Enfim, a minha mente pensante compulsiva não parou mais de raciocinar a respeito. Quais motivos levam uma menina aparentemente "bem nascida", bonita, jovem, simpática, que poderia ter homens legais, a se ligar num traste desse?

Na vida tem gente que já nasce com um time jogando contra e mesmo assim faz gol e outras pessoas nascem de cara para o gol, com a bola no pé e chuta para fora.

Não pude parar de pensar em como gostaria de sentar com ela num papo bem aberto e tentar entender o porquê de uma pessoa se ligar a um tipo que me parecia tão ruim, tão fora de propósito.


Tá bom que já sei que ala romântica (ou sonhadora, ou seja lá o nome que queira dar) vai dizer que ela ama o cara, que talvez o amor deles supere tudo, e blá blá blá. Mas não me convence, porque o que mais vejo ao meu redor, são mulheres vivendo com sapos e achando, ou querendo achar que são príncipes. Raras são as que se valorizam, que buscam homens do seu nível

Pode ser que esteja errada no meu jeito de pensar, mas não entendo isso, porque se eu fosse bonita e jovem como aquela menina, ninguém me segurava, porque eu não sendo nada disso, já não me submeto a muita coisa!!

Aí me deu vontade de fazer um post para saber o que vocês acham disso tudo. Porque não vejo esse padrão de comportamento nos homens. Eles, no geral, tendem a exigir mais, a escolher mais. Enquanto as mulheres tendem a relevar mais, a ceder mais, a fazer mais concessões na hora da escolha de um parceiro. E não me venham com a velha história de que existe mais homens do que mulheres. Porque o que existe de verdade são oportunidades, mais para umas mulheres e menos para outras, o que não quer dizer que as que tem mais oportunidades são as que farão as melhores escolhas, como no caso que acabo de apresentar aqui no post.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Não se pode discordar!!


Um dia desses li esse post no blog da Nina e achei bem interessante. O texto fala da diferença cultural entre Brasil e Alemanha, no sentido de lá se poder dizer o que acha sem tantos pudores. É que cada vez mais, no Brasil, a gente emite menos a nossa opinião. Porque cada vez que a gente pensa em discordar de algo, ou ficamos calado para não nos aborrecer, ou se abre a boca/põe o dedo para funcionar e segura o tranco, porque é complicado ter opinião no país do politicamente correto!

Eu canso de ler posts em que não concordo com nada do que é dito, e canso de pular esses posts em silêncio. É comum ler publicações em redes sociais que também discordo e pulo para não me aborrecer. Porque cada vez que se usa a palavra "discordo", parece que você está xingando a mãe da pessoa. É comum se levar para o pessoal e achar que se alguém discordou dela, esse alguém não presta para estar em seu círculo de amigos, virtuais ou não. Difícil alguém entrar um debate, argumentar, acabar os dois discordando e isso não afetar a relação.

Claro que existem maneiras educadas de se discordar. Quem é grosseiro na hora de discordar merece ser mal tratado e cortado. A pessoa que segue a linha "digo a verdade doa a quem doer", normalmente não é preparada para o debate, porque ela quer apenas provar a qualquer custo que está certa, não quer analisar os pontos de vistas apresentados. Discordar de forma cortês, merece respeito!

Quando chego a discordar de alguém é porque tenho um ponto de vista argumentado e quero mostrar, só isso, não quero cortar relações com a pessoa, não quero ofendê-la e muito menos diminuir sua opinião, quero apenas iniciar um debate sadio. Mas o que percebo é que isso é muito difícil no Brasil. Aqui não se dá o nome certo das coisas porque é feio. Feio mesmo para mim é falar por trás, é ridicularizar as pessoas pelas costas e na frente ficar usando palavras maquiadas para ser fofinho!

Agora é certo que algumas opiniões pesam de forma tão negativa, que me faz "broxar" em relação a alguem. Se a pessoa me diz que é a favor da pedofilia, se ela diz que maltrata animais, isso para mim fere princípios que invalidam a continuação dessa amizade. Mas se a pessoa diz que é contra o aborto, que não gosta de bebida alcoólica, ou que detesta um artista que gosto, tudo bem, ela tem direito a uma opinião/gosto, a discordar de mim, a ser contra a algo que sou a favor, desde que isso não mude a minha visão sobre o caráter da pessoa.

Mas no Brasil não é assim que funciona. Aqui se tu disser que não gosta de morar na sua cidade, ou que não gosta de verão, sempre aparece um para se ofender com algo que é só uma questão de gosto.

Quando discordo de alguém e sinto que a pessoa me colocou na "geladeira", isso me esfria de forma quase definitiva em relação a ela. Acho que podemos debater e seguir em frente numa boa.

Se eu já cortei alguém por conta de um debate? Já sim! Mas sempre quando a opinião do outro invalida a continuidade da relação, se o que ele acha demostra falha de caráter, ao meu ver. E quando sinto que a pessoa esfriou em relação a mim,depois de um debate, largo pra lá sem dó. Porque, ou ela acha que a minha opinião indica falha no meu caráter, ou ela não sabe debater,é intolerante ao extremo. E de intolerantes basta os que não posso evitar o convívio!

Ratificando que debate é uma coisa, ofender a pessoa sob o álibi de que é sincera e diz tudo na cara, é outra coisa bem diferente, isso se chama grosseria!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Não vejo BBB, mas preciso comentar o tal estupro!!


Não vejo BBB, mas sinceramente me revolta ouvir e ler certas coisas. E com esse tal estupro no BBB o que vi de gente dizendo que a mulher é tão culpada quanto o cara, ou que ela tem culpa por ter deixado o cara encostar nela, ou beijou, ou sei lá o que. Gente! Isso é um absurdo. Não sei em que contexto está inserido esse caso do BBB, mas uma coisa é certa, se não foi consensual, se a mulher não permitiu, se ela tava apagada por conta da bebida, ela simplesmente não teve culpa!!

É um absurdo que nos dias de hoje ainda se pense que uma mulher provoca um pobre coitado de um estuprador, que não teve outra opção a não ser transar com ela a força! É uma total inversão de valores!! Mais uma vez acho que é o maldito machismo massacrando o ser feminino!!

E hoje no Facebook ainda li piadinhas do homens dizendo que já transou com mulher apagada por bebida, que isso é quase que normal, que ela deve ter gostado também. Enfim, um mundo de sandices! Nessas horas que fico me perguntando o que ainda faço nessas redes sociais. Nem preciso dizer que essas criaturas estão devidamente bloqueadas.

É por conta de pensamentos como esse que muitas mulheres continuam sendo estupradas diariamente e não dão queixa. Seus estupradores seguem impunes, porque elas temem esse julgamento, de que facilitaram a violência, com roupas, ou atitudes provocantes. Mas uma vez eu digo, é uma total inversão de valores!!

Se fosse com sua filha, sua irmã, sua mãe, sua tia, você pensaria que a culpa foi dela também?!


Às vezes sinto tristeza de ser mulher no Brasil!!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os animais da minha infância...


Adoro animais!! E conversando com a Fê Iasi, ela me deu a idéia de escrever um post contando dos animais que fizeram parte da minha infância.

Cresci num lugar meio roça, muito mato, rua de barro, casas de muro baixo e muitos animais fizeram parte da minha vida. Aí vai o historinha de 4 deles:

- O porco Chiquinho - Um dia acordei e tinha um porco dentro do que antes era um galinheiro. Até hoje não sei de onde meus pais o trouxeram. Era um filhote e me apeguei a ele imediatamente. No dia seguinte a sua chegada, já tinha destruído todo o galinheiro, fuçando o chão. Então meus pais resolveram criá-lo no quintal mesmo. A comida predileta dele era milho cru com água e sal. Minha relação com ele era muito próxima, dava comida, banho, e o bicho se apegou a mim também. Quando chegava do colégio na parte da tarde, ele vinha correndo e se jogava no chão com as perninha para o alto mostrando a barriga, e eu ficava ali cutucando a barriga dele um tempo. Para todo lugar que ia o porco me seguia, menos dentro de casa. Um dia cheguei do colégio e o porco estava dentro da panela, tinha virado uma grande feijoada. Fiquei uma semana sem falar com pessoal da minha casa. Até hoje tenho paixão por porco, meu animal preferido.

- A galinha Madalena - Um dia ganhamos um pinto, ele cresceu e virou uma galinha preta que chamei de Madalena. Novamente minha relação com os bichos era muito próxima e a galinha passou a me reconhecer. Então sempre que chegava perto dela, ela se abaixava, eu a pegava, a colocava embaixo de braço e ia para todo canto com ela ali quietinha. Um dia colocou um ovo e ficou choca. Fui na quitanda comprei uma dúzia de ovos e coloquei embaixo dela. Nem preciso dizer que só nasceu um pinto, do ovo que colocou. Era muito engraçado vê-la andando com aquele único pinto, que no futuro virou um galo bem bravo. Um dia mataram a galinha e mais uma vez fiquei dias triste.

- O coelho Teião - Teião era um coelho branco, também chegou filhote e cresceu até virar um coelho bem arisco. Eu o adorava, mas ele sempre fugia de mim. Na parte da tardinha pra noite, tinha que correr atrás dele para colocá-lo na gaiola. E sempre que o pegava tava gorducho de tanto mato que comia. Aí a gente foi passar uns dias fora e resolvemos deixá-lo solto para que pudesse se alimentar. Quando voltamos ele havia sumido. Fiquei dias sentada no portão de casa esperando o Teião voltar. Nunca voltou...

- O cachorro Bob - Esse foi o meu companheiro da infância, chegou quando tinha 6 anos e viveu até meus 15 anos. Ele estava presente na época do porco, da galinha e do coelho. Não se entedia muito bem com o porco, volta e meia se estranhavam, mas o Bob sempre levava a pior, porque o porco mordia a orelha dele. Bob era bem inteligente. Sempre que eu pegava a bicleta para ir à padaria comprar pão, ele ia ao meu lado. Chegando na padaria, ficava tomando conta da bicleta. Nunca ensinei isso. Fazia muitas coisas que nunca foram ensinadas, como só fazer xixi na rua, nem no quintal de casa ele fazia. Ainda lembro do dia que dei banho com sabão em pó e o pêlo dele caiu quase todo. Fiquei bastante assustada. De todos acho que foi o bicho que mais sofri quando morreu. Ele foi atropelado, dias depois teve hemorragia interna e se foi. Perdi a conta das noites que chorei com saudade do Bob. Um cachorro vira-lata, amarelo e muito esperto que me acompanhou em muitos momentos.

Tive diversos outros bichos, mesmo depois de adulta. Acho que animais sempre vão fazer parte da minha vida de alguma forma. Mas esses quatro me marcaram de uma maneira que nunca esqueço.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Uma meio decepção com meu novo vídeo...

Aí está o meu segundo vídeo. Satisfeita com ele? Não!

Cheguei a mais algumas conclusões com esse segundo vídeo.

- Mesmo editado não gostei do resultado final.

- Gaguejo demais, repito palavras demais, me perco demais. Talvez coisa de principiante, talvez falta de talento para coisa. Mais provável a segunda opção.

- É impossível fazer um vídeo minimamente apresentável sem uma edição.

- Talvez eu tente um terceiro vídeo, talvez não! Vai depender se a minha visão sobre a questão melhorar e eu achar que vale a pena tentar mais uma vez.

Desculpa aí, pessoal! Mas ele ficou longo demais (talvez nem tenham paciência de assistir) e não deu para subir para o canal Confissões Ácidas no Youtube.


sábado, 7 de janeiro de 2012

Facebook, a rede social que me pegou!


Sempre passei batida por redes sociais. Dava uma olhada no Orkut, lá no ínicio dos tempos. Depois veio o Twitter com seus irritantes 140 caracteres e agora o Facebook é o queridinho da vez. E posso dizer que me pegou de jeito. Logo eu, que batia no peito dizendo que essas redes não me estimulavam a escrever.

Se estou em casa, volta e meia dou uma olhadinha pra ver as novidades, o que o pessoal tem compartilhado, as frases, os pensamentos, as notícias, o que acontece na vida dos amigos virtuais. Confesso que se tornou meio que um vício para mim.

Se por um lado tem o lado legal, por outro tem os desentendimentos. Às vezes colocamos uma frase que alguém interpreta como indireta. Nosso comportamento irrita algumas pessoas. Se respondemos o que o pessoal comenta nas nossas publicações, alguns acham que queremos ibope. Se não respondemos somos indiferentes. Se reclamamos de algo, sempre tem um para interpretar como ofensa, se colocamos frase bonitas, somos piegas.

Fica difícil agradar a todos, nisso a Elaine Gaspareto sempre diz algo que traduz todo esse comportamento das pessoas: - Só notas de 100 dolares agradam a todos! - E é verdade, a gente nunca consegue agradar a todos, e no momento que tomamos consciência disso, passamos a ser autênticos. Simples assim! Quem se afinar com seu jeito de pensar, fica, caso contrário pode ir que outros já foram.

Seja como for, acho que enquanto o povo não migrar para outra rede social, continurei dando meus pitacos no Facebook. Sem esperar que agrade a todos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O dia que a ficha caiu...


Hoje recebi alta da minha cirurgia, ou seja, depois de várias consultas de revisões do pós-cirúrgico, vários exames, a médica chegou a conclusão de que esse era o resultado esperado da cirurgia da voz. E quando a gente recebe alta, era para ficar feliz, mas voltei com uma sensação da ficha ter caído. Ao receber a alta cheguei a conclusão que minha voz tem um limite e um limite muito menor do que sonhei um dia. Limite que jamais pensei que teria quando fiz a primeira cirurgia lá com o outro médico que estragou tudo.

Vim comendo uns biscoitos no ônibus e pensando que agora o que devo fazer é deixar a ficha cair mesmo. E deixar de ter esperanças exageradas e passar a ter esperanças reais, que significa entender que não terei mais uma voz com volume normal.

Posso conseguir pequena vitórias com a fono, mas acho que devo parar de sonhar que um dia vou acordar com uma voz fantástica que surpreenderá até a mim mesma. E trazer nossas expectativas para que encontrem a realidade, requer abrir mão de sonhos. Mas chega uma hora que é preciso fazer isso, caso contrário o grau de frustração só tende a aumentar.

Podem achar que essa é uma forma pessimista de encarar a situação. Eu digo que não, pessimismo é quando a gente desiste de algo sem mesmo tentar. Pessimismo é achar que não vai conseguir. E eu tentei muito, tentei todos os caminhos disponíveis e agora me vejo obrigada a aceitar um fato.

Digo que não é fácil ter uma limitação física. E só sabe disso quem tem alguma. As pessoas não percebem o quanto aquilo te faz sofrer. Estão a sua volta e não estão percebendo sua angústia. E por outro lado a gente faz de tudo para não transparecer que estamos sendo afetados. Mas quando deitamos à noite na nossa cama, sabemos onde o calo aperta.

Mais uma vez não sei bem porque estou colocando isso aqui. Acho que porque blog serve para isso também, para desabafo, para a gente dizer coisas que não diria normalmente para as pessoas a nossa volta, para manter a sanidade. Enfim, para alguma finalidade tosca que no final resulta só num desabafo mesmo.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Velhice ativa!


Ontem vi no Fantástico, uma série que começou que mostra idosos que se divertem, vivem intensamente, mesmo já estando alguns com idades bem avançadas. Fiquei boba de ver como eles estão bem fisicamente, mesmo que alguns tenham suas limitações, mas todos alto astral, atuais, brincalhões, bem-humorados. Você percebe um jovem dentro de um corpo antigo.

E fiquei pensando em como queria ficar assim quando estiver com a idade avançada, em como não queria parar no tempo, ficar grudada em lembranças do passado, nem lamentando o que não aconteceu. Em como queria ser uma velhinha ativa, sempre aberta para o novo. Vi uma senhora de mais de 70 anos que era conectada na internet, trocava emails com os seus amigos. Achei o máximo ver uma pessoa simples, idosa, que não se fechou para o novo.

Por outro lado não pude deixar de comparar meus pais com eles e ver a que distância estão de tudo aquilo e de como lamento isso. Os dois, tanto meu pai, quanto minha mãe, fizeram da idade uma doença. Se entregaram totalmente, são pessoas que não tem doenças graves mas agem como se tivessem à beira da morte. E como tudo isso me incomoda profundamente. Meu irmão e cunhada lidam melhor com isso, eu tenho mesmo é vontade de sacudir e dizer: - Vocês estão vivos, com saúde razoável, ajam como pessoas vivas!!

Mas as pessoas são do jeito que são e não podemos querer mudá-las, mesmo que essa vontade exista dentro da gente, não podemos passar para o outro. Mas uma coisa é certa, como queria chegar numa idade avançada conectada com o atual, com o novo e não uma velha inútil, ranzinza e grudada no que passou. Acho que minha vontade nesse sentido é tão grande que vou conseguir.

E aconselho a quem puder, dar uma olhada na série, eu fiquei encantada!