domingo, 28 de novembro de 2010

Pessoas que não mudam de opinião...


Existem pessoas que definitivamente, não mudam de opinião! Nunca! Elas percebem uma situação, tiram suas conclusões e não adianta o melhor argumento do mundo, porque vão continuar lutando até a morte para sustentar suas opiniões. Muitas vezes sem nenhuma base, com fundamentos ilusórios que só existem em suas mentes limitadas. Sim! Porque somente os burros não mudam de opinião! Acho até que existe uma frase feita que roda dizendo isso. E é uma verdade! Só não muda de opinião a pessoa que não tem capacidade, nem abertura para entender, ou aceitar os argumentos alheios. Se ela não é burra, age de forma bitolada!

No meu trabalho tem uma moça, muito legal. Ela é a mais prestativa, a que sempre vê o lado positivo das coisas, tem um coração bom. Percebemos isso e todos somos unânimes em reconhecer essas características nela. Mas o fato dela nunca, mas nunca mesmo, mudar de opinião, seja qual for o argumento apresentado, é algo enlouquecedor! Ninguém mais discute qualquer coisa com ela. Porque a criatura fica repetindo sua opinião sem parar. E toda vez que o assunto volta, repete a mesma opinião, com as mesmas palavras, mais umas 10 vezes. Imagina morar com alguém assim? Entendemos porque até a filha foi morar com o pai, mesmo ela sendo uma pessoa boa de coração, prestativa e tal. Simplesmente é impossível conviver com quem não te ouve!

Muitas pessoas acreditam que não mudar de opinião denota personalidade forte, quando na verdade só mostra o quanto a pessoa é intransigente! Sustentar eternamente opiniões caducas e absurdas, só demonstra o tanto de falta de capacidade de discernimento que alguém possui. Personalidade forte, sem bom senso é algo que falha, que tinha tudo para dar certo e estanca!

Pode perceber que para essas pessoas "engessadas", a culpa de todos os males está sempre no outro! A verdade sempre é o que ela acha e todos estão errados, todos estão agindo de maneira incorreta! Normalmente são aqueles que se colocam como vítimas crônicas do mundo. Não se dão a oportunidade de tentar ver o mundo sob um novo olhar...

Penso muito sobre tudo. Muitas das minha opiniões não mudo porque os argumentos iniciais continuam me convencendo. Mas estou sempre repensando a vida. Sempre analisando novamente, sempre dando uma chance para que me provem que não estou certa. Não é fácil admitir que estamos errados! Não é agradável, não faz bem para nosso ego! Na verdade é uma merda! Mas é necessário, faz a gente crescer como ser humano! E ao final, se o argumento alheio for bom, mudo a minha opinião, algumas vezes de forma radical, mas mudo explicando o porquê de ter mudado.

Mudar de opinião não tem abolutamente nada a ver com "ficar em cima do muro". Essa é uma outra questão. Aí sim é ausência total de personalidade, a pessoa é um barco à deriva, que vai para lá para cá, de acordo com as opiniões alheias e fica super angustiada em debates, porque nunca sustenta nada.

Definitivamente não tenho paciência com pessoas "engessadas". Quando percebo o tipo, imediatamente deixo que a criatura dê a palavra final e evito qualquer debate com ela. É um desgaste desnecessário de energia, só nos aborrecemos e nunca chegamos a lugar algum. Mas te digo que também me desinteresso imediatamente! Pessoas que não estão abertas a novos argumentos, normalmente são pessoas com opiniões pobres, porque elas não evoluem com o mundo e não tem muito o que acrescentar nas nossas vidas!

Gosto de gente que me ajude a repensar tudo que está aí e não pessoas que funcionam como âncoras do tempo, param em algum lugar e ficam ali sem evoluírem!

P.S.: Viajarei na terça-feira para resolver algumas coisinhas e devo voltar só na outra semana. Então, estando sem acesso à internet, ficarei distante dos blogs. Não sei se conseguirei escrever um novo post para a próxima semana. Não tenho tido tempo, vontade, disposição para escrever no blog, coisa que adoro! Mas de qualquer maneira terá um post, nem que seja uma republicação de um texto antigo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Bullyng - Eu sofri...

Inicialmente ia pegar esse selo, na cara de pau, do blog A Vida sem Manual, da Patricia Daltro! rsrs... Mas aí a Elaine Furtado fez um post com o selo e repassou o assunto para quem a seguisse... rs...

Quero tocar nesse assunto, porque eu sofri bullyng no meu tempo de colégio e de uma forma pesada!
Naquela época esse tipo de agressão não tinha nome. Sequer atenção era dada a quem sofria! Os professores fingiam que não estavam vendo, a direção do colégio era omissa. E se fosse contar para os pais, eles ainda brigavam contigo dizendo que você tinha que reagir, revidar. Pode ser que não tenha sido assim com todos que estudaram na mesma época que eu, mas me senti totalmente abandonada, jogada às feras.

Tudo piorou de verdade quando completei, mais ou menos, 12 anos e dois defeitos físicos que propiciavam a zombaria de outras crianças/adolescentes da mesma faixa etária, ficaram mais evidente, porque era o início da puberdade, fase em que todos voltam a atenção para o corpo. E o que já era ruim, ficou terrível! Porque se engana quem acha que criança é só indefesa e boazinha, quando se juntam contra as outras, podem ser mais cruéis que muitos adultos.

Quando entrava numa nova sala de aula para estudar, meu coração já estava acelerado, pânico era o que sentia, porque sabia que o inferno iria começar e obviamente meu temor e insegurança atraía rapidamente o olhar dos líderes de grupinhos, que geralmente são os mais desumanos.

Assim fui sofrendo calada até o último ano do ensino médio, que para mim foi o pior de todos. Fui transferida para um colégio novo e não conhecia ninguém, mas assim que entrei na sala, senti que aquilo iria virar um inferno. Uma bagunça geral já no primeiro dia. Uma turma visivelmente hostil. Acho que todos já se conheciam de outros anos. Sentei num canto e abaixei a cabeça, absolutamente morta de medo. Sabendo que nunca ninguém iria me ajudar, só eu mesma para me defender, e quando se é uma adolescente com autoestima de barata, isso é muito difícil.

Já no primeiro dia de aula, atraí a atenção do líder dos meninos e da líder das meninas. Dois seres cruéis ao extremo. E pra completar eram namorados. Então fiquei numa posição imediatamente muito ruim. Eles conseguiram chamar a atenção de toda turma para cima de mim, cantando musiquinhas idiotas e todos rindo de mim. Aquilo parecia um pesadelo que se repetia a cada ano. Nem preciso dizer que minhas notas eram as piores.

Um dia, o casalzinho fez um corredor de alunos para fazerem chacotas assim que saísse da sala. E tive que passar por eles. Aquilo foi me deixando tão atordoada, o rapaz líder se colocou na minha frente e começou a gritar. Totalmente descontrolada, meti um tapa na cara dele. Todos riram dele e percebi que aquilo iria ficar muito pior.

Fui embora para casa chorando e quando chegava em casa, tinha que disfarçar, porque meus pais não me apoiavam em nada. Dizia que eu era frouxa e por isso aconteciam essas coisas comigo. E no fundo acabei acreditando que era uma medrosa mesmo. Sentia muita culpa por tudo aquilo, achava que de alguma forma permitia que aquilo acontecesse.

No dia seguinte voltei às aulas e estranhei que todos me deixaram em paz. Me senti aliviada. Talvez meu tapa tivesse resolvido. Grande ilusão! Na hora da saída um grupo, liderado pelo tal rapaz do tapa, me esperava na porta do colégio, rapazes e garotas. E como tinha chovido, tinha muita lama e todos começaram a me atirar lama, imediatamente fiquei toda suja. Paralisada, só sabia chorar. Impressionante como o restante se omite por medo, olham com pena, mas se afastam! Mas nesse dia uma menina veio me socorrer e disse que iria me ajudar e me levou para a casa dela, que era próxima dali. Eu contei tudo para ela, disse que não poderia chegar assim em casa. Ela pediu a mãe que lavasse minha roupa, colocasse na secadora de roupas, enquanto isso tomei um banho.

No dia seguinte, essa menina, que veio se tornar minha amiga, foi comigo à secretaria, contamos o ocorrido e pedimos minha transferência para a turma dela, que era da mesma série. Fui para lá. Mas o inferno continou, só que bem menos do que foi na primeira turma.

Difícil passar em post o que é a dor de ser humilhada diariamente por pessoas que não ligam nadinha o quanto aquilo te fere. Muitas pessoas lembram da época de colégio com saudades, eu lembro como um grande pesadelo, bem difícil de suportar.

Hoje em dia não tenho mais a tais características físicas que propiciavam tudo isso. Fiz cirurgias que corrigiram. Mas o meu trauma de sala de aula, esse nunca me abandonou. Até hoje quando entro numa, mesmo sabendo, racionalmente, que nada disso vai se repetir, o medo está lá, meio que me paralisando. Não fico à vontade em salas de aula, nunca!

Resolvi contar isso, porque muitas crianças e adolescentes estão passando por isso agora e pode ser seu filho, seu sobrinho, uma pessoa que goste e que esteja paralisada pelo medo, sem querer se abrir, por culpa, por insegurança! Ou pior, seu filho pode ser o agressor. Ainda bem que deram um nome para isso, porque é uma questão séria e tem que ter mesmo atenção de pais e profissionais da área.

domingo, 14 de novembro de 2010

Quando as amizade virtuais desandam...


Já reparam que quanto mais próxima uma amizade virtual, mais difícil de se manter o vínculo com ela? Não é criar o vínculo, mas manter. Tem pessoas que visitam meu blog há anos, basta adicionar a pessoa no msn, ou mesmo no Twitter, que também é algo que aproxima a pessoa, e essa "proximidade" parece que "esfria" tudo. A pessoa não é mais vista como antes, perde o encanto, ou o contrário, você é que perde o encanto para ela.

Por favor, gente! Estou tocando nesse assunto de forma genérica, não é um recado para ninguém, não foi por nada que aconteceu recentemente, apenas uma análise da situação.


Nesse post escrevi sobre a importância das amizades vituais. Uma coisa fantástica da tecnologia, criando novas possibilidade de vínculos humanos. Acho mesmo que muitas amizades virtuais estão mais presente na nossa vida, te ajudam mais, te fazem mais companhia do que muitos amigos do nosso cotidiano, que de amigos, só tem o título, estão tão distantes que nem sabemos da vida deles.

No entanto, manter uma amizade virtual é muito mais difícil do que manter uma amizade "real". Qualquer coisinha quebra um vínculo virtual. Qualquer besteirinha, decepção e pronto, um block e a pessoa está retirada da nossa vida. Em questão de semanas a pessoa cai no esquecimento total. Tudo é muito rápido na internet. Tudo se cria fácil, mas tudo se dilui rapidamente também.

Tenho um amigo, o Fábio, que é bom exemplo de amizade virtual que deu certo. Começamos por esse blog, há uns 2 ou 3 anos atrás. Passamos para o email, msn quase diário em algumas épocas, e nos encontramos quando fui fazer minha cirurgia em Porto Alegre. Sempre mantivemos o mesmo nível, o mesmo interesse. Sempre foi uma coisa linear. Mantenho contato com outras pessoas que deram muito certo também, a "química virtual" é perfeita, e essas pessoas sabem que fazem parte da minha vida. Mas citei ele como exemplo, porque é o mais antigo e com a mesma qualidade de sempre.

No entanto, tenho vários exemplos de amizades virtuais que desandam completamente apenas no primeiro contato no msn. Poderia citar alguns casos, mas o post ficaria enorme. São grandes decepções e pior, você não sabe o que aconteceu, simplesmente a coisa não funcionou quando chegamos mais perto. A impressão que tenho é que no blog fica aquela coisa do amigo que a gente vê de vez em quando, enquanto que no msn você põe aquele amigo dentro da sua casa, creio que o Twitter também tem essa capacidade em alguns casos. Então a gente percebe os defeitos, coisas que não gostamos, pontos na personalidade que nos desagrada. Óbvio que estou falando dos dois lados. Tanto nos decepcionamos, como decepcionamos os outros. Muito estranho isso!

Confesso que tenho um certo receio de passar pessoas do blog para o msn. Às vezes a gente perde uma troca que está funcionando muito bem, que são os comentários mútuos e ganha um desapontamento, por algo que deixa de funcionar. Claro que tem pessoas que sabemos no íntimo que aquilo vai dar certo (essa serve para a Vaneza, que tinha receios comigo no msn). Eu sou muito intuitiva e sinto quando algo vai funcionar bem. Mas na maioria das vezes, atiro no escuro. Vou na incerteza total. E digo que a maioria que vou na incerteza, dá errado!

Pior que nesses caso não há culpados! Não se pode culpar ninguém pela falta de afinidades! Ou a coisa funciona, ou é melhor esquecer sem grandes mágoas. O problema é que não lidamos bem com essa suposta rejeição. Achamos que a pessoa tem algo contra a gente, e não é! Simplesmente não aconteceu, melhor teria sido ficar como antes. Quantas pessoas no nosso cotidiano, nos damos bem melhor quando não temos tanta aproximação?

Diga aí! Você teve mais decepções ou alegrias com pessoas que comentam seu blog e passam para o msn, Twitter, ou afins? Eu diria que no meu caso está meio a meio.

domingo, 7 de novembro de 2010

Reféns da culpa...

Faz um tempo que queria abordar esse tema, mas ele não ficava claro na minha mente para fazer um post. A verdade é que a culpa é o motivo que nos prende a situações sufocantes na nossa vida. Nos sentimos meio que sem ação, sem iniciativa para mudar, angustiados e paralisados ao mesmo tempo. A culpa nos sequestra e nos tornamos reféns dela.

Na minha a vida a culpa agiu de duas formas bem marcantes, nos relacionamentos amorosos e familiares.

Nos relacionamentos amorosos, foram aquelas relações desgastadas que poderiam ter sido terminadas muito antes do que foram, mas se arrastaram por um tempo desnecessário, por preocupação de como o parceiro iria ficar. Sim, você sente uma culpa futura, caso você termine com aquela pessoa e algo dê errado com ela. E essa culpa te aprisiona numa relação que poderia terminar tranquilamente, mas que vai ficando sufocante. Porque quando nos sentimos culpados, a pessoa motivo dessa culpa, sabe disso, ela sente e usa ao seu favor. A gente não ficaria refém desse sentimento tão negativo, se a outra pessoa "pagasse o resgate", ou seja, se ela nos libertasse, se ela simplesmente nos deixasse ir. Ao invés disso, se cria um vínculo nebuloso, em que o "culpado" e "vítima" se unem num laço difícil de se quebrar. Esse é o pincípio da obsessão no Espiritismo, mas o post não é sobre obsessão... rs

No âmbito familiar quantos exemplos temos de culpa entre pais e filhos? Muitos! São filhos que manipulam os pais fazendo com que se sintam culpados e vice-versa. Tenho certeza que você que está lendo meu post agora já viveu isso, ou sabe de uma história.

Meus pais se tornaram velhinhos extremamente manipuladores de culpa. Nossa! É algo que beira ao doentio! E não era para ser assim, já que eu e meu irmão estamos sempre presentes. Tá certo que não me aproximo do meu pai por vários motivos. Mas não me aproximava dele antes de ficar velho, agora então ficou muito mais difícil, mas meu irmão é super presente na vida dele. Minha mãe tem a atenção de nós dois. Mas impressionante como nossos pais produzem uma culpa imensa na gente, só pelo fato de existirmos, de estarmos bem. É algo cruel! Minha mãe manipula toda a situação de forma a parecer que ela está abandonada. Só que ela não está, definitivamente, não! A coisa é tamanha que até minha cunhada já foi aprisionada por essa culpa e se tornou refém dela, também.

Tenho pensando demais sobre isso. Mas não é só agora, há alguns anos penso sobre esse poder da culpa. E tenho feito um trabalho diário na minha mente para não me tornar prisioneira de novas culpas e ver se consigo sanar as já existentes. Tenho feito grandes progressos!

Se livrar da culpa não é um processo fácil. Se fosse, ninguém ficaria nesse ciclo vicioso. Romper essa situação requer esforço e uma sensação de perda enorme. Quando "quebramos" um processo de culpa, um pouco da gente vai junto. Uma sensação infinita de que falhamos, de que fizemos tudo errado. Mas é preciso aguentar o tranco, para mais na frente sentir o alívio.

Comparo esse processo de culpa ao vício de drogas, você sabe que aquela situação te faz mal, mas permanece por pequenos alívios imediatos, sendo que dar um ponto final é que nos livrará e nos trará bem-estar verdadeiro.


Quanto a minha mãe, estipulei as ações que preciso fazer por ela. E o resto não permito que ela manipule mais. Não é justo! Tenho pena do meu irmão que está muito mais enredado nesse processo todo. Nem sei se um dia ele vai conseguir melhorar isso para ele. Mas o meu dever comigo mesma é tentar tornar isso o menos doentio possível na minha vida. E isso farei!

E você? É refém da culpa?