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domingo, 7 de outubro de 2012

Preconceito de cor...

Dos preconceitos existente na sociedade brasileira, acho que contra os negros é dos mais absurdos que temos, visto que somos um povo essencialmente mestiço. Raros são os 100% branco e acho mesmo que 100% negro não deve ser algo comum, visto que a mistura de etnias foi o que fez a nossa gente. Então para mim é muito estranho uma pessoa claramente mestiça, agir como se fosse branco de olhos azuis e ficar discriminando negros. Na verdade nem que fosse branco puro teria esse direito, mas não sendo, tem menos ainda, porque fica ridículo!!

Dia desses estava olhando um professor da minha academia e pensando em como o rapaz é bonito e sexy, lá pela terceira vez que o vi é que me caiu a ficha que ele é mulato. Então fiquei pensando que mesmo ele sendo um cara muito bonito, educado e tal, deve ter gente que torce o nariz para ele, por ser mulato. E fiquei pensando que esse tipo de coisa absurda acontece e é mais comum do que se imagina.

Pensando aqui nos caras que me atraem de um modo em geral, acho que os mulatos sempre me chamam mais a atenção, talvez por gosto, talvez por achar a pele bem morena algo bonito e não achar que pele branca seja algo melhor, pelo contrário, não vejo graça. Aí eu sei que os politicamente corretos vão dizer que estou discriminando os brancos... rs... mas não é bem assim, é questão de gosto mesmo, mas se me interessar por um cara muito branco, não terá o menor problema.

O que quero dizer mesmo, é que olho os homens e eles me agradam ou não. Não fico pensando se o cara é louro, branco, mulato, negro, etc. Eu gosto de homem, não ligo para essa coisa de cor, mesmo que minha experiência de vida me diga que os mulatos geralmente me chamam mais a atenção.

Aí vocês vão estar se perguntando onde me classifico com a minha cor. Eu me classifico como mestiça, na minha família tem o lado do meu pai que é, em sua grande maioria, de brancos, e tem o lado da minha mãe que tem negros, como meu avó materno. Então sou misturada, como a enorme maioria dos brasileiro. Mas no Brasil não sou percebida como negra ou mulata, porque aqui existe uma classificação sutil de quem é negro e de quem é branco, estranho demais isso. Uma pessoa de cabelo crespo e pele branca é vista como branca, já se tiver cabelo crespo e pele muito morena, aí é negra. Morro e não entendo essas coisas.

No meu círculo de convivência, principalmente no trabalho, percebo esse preconceito de cor muito presente ainda. E pior, sempre vindo de gente que tem um "pé na África", como se diz no popular. Nisso é mais uma coisa que me destaco da família onde nasci. Todos eles são muitos preconceituosos em relação a tudo, inclusive contra negros e eu nunca entendi o porquê deles agirem dessa forma.

A verdade é que o preconceito existe sim, está presente a todo momento, nas entrelinhas e muitas vezes de forma explícita. Ainda bem que hoje em dia existe uma lei que protege as pessoas que são classificadas como negras. Porque ao meu entender essa lei não deveria ter a necessidade de existir no Brasil, já que todos nós temos nossa parcela negra na genética. Enfim, mais uma coisa com a qual não concordo e pretendo sempre que possível combater, afinal somos todos da raça humana.



segunda-feira, 5 de abril de 2010

Eu levanto bandeiras, sim!


Li esse post no blog do meu queridíssmo, quase alma gêmea, Robson, que me fez pensar bastante. Discordei em parte do que ele colocou em seu texto, tanto que não quis comentar lá, pedi licença a ele pra dar a minha resposta em um post aqui no meu blog.

Bem... Eu levanto algumas bandeiras e algumas nem são minhas bandeiras, mas gosto de lutar pela causa porque acho justa. Levanto bandeiras contra o machismo, contra o preconceito e gosto de defender o direito dos homossexuais... Essas foram algumas que me vieram logo a mente por causa do post do Robson, mas claro que levanto outras...

Sou de falar sempre que posso, bater de frente quando necessário, não fico calada de jeito nenhum, mas não posso dizer que chego a ser uma militante, não radicalizo, mas sou totalmente a favor dos grupos oprimidos que radicalizam. No final são eles que fazem a diferença, conquistando espaço pra quem precisa.

Então foram criados os dias de luta em favor dos que se sentem oprimidos. Temos o dia da mulher, o dia gay, o dia do negro e por aí vai... Se pararmos pra pensar, esses dias foram criados exatamente porque alguém em um determinado momento da história levantou a bandeira de luta pela causa... Se todos tivessem se portado pacificamente, simplesmente vivendo suas vidas aceitando a opressão, ou fingindo a inexistência dela, certamente nenhum avanço teriam obtido...

Todas as mudanças sociais e principalmente conquista de direitos quase nunca vem de uma forma pacífica e natural. Alguém ou algum grupo se revoltou, radicalizou, gritou, esperneou e assim foram conquistando adeptos na batalha até que os direitos fossem dados...

Vocês já ouviram falar do dia da consciência branca? Dia do louro? Dia do moreno claro? Dia internacional do homem? Dia do orgulho heterossexual? Óbvio que não, as pessoas que pertencem a esses grupos não precisam de um dia específico para que se lembrem seus direitos, não sofrem nenhum tipo de opressão, embora queiram virar o jogo dizendo que sofrem perserguição dos grupos discriminados... Não, gente! Se fossem dado direitos iguais a todos, se esses grupos privilegiados não pisassem na cabeça dos discriminados, garanto que eles, os oprimidos, não estaria em passeatas, levantando bandeiras, tendo dias especiais de luta. Nada disso existiria porque a sociedade seria ideal, com todas as pessoas tendo direitos iguais. E sabemos que não é assim!

Quanto tempo faz que a mulher deixou de ser apenas posse do homem, sem direito a nada? 100, 150 anos? Isso em termos de História é muito pouco, quase nada. Basta ver o ranço de machismo que impera. Mesmo assim os homens dizem que as mulheres conquistaram direitos iguais e exigem deveres iguais delas. Mas nessa quem ainda continua perdendo é a mulher que não deixou de ser a dona de casa, mas saiu pra competir em desiqualdade com o homem na batalha por um emprego. O homem ainda tem a preferência no mercado de trabalho. Sem contar as cobranças de comportamento que ainda são muito cruéis com as mulheres. Mas o que foi conquistado tem que ser preservado e lutar por mais mudanças.

Quanto aos homossexuais! Agora os acusam de heterofobia... Mas a heterofobia é uma reação a bem mais antiga, homofobia, que não vai embora nunca. Umas vezes velada, outras escancarada. É apenas uma reação. Claro! Se você agride alguém, espera que esse alguém fique passivo?

Ouço aos quatro ventos que não existe mais racismo! Que os negros cismaram com isso! Affe! Se não existe racismo, minha mãe é uma bicicleta! Ele está aí pra quem quiser realmente perceber, e muito velado, muuuuito mesmo! Odeio situações veladas, elas não te dão a chance de revidar, a impressão que fica é que temos que engolir calados.

Com esses exemplos quero dizer que esses gupos discriminados precisam, sim, radicalizar, se impor, reagir, falar, gritar. Para que mais a frente se encontre um meio termo! Não se luta por um rótulo, se luta pelo direito de ser respeitado apesar de qualquer rótulo que queiram te colocar!

Sou super a favor das passeatas, do choque, de se impor mesmo que de uma forma agressiva. A gente radicaliza pra ceder mais a frente, quando os opressores finalmente resolverem ceder. Os dois precisam ceder! Mas sinceramente nunca vi os grupos opressores cederem espontaneamente. Eles precisam ser cutucados pra deixar um espaço pra quem também merece!

sábado, 24 de maio de 2008

Politicamente correto

O politicamente correcto (ou correção política) é uma política que consiste em tornar a linguagem neutra em termos de discriminação e evitar que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos sociais, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista.

(Wikipédia)


A partir da descrição acima, venho manifestar meu repúdio total e absoluto a essa quase "religião universal" que se tornou o politicamente correto!

Gente! Não há nada mais hipócrita do que esses termos e "proibições" criados depois de que passou a ser errado, ou crime, ou sei lá o que, nomear as pessoas como queira. Como se referir com "palavras atenuadas", conseguisse modificar a podridão que rola dentro do ser humano.

Um dia desses eu disse que "a coisa tava preta" e uma moça ao meu lado disse que agora não se usa mais esse termo, porque você pode ser presa por racismo. Eu ri, achando que era uma piada e ela disse que era sério. E eu tive que engolir o sapo, porque estava num momento delicado em que não podia responder à altura. Depois fiquei imaginando o porquê das pessoas terem tomado essa postura, em que tudo tem que ser alterado na hora de se falar ou escrever. A coisa tava preta, porque preto remete a escuridão e no escuro não exergamos nada, é assim que entendo.

Acho que o politicamente correto é uma forma que os medrosos e hipócritas incorporaram muito bem, porque assim eles podem viver a vidinha medíocre deles sem precisarem ser confrontados. Quem pensa, tem atitude e não é "gado" não está mais se conformando em aceitar o politicamente correto e já existe um movimento contrário a essa postura.

Agora negro, não pode ser chamado de preto, nem de crioulo, apenas de afrodescendente. Homossexual não pode ser chamado de viado ou bicha, talvez de um rapaz efeminado e por aí vaí. Veja bem, gente!! Não é que eu queira que saiam humilhando as pessoas, humilhar é outra coisa, mas porque a gente pode chamar um louro de branco e o negro tem que ser afrodescendente? Você vai me reponder que é porque o negro é minoria discriminada e que essas minorias precisam ser defendidas (particularmente, negro nem é minoria), eu concooooordo, que elas precisam ser defendidas, mas efetivamente, em atitudes, não mascarando o que se fala com palavras bonitinhas, porque não vão ser essas palavras que mudarão o sentido pejorativo que está dentro da cabeça das pessoas. Aí você vai me dizer que isso é só o início? Eu acho que é mais um início de uma era hipócrita do que de um mundo mais justo!

Que fique bem claro que não estou aqui querendo diminuir os negros e os gays. Não tenho o menor problemas com eles, namorei negros e até prefiro os caras mulatos e se pudesse namorava os gays também, mas é que não dá, ele não iam me querer... eheh. Já disse aqui que gosto de gays e não vai ser por chamá-los de viado, que isso vai diminuir o respeito que tenho pelos homossexuais, assim como pelos negros, que agora virou afrodescendente. Affe! Gente, é muito jogo de palavras, se expressar agora virou quase um poema em que você tem que escolher cada palavra da forma exata!

O politicamente correto abrange tantas questões e eu só abordei a da discriminação sexual e racial. Espero sinceramente que essa forma de ser expressar hipócrita seja banida e que venha algo que soe mais verdadeiro. Que as pessoas falem menos termos corretinhos, mas que o modo de pensar demonstre mais justiça, mais honestidade e menos preconceitos...