sábado, 30 de agosto de 2008

Duas situações...

1º caso

A mulher percebe seu marido distante da relação, faz de tudo mas não consegue identificar o que está acontecendo. Um dia seu marido adormece na poltrona, ela entra no escritório dele e percebe que deixou o computador ligado. Olha o seu email e lê dezenas de emails apaixonados trocados com outra mulher. Ela se sente ferida de morte, traída, pensamentos horríveis passam pela sua mente, um sentimento extremamente negativo passa a permear seus dias... Ela conversa com o marido e depois de muita dor ele acaba o caso com a amante. Mas ela não consegue confiar mais no marido e passa sempre a duvidar dele, se sente insegura na relação e por consequência acaba vendo algumas coisas que nem existem...


2º caso


A mulher ama seu marido e sente um desejo de tê-lo para sempre ao seu lado. Não admite a hipótese de perdê-lo de jeito nenhum. Então começa a se sentir insegura sem que o marido lhe dê um motivo concreto, vive a revirar seus bolsos, vigiar seus passos, verificar ligações no celular. Não suporta vê-lo conversar com uma mulher sem imaginar que ele tem um caso de amor com ela. Nos momentos que eles estão abraçados ela se sente amada e segura, mas quando ele interage com o mundo, sentimentos negativos de perda, insegurança e medo invadem essa mulher....


O segundo caso me parece que representa melhor a palavra ciúme, já o primeiro, certamente existi uma outra palavra que traduz melhor o sentimento que essa mulher passou a ter...

Poderíamos classificar os sentimentos dessas duas mulheres com uma única palavra: ciúme? Ou deveriam existir duas palavras distintas para cada situação?

sábado, 23 de agosto de 2008

Mudanças...

Sou uma pessoa paradoxal quando o assunto é mudança. Necessito delas e ao mesmo tempo as temo muito... Por que? Não sei exatamente, já fiz tantas mudanças grandes na minha vida e mesmo assim sempre que preciso fazer uma, sinto medo, receio, ou algo parecido...

No momento algo me sufoca muito! Sinto como se minha vida tivesse ruindo e ao mesmo tempo tudo estivesse de pé... Acho que a ruína está ocorrendo por dentro, como se cupins estivessem comendo as bases e a qualquer momento tudo que parece perfeito, desabasse de uma só vez... É claro que nada tá perfeito, são só aparências e aparências...

Nesses momentos me falta vontade de agir, de resolver, de estar com as pessoas. Ao mesmo tempo sinto uma urgência de me salvar de alguma coisa que não sei bem identificar, ou sei e tenho medo...

Tenho evitado postar exatamente para não fazer posts desse tipo, que odeio, posts cheios de lamúrias. Odeio me lamuriar, mas tem épocas da sua vida que precisamos abrir o bocão e falar mesmo, meio que sem se importar se estamos sendo chatos... Sob pena de explodir...

Preciso de uma mudança urgente... De que forma vou fazê-la não sei bem como...

Às vezes fico boba de ver as pessoas dizendo e escrevendo que sou uma pessoa forte. Não sou forte p***a nenhuma!! Me sinto fraca, carente, querendo uma ajuda e ao mesmo tempo estou sempre dizendo pra mim mesma que vou conseguir resolver tudo sozinha. Talvez daí venha essa lenda de que sou forte. No momento só me sinto infeliz! Precisando mudar! Precisando chorar pra lavar a alma.! Precisando de companhia, não gente ao meu redor, mas companhia mesmo...

Enfim... to aqui no meu segundo copo de cerveja... Pensando em como sair desse buraco que caí de repente...

Por que a vida se torna tão complicada de repente?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Perguntas que não querem calar (2ª rodada)

1) Por que mulheres barangas quando fazem escova no salão, levantam da cadeira se sentindo a Gisele Bündchen e olhando todas as outras de cima?

2) Por que homens que transam com todas ficam bem vistos como garanhões e mulheres que transam com todos são mal vistas como vadias? Conquistamos direitos iguais ou deveres iguais?

3) Por que a gente sempre promete que nunca mais vai beber no dia que acorda de ressaca da bebedeira e nunca cumpre?

4) Por que algumas pessoas quando vêem alguém cuidando muito bem do seu bichinho de estimação, diz que esse alguém poderia estar cuidando de uma criança abandonada? Bichos e crianças dão o mesmo trabalho, envolvem a mesma responsabilidade, são seres iguais?

5) Por que dizem que as mulheres estão sozinhas porque falta homem? Teriam poucos homens ou as mulheres são mais exigentes em seus critérios de escolha?

6) Por que as pessoas ainda acreditam em promessas de políticos?

7) Por que dizem que os homens precisam de mais sexo? Existe a necessidade mesmo, ou não dá pra controlar os impulsos; os mesmos que as mulheres têm?

8) Por que as pessoas pedem desculpas quando ficam um tempo sem postar? Existe um contrato, uma obrigação de regularidade? Ou postamos quando sentimos vontade, podemos, ou temos algo a dizer?

9) Por que os homens rejeitam tanto o homossexualidade masculina, mas adoram ver duas mulheres transando? Tá bom, sou grandinha pra saber a resposta! Mas não é tudo homossexualidade? Por que não procuram pelo menos aceitar a dos homens?

10) Por que as pessoas vivem sempre dizendo que no tempo delas as coisas eram melhores, as pessoas eram mais amigas, os namoros duravam mais, os homens e mulheres traíam menos? Isso corresponde aos fatos ou a impressão que a pessoa tinha do mundo era outra?


Obs.: Geralmente eu sou uma pessoa reservada nos blogs, gosto de comentar e que me comentem, mas poucas vezes passo do contato do blog para algo mais pessoal e só faço isso quando sinto afinidades, como foi com o Angelo Alfonsim, Nathália, Elisabete Fialho, Lpzinho e outros poucos... O Fábio do
Dessaranjo Sintético, é uma pessoa que vinha comentando meu blog e sentia muita afinidade com seu modo de pensar. Um dia ele pediu meu msn e eu passei meio receosa de que a coisa não funcionasse tão bem como nos comentário, mas funcionou e ele se tornou um bom amigo que tem me dado uma força grande nesse momento delicado da minha vida. Digo que foi uma janelinha virtual que Deus abriu pra mim; e se tornou um bom amigo que todos os dias me dá um bom dia, troca idéias e sentimentos. Acho que essa é a melhor e mais importante resposta que os blogs nos dão, conhecer pessoas legais e daí surgir uma boa amizade.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Escolhas...

Quando fazemos tudo para que nos amem...
e não conseguimos, resta-nos um último recurso,
não fazer mais nada.
Por isto digo, quando não obtivermos o amor,
o afeto ou a ternura que havíamos solicitado...
melhor será desistirmos e procurar mais adiante
os sentimentos que nos negaram.
Não façamos esforços inúteis, pois o amor
nasce ou não espontaneamente,
mas nunca por força da imposição.
Ás vezes é inútil esforçar-se demais...
nada se consegue; outras vezes, nada damos
e o amor se rende a nossos pés.
Sentimentos são sempre uma surpresa.
Nunca foram uma caridade mendigada,
uma compaixão ou um favor concedido.
Quase sempre amamos a quem nos ama mal,
e desprezamos a quem melhor nos quer.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir
um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...
o de nada mais fazer.

(Inutilidade -
Clarice Lispector)


O texto acima foi entregue em minhas mãos por um colega de trabalho que nada sabe sobre minha vida, ele simplesmente achou bonito, tirou cópias e distribuiu.

Se pararmos para pensar nossa vida é um emaranhado de escolhas, umas bem feitas, outras mal feitas e outras feitas de forma impensada. Uma coisa é certa não podemos ter tudo o tempo todo em todas as situações. Escolhas são feitas a todos os instantes da sua vida, desde o restaurante onde vai almoçar, até o emprego que escolherá para sua vida. A partir dessas escolhas temos que arcar com a desilusão e a alegria que ela nos traz.

Nos últimos dias um inferno se formou em minha mente. De repente o que achava errado passou a ser certo, minha mente virou de perna pro ar... Ainda não vislumbro uma saída objetiva, mas fiz a minha escolha. Escolho a minha dignidade, dessa não abro mão...

sábado, 2 de agosto de 2008

Traição...

Tema forte esse! Dia desses estava conversando com uma amiga no trabalho e ela me disse que tinha lido o livro de uma mulher que tinha sido traída pelo marido com sua melhor amiga! Terrível, não?

Ela ficou de me trazer o nome do livro, mas adiantou que essa escritora afirma que todas as pessoas traídas passam por três etapas: a primeira é a raiva, a segunda é a de se martirizar com os detalhes sórdidos e a terceira é o nojo...

Não sei dizer se quando me sinto traída passo por essas etapas, até porque eu sou toda esquisita e ando sempre pelos atalhos e contramão... Também tem o fato de que tenho um conceito de traição diferente, que é a traição do sentimento, a do corpo não me machuca como ser preterida no sentimento do cara que está comigo. Ser colocada em segundo plano é algo que realmente considero uma traição.

Certamente a raiva é uma etapa que passo, muita raiva que se transforma num bolo que fica queimando dentro de mim, mas não saio catando detalhes da traição, nem gosto de ceninhas do tipo mulher ciumenta, que não sou! Sempre busco dar tempo ao tempo para ver se o que se quebrou dentro de mim pode ser consertado...

Meus últimos posts têm sido desabafos maquiados em forma de temas e acho que esse é o tema mais claro de como ando me sentindo.

Não que ele tenha feito algo concreto como transar com outra, mas o esfriamento, o distanciamento, ver os olhos dele brilharem por outra pessoa que eu conhecia, realmente é algo que me arrasou. Até porque não sou ciumenta, não vejo cabelo em ovo, quando esse tipo de coisa chega a me afetar é porque está óbvio demais... Foi paixão, amor, uma forte amizade o que sentiu pela outra? Não importa muito, o que importa é que outra pessoa teve mais importância pra ele por um período. O que me faz pensar em quantas outras vezes isso poderá acontecer...

Isso me parece aquele clichê do homem que acha o casamento morno e se deixa levar por uma amante... Relacionamentos eternamente quentes só existem em contos de fadas! Se permitimos nos interessar sentimentalmente por outras pessoas para não nos separar de alguém, do que adianta estar com esse alguém?

Dias e dias esse post ficou embolando com mil sentimentos negativos dentro de mim... Várias conversas já tive com ele a respeito disso e acho que nada mais restou a ser dito, ou reivindicado, todas as cartas estão na mesa. E ainda existe uma tempestade que insisti em inundar meu interior, me deixando meio apática, confusa, com o bom senso abalado. Coisas que só o tempo vai colocar no lugar, definir, resolver...