segunda-feira, 3 de março de 2008

Romantismo idealizado...

O romantismo é uma praga que destrói relacionamentos, faz com que pessoas, principalmente as mulheres, fiquem sozinhas esperando um ser idealizado que nunca vai chegar! Calma! Não me atirem ovos podres, nem xinguem minha mãe! Mas convenhamos, o que o romantismo exagerado traz de positivo para a vida de alguém?

Eu fui uma romântica melosa quase a minha vida inteira, achava que ia encontrar o homem certo, aquele perfeito, amoroso, gentil, fiel, protetor, bonito e que iríamos descobrir que nascemos um para o outro, que durante toda a vida tínhamos a intuição de termos nos buscado e enfim houve o grande encontro!

Acreditando nisso eu dei tanta cabeçada, fui explorada sentimentalmente, usada como depósito de esperma, enganada das formas mais infantis! E porque? Porque via naqueles homens que não valiam nada um príncipe maravilhoso! Eu não via de verdade com quem eu estava, claro! Eu tinha uma alucinação provocada pelo ideal romântico!

Gente! Eu não me tornei uma máquina sem sentimentos! Tenho alguém na minha vida e nossa relação é legal! Mas acho que na fase que me encontro só poderia me relacionar com um homem que também achasse que o romantismo idealizado estraga a realidade de um casal! Não falo daquele carinho entre o casal, nem do respeito, nem das coisas que realmente constroem um relacionamento, o romance é saudável e bom. O que estraga é quando você idealiza seu parceiro segundo o romantismo novelesco, esse que as gente lê nos livros e vê nos filmes! Principalmente nas comédias românticas, essas são umas pragas!!

No sábado estava conversado com uma amiga que está casada há seis meses. Ela disse pra mim que o marido é cuidadoso, amigo, divertido, um parceiro de todas as horas, no entanto ela tá sentindo falta de algo, da paixão louca que tinham no início do relacionamento, de amanhecer o dia fazendo juras de amor, das mensagens no celular que ele mandava a cada meia hora, de como era quando eles se encontravam no final de semana. Ela queria que todo o romantismo dos primeiros dias de paixão durasse pra sempre! Qualquer pessoa madura sabe que isso é impossível! Ela sabe que isso é impossível e continua querendo, em nome do maldito romantismo idealizado! Ela está perdendo a possibilidade de curtir o marido legal que tem porque ele não é mais o namorado encantador dos primeiro dias.

Querer que alguém seja perfeitamente romântico com o passar dos anos de um relacionamento é tão impossível quanto desejar ser jovem para sempre. O relacionamento não envelhece, mas amadurece, assim como o ser humano passa por etapas que precisam ser aceitas e assimiladas, sob pena de acabar seus dias sonhando, sonhando e sonhando com o parceiro(a) que só existe em sua mente...

6 comentários:

  1. Bem, eu nunca tive essa idéia de romance idealizado não. E eu era sim uma máquina sem sentimentos. Sem razão, admito. Nunca havia tido um relacionamento...

    Daí tive meu 1º namorado... E confirmei minhas suspeitas. Hahaha. Foi terrível. Eu, que tinha um pouquinho de esperança, fiquei sem nenhuma.

    Daí tive alguns outros poucos relacionamentos nada sérios que só duravam cerca de 1 mês. E aí apareceu meu atual namorado. Ele foi diferente de tudo, sabe?
    Eu maltratei muito ele, nossa. Eu fui sem coração. Mas o que me chamou atenção é que ele não desistiu de mim. Isso foi bem bonito.
    Nossa relação tem respeito, amizade e uma pitadinha de romantismo, mas não o tempo todo. E isso me faz um bem enorme. No início tinha mensagens todos os dias, ligações que duravam horas e juras de amor inacabáveis. Hoje conversamos sobre coisas que acontecem por aí, sobre nossos desejos e essas coisas.
    Muito bom. Rs.

    Beijo.

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  2. Oláaaaaa!!!! Olha eu AQUI DE NOVO!!!rsrsrrs
    Pois é minha amiga, a questão não se limita ao romantismo novelesco, mas vem agregado a uma série de outras pragas que acabam com a vida da gente.
    Veja, geralmente só há romantismo,quando há paixão, e pra mim a paixão é uma droga alucinógena, que faz a pessoa parar de raciocinar, de agir como uma criatura normal. Logo depois, vem a expectativa de que tudo seja igual para sempre...e logo em seguida, a frustração com o que na verdade nunca aconteceu, mas estava parecendo real, como um barato. Assim como o álcool embeleza, a paixão ferra com tudo!
    O Romantismo nada mais é, do que a fuga pra terra do nunca. Uma coisa irreal, que existe na cabeça de pessoas entorpecidas pela paixão.

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  3. Lindo texto! Maduro, consciente, consistente... você tem toda razão.
    Acredito que não podemos nos acostumar com pouco, aceitar o mediano... não, devemos querer sempre o melhor... mas, devemos antes de tudo, criar um conceito de "melhor" olhando bem no espelho... não posso exigir perfeição se não vou conseguir retribuí-la!

    Valeu.

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  4. Ah! O romantismo, só vale se for na medida certa, o tal romantismo idealizado é quase uma doença, pois precisamos aprender de uma vez, que toda pessoa tem qualidades e defeitos, e é aprendendo aceitar isso que o romantismo fica saudável, maduro (como vc disse brilhantemente), a pior coisa é idealizar nos outros o que não somos capazes de idealizarmos em nós.
    Bjos

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  5. Eu sempre fui uma calculista sem sentimentos. Mas sabe que um dia eu senti vontade de querer me apaixonar, ser romântica e blábláblá. Aquele papo todo. Odiava aquelas comédias românticas açucaradas e ainda odeio. Odeio tanto que eu choro no final, porque a fórmula sempre é a mesma. Eu idealizava o ser amado, em cima de um pedestal, coisa absurda. Pensava em tudo. Depois desistia e odiava a idéia de existir alguém que eu achasse perfeito. Isso é detestável. Sabe que um dia, apareceu uma pessoa cheia de defeitos, brigávamos o tempo inteiro, discutíamos. Mas, a gente se amava, sabia? E era lindo. Era um romantismo estranho. Terminei com ele um dia, por impulsividade. Foi num dia chuvoso, cheio de nuvens negras. Terminei via telefone, gaguejando. Vinte minutos depois, o ser humano me aparece na porta da minha casa, com um bolo de laranja, todo molhado. Que nem eu, porque eu sempre me molho na chuva. Eu nunca tenho um guarda-chuva em mãos. Era bonitinho, relação bonitinha. Porra, o cara era lindo, tinha o nariz grande, um cabelo meio comprido, uma barba por fazer, se vestia de forma que eu gostasse. Lindo pra caramba. E era gay. Incrível. A gente se gostava, não trepava e era feliz, sabe? Era uma relação moderninha, aberta. No dia em que, por impulsividade, terminei tudo, eu terminei porque eu era muito filha-da-puta e ele era bom, bom coraçãozinho. Ele jamais faria mal pra mim. Já eu, sinceramente, não sei. Sabe que é a primeira vez que eu falo disso pra alguém?
    A gente ia pra praia de madrugada, cantava músicas em voz alta pra todo mundo escutar e deitava no asfalto ou na areia só pra ver as estrelas. Era lindo. Mas eu não gosto de nostalgiar. Terminamos um dia, do nada.
    — Ando me sentindo estranha.
    — Eu também.
    — Vamos terminar?
    — Vamos!

    E sabe que nunca caiu na mesmice? Sempre tínhamos assunto, escrevíamos cartas um para o outro como se não namorássemos e ficávamos falando de todas as pessoas gostosas que se encontravam nas festas que, eventualmente, íamos.

    E depois eu me apaixonei muitas vezes. Vários amores platônicos. Vários amores vividos e intensos. Ando imediatista demais, mas não quero ficar de putaria a vida toda. Casar estraga, sabia? Minha mãe que disse. E eu concordo. Acho mais bonitinho namorar até os 80.

    Sabe que, apesar de tudo, eu gosto do romantismo e do amor? Assim escreviam os românticos, eternamente apaixonados, morrendo em decorrência da entrega desenfreada a paixão.

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  6. Esperei chegar o da 08/03 só pra dixar bjo pra você, que é uma mulher muito especial, e que admiro muito.

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Eu sempre vou respeitar sua opinião, mesmo que não concorde com ela. Então, por favor, respeite a minha!

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Se seu comentário foi recusado, certamente a explicação está aqui:

http://confissoes-femininas.blogspot.com/2011/07/comente-com-educacao.html