quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desabafo on : Quando não se tem sorte com a família...


Fiz um post falando sobre ponto forte e ponto fraco da minha vida e disse que o ponto fraco da minha vida era a vida sentimental. Mas creio que a relação com a família onde nasci compete ali juntinho.

Às vezes leio posts, ouço relatos de pessoas conhecidas e até amigos meus, em que descrevem a relação com a família de forma tão aconchegante. Sabemos que todas as famílias tem seus problemas, seu desafetos, seus atritos. Mas existe uma balança imaginária que pende mais para o negativo ou positivo. E vejo no relato dessas pessoas, sinto que apesar de todas os problemas, a relação com suas famílias é algo gratificante.

Tenho um irmão mais velho que sempre foi o exemplo dentro de casa. Tudo que ele fazia era o caminho que eu deveria seguir. A escola que escolheu, a carreira, o jeito como se portava, tudo era imposto a mim como regra a ser seguida. E eu sempre contestadora, não aceitava isso e boicotava tudo, simplesmente me recusando a fazer. Dessa maneira cresci uma criança assustada e reprimida, e fui uma adolescente mais assustada e reprimida ainda.

Sentia que era uma pessoa errada em tudo! E como errada, trilhei por caminhos tortos, me tornei uma verdadeira ovelha negra. No início da fase adulta, tinha prazer de fazer tudo ao contrário. Acho que numa forma de protesto, ou para reafirmar o que minha família achava de mim. Já que diziam que não prestava, que tudo que fazia era menor. Então passei a confirmar tudo. Isso se tornou um traço na minha personalidade. Sempre que muita gente achava uma coisa de mim, não negava, reforçava, que era pra quebrar a força dos argumentos alheios. Às vezes dava certo, e na maioria das vezes dava muito errado... rs. Por isso que a partir de um determinado momento, deixei essa forma de proceder de lado. Mas ainda faço um pouco isso, mas de maneira bem seletiva e com maturidade.

Por ter me tornado uma ovelha negra. Minha família que já me tratava mal, passou simplesmente a desacreditar totalmente que tinha algum futuro. Meu irmão finalmente sentou no trono de queridinho da família e tudo ficou como sempre, só que dessa vez cristalizado.

A partir de um determinado momento, percebi que ser uma ovelha negra, estava me prejudicando mais do que agredindo minha família, que nem se importava com o que fazia. Então refiz toda a minha história. Tentei modificar totalmente minha vida e consegui.

Mas os estragos estava feitos. Minha família que sempre me viu como anti-modelo, nunca mudou a opinião, mesmo com minhas mudanças para melhor. Meu irmão aproveitou para conquistar de vez meus pais para o lado dele e me isolou da família. Claro que meus pais são tão culpados quanto ele, quanto eu fui em todo esse processo doido. Porque meus pais poderiam ter se recusado a me excluir, poderiam ter aceitado o fato de que sou filha deles tanto quanto meu irmão. Mas isso não aconteceu e me afastei emocionalmente e fisicamente de todos.

Ainda mantenho um vínculo com minha mãe, porque ela me ajudou na época dos concursos públicos e na reabilitação do vício de drogas. E por eu não ser uma pessoa ingrata, ainda cuido como posso dela e pago as coisas para ela, mas dizer que tenho um vínculo forte emocional, isso não tenho e cada dia parece que isso se dilui mais e mais.

Minha família hoje em dia, por saber que tenho um emprego razoável, sempre me procura, na hora que surgem problemas e sempre através da minha cunhada, uma mulher falsa e cara de pau, com quem já discuti várias vezes, mas que continua ligando para minha casa.

Hoje em dia eles são incapazes de qualquer gesto de ajuda, ou me chamar para os momentos em bons em família, por mínimo que seja, mas totalmente capazes de me ligarem para me aborrecer com problemas.

Ainda bem que Deus, justo e bom como é, me deu uma família de alma, são meus amigos que me ajudam bastante nos momentos difíceis. Tenho uma amiga que tem uma família que adoro. E eu adotei essa família como minha e eles também me adotaram.

Enfim, no final as coisas se ajeitam, se é que já chegou ao final. Nem sei! Só sei que essa situação as vezes me incomoda bastante e outras vezes me deixa entediada.

29 comentários:

  1. olá!
    interessante seu post,muito do qque escreveu tem a ver comigo,de certa forma sou a ovelhinha negra da família,mas quer saber ,to nem aí,faço exatamente como vc,não dependo de nenhum deles,álias ao contrário...então vamos ser felis...
    um abraço!

    ResponderExcluir
  2. Eu tenho um irmão que era assim também, o ouro da familia, menino bom e estudioso que deveria servir de exemplo pra todos os outros irmãos, mas bem, eu tenho mais irmãos e uma irmã, e querer que todos fossem iguais a ele era complicado, mas minha mãe queria,. e pô, como pentelhava.
    Eu caguei pra isso logo cedo, fui viver minha vida, virei ovelha negra também, até porque por eu ser a mais velha segundo minha mãe era pra eu dar o exemplo, e aja cobrancas e exigencias. Me enchiam o saco, mas eu nunca dei bola pra isso não, fui vivendo minha vida do meu jeito, muitas vezes o jeito que eles não queriam, mas eu vivia por mim, nao pra eles, nem pra agradar nem pra reforcar nada que eles dissessem ou pensassem. Abstrair foi a melhor solucao.

    Que bom que você tem bons amigos.

    Beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. NENHUM DEDO DAS SUAS MÃOS SÃO IGUAIS ... ASSIM SÃO OS FILHOS... ASSIM SÃO OS IRMÃOS...

      O MAIS IMPORTANTE DE TUDO É RESPEITAR E SER RESPEITADO...

      Excluir
  3. Olá , gostei do seu post, acho que família é uma ''coisa'' complicada, e problemas com ela todos tem, ainda não vi uma perfeita. A minha é uma familia que descende do italiano, aqui todos falam riem e choram juntos rrsrs mas as vezes acontece alguma rusgas e aqui se um briga os outros tomam as dores rsrs isso na familia do meu pai, sempre que falo ,falo dessa familia pois crescemos juntos na mesma rua , e isso se transformou em um laço grande .Quando crianças não iamos dormir sem antes fazermos as pazes, e minha avó não admitia que se chamasse a atenção de um filho na frente do outro, isso não significa que não tenhamos desavenças , temos , e como temos ,mas conseguimos sempre dar a volta por cima , e sempre ficou muito claro para todos que nossa casa seria sempre nosso porto seguro, quando tive que voltar por um rompimento de noivado e em seguida minha doença , fui acolhida apesar de todos os problemas enfrentados na época da ''ruptura'' amorosa rsrs, meu pai foi me buscar e aqui estou até hoje rsrs e olha não vou sair srsr.Não sei o que falta na sua , mas na familia pelo lado de minha mãe , onde as coisas não funcionam assim , falta dialogo , falta carinho de pai e na familia onde o pai se coloca como autoridade maxima , fazendo por sucessores os filhos homens a coisa não funciona legal ...Tanto que minha mãe estranha a forma que meus avós conduziram a ''casa deles'' mas ao menos me identifico mais com essa forma de viver do que com a forma que vejo no lado de minha mãe. Dialogo é tudo , amor e respeito são as outras hastes que não podem faltar ! Desculpe se fiz do meu comentário um post , mas penso assim . Bjs

    ResponderExcluir
  4. Sua família lembra a da minha mãe... Só que de forma diferente, minha mãe é a mais velha e ajudou a educar e cuidar de seus irmãos, o mais novo então, nem se fala, foi e é amado demais por ela... MAS... eles lembram, em especial ele, dela apenas quando precisam de ajuda, de resolver algum problema, de usar meu cartão correm prá cáh azucrinam ela, fazem todo tipo de chantagem emocional... Quando tem festa nunca chamam... Já aconteceu várias vezes dela chegar na casa de Mãe (chamo minha avó de Mãe) e encontrar a família em festa... É pesado!

    ResponderExcluir
  5. Relação com a família é sempre complicado mesmo! Existem chantagens emocionais e às vezes um apego que nem nós entendemos o porquê. Há críticas, há brigas, há passados remexidos e histórias pela metade. Vc não é anormal. Td mundo tem um mebro ou a família que aperta um calo e incomoda muitas vezes.

    Tenho uma tia que é meio parecida com vc, em seus pensamentos e atitudes. E da mesma forma que ti, muitas vezes por incompreensão, era tida como ovelha negra e controversa, porque fazia o que queria e não o que os outros esperavam que ela fizesse. E cresci com ela dizendo uma frase que mais tarde, com minhas próprias pendengas familiares aprendi a concordar.

    "Família só é bonita na foto. Porque de perto, com a convivência ng é tão bonito assim!" rsrsrsrs...

    beijokas

    ResponderExcluir
  6. Nossa! to boba! esse poste me fez pensar em tantas coisas ao mesmo tempo, em tantos fatos da minha vida que eu nem sei como consolidar isso tudo em um comentário ... Mas eu tento... Achei engraçado que, no meu caso, ao invés de adotar a família da amiga eu adotei a família vizinha. Isso mesmo. Da casa ao lado da minha. Não tive a oportunidade de conhecer nenhum dos meus 4 avós, mas Deus não me desamparou... me deu de presente duas avós que valem por mil. É sempre assim...quando a vida tira algo de alguém que merece ela dá um jeito de recompensar. A vida são experiências, trocas, fases e escolhas. Que bom que podemos escolher nossos amigos, que mtas vezes são muito melhores do que qualquer família! Parabéns pela sua volta por cima e por saber lidar com toda essa situação.
    Ah! e quanto vc ter comentado mais de uma vez no mesmo post do meu blog, fala sério eu adorei! Vc não ter culpa de eu ser uma blogueira desnaturada que só atualiza o blog de vez em quando! rs Comente quantas vezes quiserrrrr! bjs

    ResponderExcluir
  7. Eu já levei em pauta tantas vezes as mágoas que tenho com minha família para terapia, que chegou um momento que simplesmente desisti! Cansei. Como cansei de tentar entender aquele rompimento do traste da minha vida.. chega... Meus pais sempre foram mt egoístas, não financeiramente, mas os 2 sempre priorizou o lado deles, desde que se separaram... cada um foi viver sua vida e eu e mei irmão fomos criados pela minha avó... No mundo de bob moraávamos com meu pai ou com minha mãe, no mundo real moravamos com minha avó paterna. Minha mãe sempre foi louca, teve outros filhos, sempre deixou bem claro o amor dela pelos filhos atuais e pelo meu irmão, eu simplesmente nunca existi pra ela.. meu pai até sei que sempre me amou, mas nunca participou muito da minha vida... mas dele não posso reclamar mt, pq msm ausente ainda fez mais parte e me ajudou mais do q minha mãe... a única vez q precisei dela e que dei espaço pra q ela se redimisse comigo, foi agora qd terminei essei namoro e um momento da minha vida queria mto chorar, chorar, chora e não qria mais minhas amigas falando pra eu parar com isso, queria apenas alguém q me abracasse e falasse q isso ia passar. Fui procurar ela.. e o que encontrei? ela bebeu todas, recebeu uma entidade de cachaça, e falou monte de besteira.. foi incapaz de me dar um abraço e ficar comigo... Hj sou mto carente de afetividade e família, mas não tenho raiva nenhuma deles, penso em me estabilizar para ajudar, comprar uma casa p ela.. mas amor? não sei se realmente sinto...
    Nossa foi um post... desculpa! Desabafei.. bjs
    Laly

    ResponderExcluir
  8. Dama ... sou o filho certinho. Mas fui criado com minha irmã no mesmo quarto e crescemos cúmplices. O problema dela não foi comigo e sim com meus pais. Mas não sofreu o isolamento que você comentou, inclusive recebeu sempre apoio de meus pais como agora em que reconstrói a vida pela segunda ou terceira vez. Vejo quantos problemas minha filha vivenciou sem nem lembrar hoje, porque era criança, mas percebo as marcas no emocional dela e nas reações. Ela jamais vai conseguir avaliar as limitações que a mãe teve em decorrência da doença, as internações, os comportamentos maníacos, etc. E a minha imaturidade à época. Talvez você deva tentar romper algumas percepções que ficaram registradas em você como verdades, algo como desconstruir, para então reconstruir. Quando algo me incomoda, vale apena até abrir mão da "razão" e insistir, e correr o risco da frustração várias vezes.

    ResponderExcluir
  9. Dama guerreira! só alguém com essa coragem pra enfrentar tudo isso e vencer, caminhando com as próprias pernas, escrevendo os melhores e confessionais textos da blogosfera.
    Família é papo brabo, marca de gado
    que nem cortando a carne é capaz de sair, fica para sempre arrastando correntes pelos porões de nossa mente.

    beijão

    ResponderExcluir
  10. só digo q não tenho nenhum vínculo emocional com minha família...

    ResponderExcluir
  11. Nossa...familia é fogo mesmo.
    Fico na maior paranóia de cometer esse erro quanto aos meus filhos, essa preferência tem um poder de minar a auto confiança terrivelmente!
    E é o que mais se vê por aí....muito triste....
    Por isso....me policio muito com eles, tento ser bem imparcial.
    Aiii...Cris, nao deve ter sido facil pra voce,como te admiro, por ter maturidade de enxergar e ter dado a volta por cima!!!Parabéns!!!
    Mudando de assunto...o que quer dizer "SWU" onde voce viu os Black Eyed Peas"...rs..nao entendi!!!
    Realmente a Fergie(a mulher) canta muuuuuito!!!
    Beijocas!!!

    ResponderExcluir
  12. Familia, não se escolhe,, nós entramos na familia para resgastar algo com eles,, por isso se diz familia não se escolhe e sim escolhemos a familia do coração que são amigosss..
    Mas uma coisa é certa,, o segredo esta em PERDOAR.. Sem essa palavrinha nada vai mudar,, vc perdoar a eles e eles a vc... Sei, é facil falar,,, mas temos que tentar,,, bjss adoro os seus comentarioss

    ResponderExcluir
  13. Passei para conhecer o seu blog,
    muito legal,
    beijos e bom sábado.

    ResponderExcluir
  14. AAAAAAAAAh, que saudades de vir aqui! Desculpa pela demora em comentar aqui, estive muito sem tempo nesta semana. Muito obrigado pelas suas doces palavrase congratulações a mim! :D

    O seu post está PERFEITO, e o que vc disse vale pra tudo, mas tudo mesmo!

    Creio que a possessividade não leva ninguém a lugar algum a não ser à solidão.

    Quem dá, recebe e quem planta, colhe. Temos que plantar a sensatez para colhermos uma vida com menos decepções. Mas, é claro que elas são invevitáveis, pois quando não é no mabiente externo, é na nossa própria família, como você citou...

    A minha família é super desunida, um brigando com o outro... Esse negócio de pedir dinheiro emrpestado é clássico! rs

    Tenho uma tia que liga algumas vezes com a desculpa que está com saudades, mas que nada... Só quer dinheiro ajahaha

    Enfim, começo a pensar: Será que família serve para nós pedirmos dinheiro emprestado? Será que família só serve para nos dar rancor e decepção? Ah, não.. prefiro me manter longe mesmo!

    A minha família verdadeira é a que eu posso escolher: Meus amigos, tanto reais como virtuais.

    Beijão, Dama! :D

    ResponderExcluir
  15. Dama,
    pensa que hoje você está no lado melhor da história. Pois bem..imagina se fosse você a ligar para o seu irmão para aborrecê-lo com seus problemas ??
    Família nenhuma é perfeita.
    Aliás, nada é perfeito no mundo. Talvez se fosse iríamos ficar mais entediadas ainda..kkk
    Aconte nas melhores famílias, Dama.
    Beijocas e boa semana !

    Buuuuuuu .....rsrsrsrs

    ResponderExcluir
  16. Olá! Bem, o que dizer pra vc, sou MEGA família, não vivo sem a minha! Tive meus problemas e descobri que a culpa não era minha ou deles e sim NOSSA. Talvez ai seja a mesma coisa, e também descobri que com conversa se ajeita tudo. Ter amigos é realmente maravilhoso, mas a família é algo que não devemos deixar escapar entre os dedos. Arrume essa situação enquanto dá tempo, vai por mim, vc não irá se arrepender! É muito bom ter família e amigos... Só um deles não faz a vida completa!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  17. Olha Dama, eu nem consigo imaginar-me numa situação semelhante à sua, mas quase pude sentir, através do seu relato, as dificuldades pelas quais você passou. Só posso te dizer que se precisar de mais um ombro amigo, apesar da distência virtual, pode contar comigo. De verdade.

    ResponderExcluir
  18. Oi Dama, li teu último post de um gole só, agora.
    Quero te responder, mas quero com a devida atenção e carinho, pois o assunto família é bem complexo. Então, vou te visitar mais tarde. Pra variar muito bom!
    Bjos meus

    ResponderExcluir
  19. Nossa! adorei ter lido isso aqui e me sinto um pouco indetificada com a história. Bom, minha família não é bem assim, e eu não sou a ovelha negra da família. Mas a ovelha negra tem todo apoio da minha mãe, é exatamente o inverso. Minha família é bem grande e problemática, mas dá p tirar coisas boas dela. Tenho 9 irmão e minha mãe. E desde q meu pai faleceu as coisas só tem piorado. Enfim...conto nos dedos de uma mão os irmãos q realmente gosto e q sei q posso contar. Alguns são falsos e quando se fala em família no Âmbito já saindo da nuclear, aí q lascou. Sorbinhos, primos, tios q nem conheço e ou são indiferentes. Tenho momentos felizes com alguns parentes, mas são tão poucos q eu chego a ficar desanimada mesmo quando há tanta alegria em volta. ME sinto bem deslocada como vc em relação a família como um todo, não me sinto pertencida. Tb não tenho tantos amigos, mas os poucos q tenho sei q posso contar. BOm, por vc fico feliz em saber q vc tem amigos q pode contar. Historias assim me deixam comovidas e feliz em saber q existem pessoas q dão valor a outras mesmo não tendo uma relação de parentesco. Pq quando temos parente a gente se sente na obrigação de "gostar" ou ajudar, coisa q discordo um pocuo, bato pé. ¬¬

    ResponderExcluir
  20. É, complicado, Dama! Mas não há como isolar, gelar mesmo sua família, exceto sua mãe? Tenho um irmão, 6 anos mais jovem do que eu. Ele foi o predileto da minha mãe. Ele era o certinho e bem mandado, eu eu era o desobediente e mal mandado. Depois que ele se casou, passou a tratar minha mãe friamente. Minha mãe passou a me dar mais valor quando percebeu que eu a defendia,e meu irmão não estava nem aí(a defendi até de uma grosseria dele com relação a ela).

    Quase três anos vivendo sozinho, não posso mais me queixar de família. Os únicos que lembram que eu existo são meu irmão e um tio materno.

    No seu caso, me desculpe, é bom lembrar, segundo seu relato, que seu irmão foi um dissimulado.

    Beijocas!

    ResponderExcluir
  21. Dama, esse relato lembrou-me uma irmã que tenho. Somos cinco irmãos e ela foi criada pela minha tia que era solteira e morava do lado da casa de minha mãe.
    Minha irmã é a que está melhor financeiramente. Tem uma relação meio fachada conosco e se apega mais a minha mãe. Quando ela era pequena ( crianças são maldosas ) dizíamos que ela era adotada e ela sempre em silêncio. Cresceu meio amarga com a vida mas estabelece contato conosco.
    Talvez ela também queira respostas do tipo: Porque foi a única a ser criada pela tia? Mas nunca pergunta e nem tenta se aproximar muito dos irmãos. Se tem de ajudar ela ajuda, mas procura ficar distante. Ainda há um conflito entre ela e outras irmãs.
    Acho que essa busca e o que incomoda são as respostas que não temos. No momento em que se estabelece um diálogo franco as dúvidas caem por terra e aí podemos seguir em frente. Por que família mesmo se formos pensar bem é aquela que nos acolhe e não necessariamente tem de ser a feita por laços de sangue.
    Não sou espírita, mas a meu modo acredito em vidas passadas e por acreditar nisso encontro explicações para muitas dúvidas que tenho, principalmente com relação a família.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  22. No fim das contas, vc tem sorte: tem uma família que vc mesma escolheu!
    Família sempre é fonte de problemas. Meus problemas com meu pai só se amenizaram por causa da doença dele e porque eu desisti de esperar que ele mudasse ou visse minhas qualidades. Hoje nos damos bem, só não podemos morar juntos. Tb tenho uma irmã com quem já tive sérios problemas, embora sempre tenha procurado ajudar qd ela precisou/precisa.
    Tento ajudar minha família ao máximo, mas isso já me prejudicou muitas vezes. Com namorados, então... minha família nem sabe como atrapalhou (acho eu). Hoje não permito que me digam como devo viver minha vida, viro bicho. Só quero opinião se eu pedir! rsrs.
    Vc é guerreira e vencedora!
    Beijos.

    ResponderExcluir
  23. Sinto mt Dama... de verdade. Sinto por vc nao ter essa lembranca boa e aconchegante que mts tem. Mas olha, nao se sinta tao mal com isso. Mts vezes é só ilusao o que sentimos, que nossa familia é maravilhosa. Se passarmos mais tempo com eles do que um fim de semana, sempre vao surgir pequenas intrigas... coisa de familia mesmo ne?

    Claro que o teu caso é um pouco mais complicado, ja li um pouco do que vc havia escrito certa época, e posso imaginar qt essa virada de costas te doeu, te doi e isso é super compreensível.
    O mais legal desse tema todo, é que vc percebeu a tempo que ser a ovelha negra estava te prejudicando e nao a eles, isso sim, é o que vc tem que tirar como certo.
    Parabéns pela coragem em expor isso a si mesma, nem todos tem essa forca.
    Bjs
    e olha, te acho super guerreira,viu pequena?!

    ResponderExcluir
  24. Pois é Dama das Cinzas, como diz a minha ex-terapeuta a família perfeita só existe no comercial de peru da sadia.
    Mas, o importante é que você conseguiu encontrar seu caminho sem depender deles. Estou aprendendo que devemos nos sentir bem primeiramente conosco, o resto vem por consequencia e, se ainda não veio, é porque não te fará muita falta. Tenho sorte de ter uma família normal, mas, admito que nossos amigos são os melhores "parentes", pq são escolhidos e não impostos. Abço!!

    ResponderExcluir
  25. Oi! Não conhecia o seu blog e, para falar a verdade, nem sei como cheguei aqui! hahahaah

    Lá em casa somos 4 irmãs, uma COMPLETAMENTE diferente da outra. Eu sou a mais velha e durante algum tempo fui considerada essa "filha-exemplo". Eu sempre fui extremamente obediente e sempre fazia o que me pediam, sem questionamentos, enquanto a minha irmã (1 ano mais nova que eu) era aquela criança questionadora, mandona e mais trabalhosa. Mesmo assim, os meus pais nunca excluíram a minha irmã! Mas é óbvio que todo mundo sabia que ela era "trabalhosa" e ela mesma se enxergava como a ovelha negra.

    Durante muito tempo isso nunca mudou e a Gabi seguia questionando todo mundo, fazendo sempre o contrário do que era esperado dela...parece que queria chocar o mundo. E, apesar de todas as nossas diferenças, sempre fomos EXTREMAMENTE próximas (tanto as irmãs quanto os meus pais, que são maravilhosos).

    Até que a Gabi virou adolescente e aí as coisas perderam um pouco o rumo...ela se envolveu com drogas e perdeu todo o respeito pela família. Não fazia questão de participar do nosso cotidiano, priorizava demais os amigos e toda vez que estava conosco começava uma briga. Como reação, o resto da família também começou a "desistir" de se dar bem com ela e a gente já ficava na defensiva quando se tratava da Gabi. Isso virou um ciclo vicioso e durou alguns anos, com o contato entre nós se tornando cada vez mais fraco. Mesmo assim, durante várias vezes meus pais e nós (as outras irmãs) tentamos nos aproximar da Gabi, mas ela não entendia que era carinho, achava que queríamos controlar sua vida. Assim como nós também interpretávamos qualquer demonstração de afeto, vindo da parte dela, como interesse. Claro que os dois lados estavam completamente errados!

    Só para você saber, eu não sei como é com o seu irmão, mas para mim, ser a filha-exemplo nunca foi tão bom. O que se esperava de mim era nada menos que o MELHOR. E ter que corresponder a tantas espectativas é exaustivo, pesado e muitas vezes frustrante. Alé disso, me tornei emocionalmente dependente da minha família e até hoje luto para ter minha própria vida, com meu marido, porque me sinto "culpada"em sair de casa...parece que estou abandonando todos, que "sem mim" aquela casa não vai ser a mesma. Olha quanta bobagem! Mas essa é a verdade, é com esse monstro dentro mim que eu tenho que lidar. Depois de muitos anos, refletindo sobre minhas atitudes, eu entendi que grande parte desse meu jeito era apenas um dos meus maiores defeitos: eu sou uma pessoa medrosa. Era por isso que eu não questionava nada, por isso que eu fazia o que mandavam e preferia evitar brigas. Eu gostava de ser cuidada, me sentia protegida. E era por isso que a Gabi era o oposto de mim: porque ela era corajosa demais!;)

    ResponderExcluir
  26. (Continuação)

    Quando eu conheci o meu marido, passei a compreender melhor a minha família. E também porque fiquei mais velha, é claro! O meu marido é a "Gabi de calças"...impressionante como são parecidos! Eu me apaixonei por ele e, com ele, aprendi a entender melhor a minha irmã. Se eu já a amava demais, passei a admirar e compreender até mesmo os seus "defeitos"!

    Até hoje eu não sei o motivo, mas num determinado momento a Gabi quebrou o ciclo da "falta de confianca" que tinha em relacao à familia e baixou a guarda. Como tudo na vida, que é uma questão de ação e reação, toda a família também saiu da defensiva e começamos uma nova fase de nossas vidas. Hoje, temos consciência de que somos todos diferentes, mas essa é a beleza da coisa! A gente sabe que se houver respeito, amor e compreensão, não tem problema que todos sejam diferentes e tenham suas opiniões. Hoje reconhecemos todas as atitudes erradas que tivemos em relação aos outros e tentamos sempre melhorar! A Gabi está super ligada à família, como nunca antes, e agora consegue "aceitar" o nosso amor e as nossas opiniões, sem achar que estamos criticando, mas sabendo que só queremos que ela seja feliz!

    Não sei se isso é possível na sua família, não sei como você deve ou pode proceder, mas quero te dizer que isso tem solução! É difícil, mexe como nosso orgulho, mas tente quebrar o ciclo de sentimentos ruins em relação aos seus familiares. Tente deixar as mágoas para trás...sei que é difícil e, inclusive, já bte aviso que pode demorar algum tempo até que o outro lado tenha "coragem" e confiança de também baixar a guarda em relação à você. Mas vale a pena, é especial ter uma família unida!

    Você não é mais uma criança malcriada! É uma mulher madura, alguém que se entende melhor e, por isso, também é capaz de compreender melhor as atitudes dos outros membros da família. Porque certamente eles erraram muito com você, mas você também deve ter tido sua grande parcela de "culpa". Se permita deixar tudo o que passou exatamente onde está: no PASSADO. O futuro começa agora e ele só depende de como você que quer ele seja.

    Sabe quando as coisas vão mudar? Quando você mudar em relação a elas. Se você se transformar, se modificar a forma como vê cada uma dessas pessoas, com muitos defeitos (mas também muitas qualidades), a reação é inevitável.

    Te desejo todo amor e sorte do mundo!

    Beijos,
    Manu

    ResponderExcluir
  27. Sou a mãe desesperada de um casal de filhos adolescentes que vivem um relacionamento incestuoso. Nunca na minha vida pensei que pudesse enfrentar um problema desses. Penso em expulsá-los de casa. Não aceito conviver com isto sob o mesmo teto. Só não o faço porque sei que se o pai descobrir é capaz de cometer uma loucura e criar uma tragédia.
    Acho que começou no final da infância. Comecei a perceber olhares e sorrisinhos insinuantes entre os dois. Depois toques, carícias e afagos um pouco inconvenientes para irmãos, mas os ignorava.
    Passei a ver constantemente meu filho no quarto da irmã e ela no quarto dele. Cheguei a questioná-los a respeito. Também reparei que apesar da idade (17 e 18), ele nunca tinha namorada e ela namorado.
    Um dia cheguei em casa e os flagrei trancados no quarto. Dava pra ver que foram surpreendidos. Quando abriram a porta ela estava sem sutiã sob a blusa e ele com a camisa ao avesso. Foi a gota d’água. De lá para a cá virou um inferno. Sermões cada vez mais duros de minha parte, brigas e bate-bocas constantes. Não sei mais o que fazer.

    ResponderExcluir
  28. Sua história é muito semelhante a minha. E tenho estado muito triste por ver que minha família realmente só me procura quando precisa. Apeguemo-nos no entanto somente a Deus e a Jesus pois Eles com certeza nunca nos abandonam. Boa sorte, luz, paz e felicidades.

    ResponderExcluir

Eu sempre vou respeitar sua opinião, mesmo que não concorde com ela. Então, por favor, respeite a minha!

Comente com civilidade!

Se seu comentário foi recusado, certamente a explicação está aqui:

http://confissoes-femininas.blogspot.com/2011/07/comente-com-educacao.html