Minha cirurgia...

Oi pessoal! Voltei ontem à noite! Fiz a cirurgia e foram dias bem estressantes pra mim! Tentarei fazer o resumo do resumo, porque foram muitos tipos de estresse!

Eu sou do Rio de Janeiro, fui a muitos otorrinolaringologisas tentando resolver um problema que tinha nas minhas cordas vocais, que cada vez me deixava com mais dificuldade para falar. Estava perdendo potência e modulação de voz. E isso vinha prejudicando bastante minha vida social. Depois de muitas opiniões de médicos, todas me apontavam para uma cirurgia nas cordas vocais. E o melhor especialista nessa área era de Porto Alegre - RS, não tinha convênio com planos de saúde! Um daqueles médicos que chegam ao topo e se tornam referência. Encontrei outro medico aqui no RJ que fazia a cirurgia, mas não senti firmeza nele e resolvi realmente ir a Porto Alegre operar...

Nem preciso dizer que gastei muito dinheiro. Por não ter convênios com planos de saúde o tal médico só opera particular, no dinheiro vivo mesmo. Mas a internação no hospital tentamos pelo meu plano de saúde, através de um pedido de um médico da equipe dele.

Cheguei em Porto Alegre no dia 12/05, com a cirurgia marcada para 13/05. Patrícia, minha amiga, foi comigo. Bem... no dia 13 passei pela consulta com o médico que ia me operar que chamarei de Dr. N. Ele me explicou como seria feita a cirurgia e na parte da tarde fomos para o hospital. Mas quando chegamos lá meu plano de saúde não havia autorizado a internação e todos ficamos esperando de 14 horas até quase 18 horas. Num determinado momento o Dr. N. me chamou no centro cirurgico e disse que não poderia mais segurar a sala de cirurgia, que iríamos transferir pro dia seguinte, mas que caso meu plano de saúde não autorizasse a internação eu teria que pagar também o hospital, que ficaria numa faixa de 4400 reais.

Saí de lá com minha cabeça fervendo, cirurgia, gastar um dinheiro a mais que eu não tinha, um lugar longe da minha casa... Eu já estava quase desistindo, caso meu plano de saúde não autorizasse.

Mas quando estávamos voltando para o hotel, a assistente do Dr. N. me ligou e disse que o plano de saúde havia autorizado a internação... Ufaa! Que alívio! Mas o estresse daquelas horas em que tudo me passava pela cabeça foi desgastante demais.

No dia seguinte, 14/05, a cirurgia aconteceu. Quando acordei já era tarde. E me mandaram ficar calada, porque não podia falar nada. A Patrícia veio até uma sala de recuperação da anestesia e me disse que o médico tinha dito que eu ficaria 3 semanas sem falar... Pânico! Eu percebi que a cirurgia tinha demorado mais que o esperado. O Dr. N. havia me dito que eu sairia falando! Minha garganta doia. Enfim...

Passei a noite no hospital, mal consegui dormir, pensando, pensando, pensando... No dia seguinte tive alta, era um sábado e eu só voltaria ao médico na segunda. Esses dois dias foram dias de angústia total. Eu escrevendo tudo que queria, pensando em como ficaria 3 semanas sem falar, pensando se eu teria que pagar uma fortuna por uma cirurgia e voltar para o RJ sem ouvir minha voz e o maior de todos os medos era ficar muda. Nossa! No domingo eu estava em total deprê!

Na segunda fomos ao Dr. N., para fazer a revisão. E aí ele me explicou que a técnica que ele havia me dito que iria usar, não surtiu o efeito desejado, tentou uma segunda técnica, mas essa também não poderia ser usada. E ele teve que ir para a técnica mais invasiva que era diretamente nas cordas vocais. Por essa técnica ele não podia prever o resultado. Acho que ele mesmo estava apreensivo. E eu completamente em pânico. Fomos então pra sala de teste da voz. E finalmente eu consegui falar. Até o Dr. N. pulou, porque ele não esperava que o resultado fosse tão bom. Claro, minha voz está muito rouca, as cordas vocais inchadas, mas dá pra perceber que o tom de voz mudou para algo melhor. Agora é aguardar a recuperação. Vou ficar realmente três semanas de molho, mas não totalmente sem falar, falando muito pouco, e telefone está proibido. Terei que fazer tratamento fonoaudiológico pra melhorar mais!

Tenho muito a agradecer a minha amiga Patrícia, que me ajudou muito em todo esse processo. Tinha momentos que eu perdia realmente a paciência e ela segurava a barra! Ela foi a voz que eu não tinha durante todos esses dias. Enfim, sem ela teria sido terrível passar por isso! Porque sem a voz você fica vulnerável demais, principalmente quando não se domina linguagem de sinais...

Tive também o apoio de outros amigos! Conheci pessoalmente o Fábio do Desarranjo Sintético, um fofo total. Foi um amigo que conheci aqui no blog, que já me ajudou em outras situações e que dessa vez me deu um ajuda grande, porque ele mora lá. Conheci a mãe do Fábio, a Cleusa, super simpática e atenciosa. Os dois me visitaram no hotel estavam sempre me ligando, super agradecimento aos dois. Agradecimento, também, a Aninha do Mundo Paralelo que sempre me mandava mensagens! E quero agradecer a todos vocês que comentaram no meu blog, me mandando energias positivas!