"Foi para repensar a luz que precisei de tanto quarto escuro."
(Frase de Rodrigo Faria, citada por Marília Gabriela)
Tenho assistido mais a GNT por causa da Semana do Troca-Troca. Alguns apresentadores trocaram de programa e foi interessante observar como cada um se saía no lugar do outro. Por causa dessa semana, tive o imenso prazer de ver a Marília Gabriela sendo entrevistada pela Mônica Valdvogel no "Marília Gabriela Entrevista".
A Marília é um exemplo de mulher e ser humano bem sucedido. Ela é capaz de ser repórter, atriz, cantora, fazer tudo bem, sem nunca perder de vista sua vocação maior que é ser entrevistadora. O grande barato é esse, mesmo ela tendo conquistado uma posição confortável no que ela sabe ser sua profissão, não tem medo de arriscar em outros setores e fazer bem aquilo a que se propõe. Quantas pessoas no Brasil podemos dizer que conseguem isso com o talento da Marília? Poucas, com certeza!
Na entrevista que assisti fiquei encantada com as afinidades que percebia com a personalidade dela, mas principalmente o que me fascina mais são as diferenças. Sim! Aspectos da sua personalidade que não se parecem com a minha, mas que são estimulantes, como por exemplo: o dom da palavra, ela diz a frase mais banal, com tanto entusiasmo, de forma tão peculiar, que aquilo parece ter várias conotações interessantes; ela é corajosa e forte, mas não como nós "simples mortais". Ela é forte e corajosa em essência, nós ficamos lutando contra nossos medos diários, tentando vencê-los a qualquer custo; enquanto nela parece que o medo acompanha a ação, ela não para, não pensa no receio, age e sente simultaneamente e desse jeito obtém êxito no que faz...
Teve uma parte da entrevista que achei fascinante. Ela confessa que chora mesmo, que se sente sozinha e tal, então, contou que um dia, trancada em seu apartamento, em frente ao computador, se deu conta como estava sozinha e se sentindo deprê. Como o dia estava chuvoso, resolveu sair na chuva para chorar, chorou muito e acabou entrando num cinema em que passava um filme triste e chorou de soluçar. Bem... O que tem de interessante nisso? O fato de permitir que pessoas comuns como eu, possam se identificar com atitudes cotidianas dela. Por ser um exemplo de mulher forte e bem sucedida, não havia nenhuma necessidade de expor essa passagem da vida dela. Foi ato de generosidade com o público.
Houve um momento em que ela disse que não acreditava no casamento, que pesquisou a respeito e viu que o ser humano não consegue sustentar uma paixão durante muitos e muitos anos. Polêmico? Claro que é, mas concordo, a paixão é um processo químico que dura alguns poucos anos, depois o que fica, como diz ela, é uma amizade cuidadosa em que os dois se amam sim, se protegem, meio que se acomodam numa relação confortável. Sinceramente é o que acho, sem rodeios... Quem quer paixão de verdade tem que ficar mudando de parceiro(a) e isso é o que ela assumidamente faz, troca de namorado/marido assim que percebe que a paixão acabou. Ato de extrema coragem que eu não tenho e acho que nunca terei, sei lá. Mais uma faceta para admirá-la.
Outro ponto interessante do programa foi ter dito que publicaram que era a mulher mais admirada do Brasil. Com muito humor, disse que achava que fosse por tudo o que ela fez, mas não, foi apenas por ter sido casada com o Reinaldo Gianechini. Assim como ela, fiquei enojada de morar num país em que a mulher vale pelo homem que está ao seu lado e não pelo que ela é. Se em outros países é igual ou diferente disso, nem quero saber, o fato é que moro aqui e tenho horror a esse pensamento machista dominante!
Enfim... Amo Marília Gabriela pela sua coragem, pela sua inteligência, pela sua cultura, pelos seus inúmeros talentos e principalmente porque tendo tudo isso ela não é uma "mascarada" que faz tipinho diante das câmeras. Poderia fazer um post ainda maior do que esse escrevendo sobre essa mulher, mas prefiro ficar por aqui e deixar o resto para que cada um conclua a sua maneira...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Marília Gabriela.
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Eu sempre tive uma enorme admiração pela Marília Gabriela.
ResponderExcluirE esta admiração veio pelos mesmos fatos ressaltados por você: tudo o que ela faz, ela faz absurdamente bem; é bem sucedida; é inteligente; tem um puta talento; e não se importa em parecer tão mortal quanto realmente é.
Mas então, eu também já tinha visto alguns comentários seus no blog da Jade, até concordei com um de seus comentários lá recentemente.
Mas essa do sonho foi inesperada. Rs.
Pois bem, se isso for o início de uma boa amizade cibernética (ou até mesmo fora do mundo virtual), que seja.
Beijos pra você!
Ela é sim um exemplo de mulher.
ResponderExcluirBota talento nisso!!
Melhor de tudo é ver uma mulher inteligente falando de outra mulher inteligente (assim como vc fez aqui).
Cá entre nós, pessoa de sorte foi Reinaldo Gianechini, que teve o prazer de conviver com uma mulher dessa.
Bjo
Codinome, vc completou bem, sempre achei que a sorte maior foi ele ter estado ao lado dela e não o contrário! Beijos
ResponderExcluirMesmo que não tenhamos coisas em comum, a diversidade é sempre interessante. Rs.
ResponderExcluirBeijo!
Eu tenho dificuldade de me expressar.
ResponderExcluirTem dias que posso escrever o que quiser, e tudo sai perfeitamente bem, fluindo maravilhosamente.
Porém outros dias, cada frase que eu escrevo me parece sem sentido. Rs.
Mas eu vou levando...
Beijo.
Marília é mesmo um exemplo.. aliás, um não, vários... exemplo de mulher, de inteligência, de elegância, de competência... também gosto muito dela e da sua incontestável habilidade para entrevistar.
ResponderExcluirValeu.
Ah! Eu venho todo dia, cadê mais post´s?? sabe bem que adoro quando vc escreve.
ResponderExcluirBjos
Concordo em tudo... Postei isso no meu blog:
ResponderExcluirJô Soares e Marília Gabriela... Não foi uma entrevista, foi um bate-papo entre amigos que não se viam ha algum tempo. Daquelas amizades que não desbotam, daquelas em que o papo continua do mesmo ponto onde parou.
A saudade explícita, a cumplicidade de anos de estrada trilhada.
Soltos, confortáveis e aquecidos pelo prazer do reencontro.
Sem disputas, sem entraves, sem dilemas, sem confronto- como num encontro normal de cabeças pensantes- Tanto que no final dos dois blocos em que estiveram juntos, a platéia não se manifestou com aquele tão previsível "ahhhhhh". Foi respeito, pela intimidade de um momento tão especial e particular.
Adorei ter o prazer de presenciar esse encontro de cabeças (no caso, duas das que mais admiro), mas principalmente esse encontro de corações.
Também sou super fã dela, e procurando o blog dela, vim parar no seu, que por sinal, falou muitoooo beeemmm sobre ela.
ResponderExcluirBjUS
Marília Gabriela se irrita com pergunta sobre Gianecchini
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/740404-marilia-gabriela-se-irrita-com-pergunta-sobre-gianecchini.shtml
Gabi, gosto muito dos seus programas e maior alegria qdo fiquei sabendo que estaria no sbt no horário de 00:00 pois o domingo é um dia que durmo tarde. Pois bem, a forma que vc entrevista é muito gostoso, são perguntas que temos vontade de fazer e a divisão com que vc leva a entrevista entre os blocos do programa é magnífica e faz isso como ninguém, só fico triste na hora do bate bola pq aí já está no finalzinho. Gabi, amei a entrevista com o Luan Santana,mais Gabi deixa o razaz falar "a gente". Eu trabalho em equipe e ralo mt pra que o meu segmento seja de sucesso e fico muito triste quando ouço nossa líder conversar com outras pessoas e dizer "eu fiz" "eu montei" "eu programei" sendo que tudo foi uma equipe. O jeitinho do Luan Santana é lindo, ele merece tudo que ele tem por tamanha humildade. Deixa ele continuar dizendo "a gente" ele somente está valorizando as pessoas ao seu redor.
ResponderExcluirBjs minha linda, admiro muito vc.