domingo, 25 de novembro de 2012

Eu sou o que sonhei ser? O que ainda sonho ser?


Esse tema foi debate no programa Saia Justa e me fez pensar muito se eu teria conquistado algum dos meus ideais de lá quando era bem jovem. Será que o que sonhei ser quando criança é o que sou hoje em dia? E o que ainda sonho para mim? Perguntas complexas.

Bem, quando criança queria ser astrônoma, e da adolescência até hoje sempre quis ser médica. Nem uma coisa nem outra, segui caminhos que nunca pensei em termos profissionais, mas não me arrependo das minhas escolhas, foram as alternativas possíveis e acho que elas me trouxeram a uma vida relativamente confortável atualmente. Mas quando penso a nível de realização profissional, aí a coisa complica, porque não me sinto nada realizada com as opções que fiz. Acho que até por isso vivo meio que buscando compensações, caminhos interessantes para me sentir melhor a nível de vocação.

Já na vida no geral,  jamais pensei que iria dar tantas viradas, e quando era adolescente não podia imaginar que minha vida estaria como hoje em dia. Se bem que uma intuição sempre gritou dentro de mim, que estaria a maior parte da minha vida sozinha e realmente estive mais sozinha do que acompanhada e, ultimamente, creio que essa solidão se acentuou, em parte por opção, outra parte pelos revezes da vida. Acho que isso eu previa e não mudou muito, mas a vida da gente não é feita só de um aspecto, mas de diversos, e em tantos outros fui completamente surpreendida pelos acontecimento, pela vida, pelas minhas escolhas.

Já o que sonho daqui para frente, nem sei dizer ao certo. Normalmente sou bem realista, não sou muito sonhadora, então meus objetivos tem o tamanho que posso atingir. Geralmente sou feita de muitos pequenos sonhos, pequenas metas, que me fazem chegar a situação que imagino. Mas não é nada tão grande que não possa atingir. Creio ser altamente angustiante perseguir objetivos inalcançáveis. Um desperdício de energia. Quando penso no futuro, sempre penso na velhice e sempre penso que quero estar o melhor que puder fisica e mentalmente. Envelhecer com qualidade de vida, podendo sempre estar no controle da minha vida, podendo cuidar de mim, ser independente na medida do possível. Acho mesmo que para uma solitária como eu, esse é um grande sonho a longo prazo...

Agora tem os sonhos que sabemos impossíveis, aqueles que a realização sabemos que não vai acontecer, mas nos faz bem sonhá-los, exatamente porque é lúdico, apenas faz bem pensar neles. Eu sonho que um dia serei uma grande atriz, dessas "camaleoas" que se transformam a cada personagem, uma Meryl Streep. Sei que nunca serei atriz nenhuma, mas gosto de brincar de sonhar, porque é algo que me leva a um lugar só meu. Em alguns momentos posso dar vazão a esse lado, numa festa, numa oportunidade qualquer. Mas sei que é um sonho para preencher as minhas fantasias.

E você? Me conte!! Você é hoje em dia o que sonhou quando criança? O que ainda planeja alcançar no futuro? Você tem um sonho impossível?

domingo, 18 de novembro de 2012

Indiretas são irritantes!!


Acho que a coisa mais irritante que veio junto com a internet, foi a grande possibilidade que esse meio de interação trouxe para a proliferação das indiretas e insultos de todos os gêneros. Claro que todos nós na vida já jogamos uma indireta para alguém. Óbvio que eu mesma já lancei mão desse recurso várias vezes, mas fazer disso um hábito é onde reside o problema. Aliás a repetição é sempre o problema. Podemos errar, claro, é do ser humano. Ficar errando sempre do mesmo jeito é que irrita quem está em volta. Na blogosfera podemos perceber muitos posts na forma de indireta. Nas redes sociais, então, meu Deus, é praticamente um festival de indiretas.

Muitos dos meus posts podem parecer uma indireta, mas existe uma linha tênue que separa a indireta, da inspiração. Explicando melhor, indireta é quando você manda um recado com endereço certo, mas sem dizer o nome da pessoa. Inspiração é quando ocorre um fato, por exemplo, senti um ciúme imenso de alguém, daí resolvo abordar o tema ciúme, mas sem direcionar todo o texto para uma pessoa. Na verdade nós que escrevemos blogs temos nosso assuntos inspirados no que acontece na nossa vida, nos nossos relacionamentos e questões. Muitas vezes pessoas que não sabem nem que tenho um blog me inspiram posts inteiros, eu os faço e nem por isso é uma indireta, porque a pessoa não acessa aquele texto. O ocorrido te inspirar a escrever sobre o assunto é uma coisa, o ocorrido fazer você escrever um email em forma de post é outra coisa bem diferente.

Nas redes socias, a coisa é feia! São tantas indiretas,  que você vai entrando naquela vibe e quando vê,  já está respondendo a indireta da indireta da indireta. É algo angustiante mesmo e se a gente for bloquear as publicações de todos que lançam indiretas, chega uma hora que não seguimos praticamente mais ninguém. Então é algo que me cansa extremamente. Me cansam também as atitudes em forma de indiretas, das pessoas que usam perfil de amigos em comum para mandar seus recados, ou para dizer "viu como sigo fulano e não te sigo".  Eu simplesmente não tenho estômago para essa coisa, até respondo quando vou me sentindo agredida, mas o que acabo fazendo mesmo é me afastando de tudo, como fiz recentemente com o Facebook, simplesmente não entro na página, não sei o que tá rolando e olha que tem me feito bem. Aproveito esse tempo para ver outras coisas mais agradáveis na internet.

Acho que a solução melhor a ser adotada na internet é ignorar. Se algo começa a te chatear muito, temos o recurso de ignorar, se é nas redes sociais a gente bloqueia as atualizações da pessoa, se é nos blogs a gente tira o blog do nosso rol de leitura. Ninguém é obrigado a ficar lendo o que não te faz bem, portanto não existe, também, a necessidade de ficar respondendo indiretas. Acho que é um exercício cansativo, inútil e até infantil esse de ficar nesse ping pong de recadinhos malcriados. Melhor é tirar o time de campo e ir jogar em outro lugar, nem que seja por um período, até a poeira baixar e a gente voltar a ter prazer na interação. Pretendo voltar para o Face, mas depois de um bom descanso de tudo isso, assim como fiz aqui com o blog, quando outras questões, que não essa,  estavam me desagradando. Dei um tempo e agora quando voltei tudo tinha outra cara, estava mais light, mais prazeiroso.

O que me irrita na internet é que todos os covardes de carteirinha descobriram o poder do insulto anônimo e da indireta. Então se a gente não se vigiar, entra mesmo nessa vibe e é sugado por ela. Por isso que sempre que identifico que um tipo de interação não está legal, saio de cena por um tempo para as coisas se ajeitarem. Porque não dá para bater de frente com covarde, se ele joga uma indireta e tu responde com uma direta, imediatamente ele diz: "- Você tá louca, não é nada disso, isso que escrevi era de uma outra coisa que aconteceu". - Então como não tenho paciência para joguinhos, procuro coisas mais sadias para preencher meu tempo.

domingo, 11 de novembro de 2012

Não gosto do sentimento de pena!!


É meio lugar comum dizer que a gente não quer a pena de ninguém, é bonito dizer isso, geralmente é uma frase muito usada em novelas e filmes porque causa um bom efeito.  Mas na prática a coisa funciona bem diferente e a pena é muito presente no ser humano. Tenho uma grande implicância com esse sentimento. Quando sentimos pena da gente ficamos paralisados, quando sentimos pena dos outros, isso faz com que a gente perca a medida do quanto devemos ajudar e do quanto devemos deixar que a pessoa ande com suas próprias pernas.

A verdade é que todos nós, em maior ou menor proporção sentimos pena de nós mesmos. É do ser humano achar que vida está sendo injusta, que a gente não merece o sofrimento e tal. É natural sentir isso, o que não é natural é sentir isso o tempo todo. Quando a pessoa simplesmente se entrega ao sentimento de pena por si mesma, a depressão se instala fácil e pronto ali temos um ser paralisado, sem capacidade de mudar nada em sua vida. Tá bom! Eu sei que existe a depressão doença, eu já tive e sei o quanto é ruim, mas não estou falando dela, estou falando de pena de si mesmo, que é cômodo, te deixa num lugar de conforto: "O mundo é cruel comigo, por isso eu sofro".

No início da minha vida adulta o que mais sentia por mim era pena, era uma pena tão grande de tudo que me acontecia, das coisas que não conseguia mudar, das oportunidades que não me davam. E vivia triste e entrando em depressões. Não sei onde começava a doença depressão e onde terminava a pena que sentia por mim.

Um dia eu disse para mim mesma que precisava escolher, porque estava me afundando cada vez mais nos meus problemas, mágoas e incapacidades. Me sentia paralisada e sucumbindo a tudo. Foi aí que comecei a dar uma virada no meu jeito de pensar. Foi fácil? Não!! Foi difícil demais! Consegui mudar meu padrão de pensamento? Não totalmente, apenas mudei o sentimento, a pena de si mesmo te paralisa, a raiva de si mesmo te faz movimentar a lama que você está enfiado. E foi isso que fiz, transformei pena em raiva e é isso que faço até hoje. Eu me permito sentir pena de mim por um breve período, logo depois transformo em raiva, porque a raiva impulsiona, te faz querer mudar, te faz buscar soluções.

E quando mudei meu padrão de pensamento de pena para raiva, isso transbordou para a minha forma de enxergar o mundo. Sinto muito, mas muito pouca pena das pessoas. Exceto se pessoa estiver passando por algo que ela não buscou, algo que eu perceba como muito difícil, quase sem saída, dificilmente sinto pena de alguém, porque acho que ao sentir pena,  alimento a pena que essa pessoa tem de si mesma. O que tento fazer é com que ela sinta raiva daquela situação e daí tente mudar.

Sei que esse é um jeito muito peculiar que encontrei de transformar pena em raiva. Não digo que vá ser bom  para todos, muitos podem achar o sentimento de raiva pior que o de pena, mas para mim funcionou bastante. Não me tornei a pessoa mais feliz do mundo, mas também acho que isso não vou ser nunca. Contudo me tornei uma pessoa mais ativa diante dos problemas e situações que requerem atitude e só por isso já terá valido a pena ter feito essa mudança no meu padrão de pensamento.

domingo, 4 de novembro de 2012

Ser diferente é bom?


Fico boba com o tanto de gente que cruza meu caminho querendo ser diferente. Tem pessoas que se especializam em identificar o comum e seguir o caminho contrário só para bater no peito e dizer: - Eu não aceito isso porque sou diferente! - Ora, ora, quem realmente é diferente, quem pensa diferente, faz isso de maneira natural, sem pensar sobre o assunto.

No geral as pessoas pensam que se elas forem diferentes, vão ser reconhecidas como admiráveis pela maioria das pessoas, vão se destacar, virar exemplo e todas as pessoas vão querer imitá-las. Mas eu como uma diferente, digo, com conhecimento da questão, que ser assim não tem nenhum glamour, nenhum, você sofre discriminação, não tem a compreensão da maioria das pessoas, vive mais isolado porque as pessoas no geral tendem a se afastar, principalmente aquele grupinho que quer ser diferente. Esse é o primeiro a identificar o diferente e dizer que ele é um estranho, porque na cabecinha daquele que quer não quer fazer parte do comum, o diferente é o artista famoso e glamuroso.

É óbvio que os artistas de valor, os que se destacam na nossa sociedade, no geral tem diferenças marcantes da maioria da população, mas eles não são admirados, famosos e realizam um trabalho legal só porque são diferentes, eles se sobressaem porque tem talento e batalharam muito para isso, elementos que a criatura que quer ser diferente não tem. Quem deseja ser diferente, só é realmente o do contra, aquele que gosta de criar uma polêmica. Ser só diferente não basta para você ser reconhecido e ter a admiração das pessoas.

Eu tenho uma amiga no trabalho que ela não faz um perfil no Facebook porque diz que todo mundo tem Face e que quanto mais pessoas têm e insistem para ela fazer, aí mesmo que ela não faz. Daí  perguntei o que ela ganhava com isso, e claro que ela não soube me responder. O que estranho é que ela é uma pessoa que sofre bastante por ter uma deficiência física, que faz dela uma diferente de alguma forma, já que sofre discriminações e é tratada de uma forma diferenciada pela maioria das pessoas. Então simplesmente não entendo esse comportamento nela e já falei isso para ela, não estou aqui falando por trás.

Eu tenho minhas diferenças e não me orgulho nem um pouco delas. Acho que elas me fizeram crescer mais como pessoa, já que eu tive que me atritar mais com o mundo e chegar mais depressa a algumas conclusões. Mas fora isso não vejo nenhuma vantagem em ser diferente. Olho a vida dessas pessoas que crescem numa família normalzinha, tem uma adolescência com os problemas característicos dessa época, crescem, estudam, arranjam um emprego, se casam tem filhos, as vezes se separam ou não. Daí fico olhando a vida dessas pessoas e não tenho idéia do que é ter uma vida assim. Sei que a vida de todo mundo tem problemas específicos, peculiares, de cada um, mas quando digo vida normalzinha, são essas vidas que seguem esse roteiro conhecido por todos nós. Eu gostaria muito de ter tido uma vida assim. Porque de diferente da maioria eu só tive os problemas, talento não vejo nenhum grande que faça eu me destacar... rs

E você se sente um diferente? Conhece alguém que se ache diferente? Conhece alguém que realmente é diferente?