Dia desses tava vendo o programa Saia Justa, sim, porque eu vejo e leio tudo que é condenado pelos intelectuais. Bem, um dos tópicos do programa foi levantado por uma intelectual de verdade, Márcia Tiburi, não os pseudos que só sabem falar mal de Paulo Coelho sem dizer o porquê. Voltando ao tópico da Márcia, ela afirmava que todos somos inseguros e quem tenta parecer auto-suficiente, "senhor de si", sem demonstrar nenhuma insegurança é que realmente é O Inseguro. Você seria mais seguro tanto quanto conseguisse confrontar suas incertezas, dúvidas, medos e tal.
O tópico foi debatido, mas essa afirmação ficou na minha cabeça e me fez questionar o comportamento humano de uma forma em geral. Podemos perceber realmente que quem mais tenta se fazer de forte, não demonstrar incertezas, fragilidades é que realmente está cheio delas.
Sempre admirei as pessoas "a flor de pele" por sentir nelas mais verdade. Pessoas que dizem que choraram, que tiveram medo, que precisam de ajuda, que não entendem de tudo, que não são fodões. Pra mim esses são realmente os tais, as pessoas que acrescentam no mundo porque crescem como seres humanos, se refinam, buscam respostas. É óbvio que não admiro quem senta da beira da estrada chora e chora, mas quem trabalhar com suas incertezas para se melhorar.
Percebo que ultimamente têm algumas pessoas a minha volta que idolatram a falta de emoção, para elas tudo pode ser analisado pelo lado racional , nunca erram completamente. Enfim, pessoas que não se permitem serem frágeis e acho que tudo isso está de alguma forma inserido no tópico levantado pela Márcia Tiburi. Essas são as pessoas inseguras, fracas, porque não testam seus limites. errando, caindo, se machucando, ficando expostas.
Fiquei pensando em quanto caí nessa armadilha, nesses últimos dois anos, de que sou auto-suficiente, de que tenho a base necessária para resolver os problemas do coração, da alma e da mente. Quanta besteira! Cometi esse erro! Quero muito voltar a ser a pessoa "a flor da pele" que sempre fui e abandonar esse ar blasé que nada mais é que uma personagem, uma máscara que esconde o quanto preciso de novas emoções, sentimentos, vivências.
E pra finalizar, li um trecho no blog do meu amigo Robson, que dizia o seguinte:
"Falando em preconceito, sigo uma teoria...quando embirro demais com alguém ou com alguma coisa, pode crer que vejo nela coisas que identifico e provavelmente não gosto em mim - quase sempre dá certo - dai a teoria segue... "quem desdenha quer comprar já diz o velho ditado".
-Então galerinha chegada a esses rompantes, pega leva nos preconceitos e bandeiras prós ou contras qualquer coisa... isso se te incomodar a correlação claro! se não vai ser feliz e para de encher o saco dos outros com aquilo que você é doido pra fazer e não tem coragem."
Esse é o reverso da medalha. É no que as pessoas se tornam quando começam a se esconder por trás da capa de forte, de machões, de auto-suficientes, "panfóbicos" etc e etc... Essas pessoas que não assumem suas fragilidades e desejos, ficam "encasteladas" em suas opiniões caducas que nem sempre correspondem a sua realidade interior.
É pra pensar...
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sábado, 20 de setembro de 2008
Insegurança...
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