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domingo, 16 de dezembro de 2012

O mundo é dividido entre formigas e cigarras...


Para quem não conhece essa lenda, essa histórinha infantil, pode ler aqui, mas existe uma versão atualizada bem interessante que é essa, cada pessoa vai se identificar mais com uma. E é claro que nas duas versões temos os prós e os contras, nada é tão absolutamente bom ou mal, certo ou errado. Mas o que me fez escrever esse post, é acreditar fortemente que o mundo é dividido entre formigas e cigarras.

Engana-se quem pensa que todas as pessoas formigas são sovinas e todas as pessoas cigarras são perdulárias, existe uma gama de "tons" entre uma forma de ser formiga e a de ser cigarra. Mas obviamente nunca encontraremos uma formiga gastadora compulsiva, ou uma cigarra econômica. É da natureza de cada uma seguir uma linha de comportamento.

Já posso afirmar com toda convicção do meu ser, que sou uma formiga. Sempre fui ponderada na hora de gastar dinheiro, sempre analisei todos os riscos, até mesmo quando faço uma loucura financeira, essa loucura já foi muito bem calculada lá atrás. De uma certa forma me sinto segura emocionalmente se souber que tenho uma reserva financeira para os dias difíceis. E nem precisa ser uma grande reserva, basta eu saber que tenho algum para me salvar de um sufoco.  Já pensei que isso acontecesse porque quase sempre só pude contar comigo mesma e não ter a quem recorrer. Mas conheço gente como eu, que é cigarra e não está nem aí para o dia de amanhã, então acho que essa linha de raciocínio não procede.

Já convivi com pessoas cigarras e é extremamente desgastante para mim. Meu maior exemplo nesse sentido foi meu pai. Uma pessoa altamente descontrolada financeiramente, sempre viveu atolado em dívidas e fazendo cada vez mais dívidas, até o dia que ele não tinha mais linha de crédito em lugar algum. Hoje em dia vive em uma situação difícil, sempre recebendo ajuda de outros. Nunca pensou que poderia ficar velho e nunca se preparou para isso. Ele é uma pessoa que me causa extrema agonia e sempre causou.

Mas de todo a pessoa cigarra não é só gastadora. Ela me parece que arrisca mais, vive mais, experimenta mais, exatamente porque não tem esse medo do amanhã, que as pessoas formigas tem. Então normalmente são pessoas que vivem mais intensamente no geral. Já as pessoas formigas, como eu, tem dias mais tranquilos, um futuro talvez um pouco mais garantido, mas certamente se arriscaram menos em tudo que envolve dinheiro e por isso perdem algumas oportunidades.

Já a pessoa formiga estrutura melhor a sua vida material. Parece que as bases seguem mais sólidas, mesmo a médio e longo prazo. No entanto, sendo eu uma pessoa formiga, sinto falta dos grandes riscos financeiros. Arrisquei muito em outros setores da vida, mas nesse fui sempre muito medrosa e comedida. Acho que nesse ponto deixei de viver algumas coisas.

O que percebo é que quando uma pessoa formiga tem que conviver muito próximo de uma pessoa cigarra, tipo na mesma casa, a pessoa formiga se incomoda mais com o comportamento da pessoa cigarra do que o contrário, pode ser que esteja enganada, mas é o que observo. Seja como for se você é uma  formiga, jamais se tornará uma cigarra e vice-versa, cada uma vai agir sempre no seu estilo, apesar de todos os esforços que possa fazer para ser diferente.

25 comentários:

  1. Definitivamente sempre fui uma formiga. Sempre comedido, sempre planejando, sempre visualizando o amanhã. Hoje, com 62 anos, sou uma formiga com 50 Tons de Cigarra. Não deixo mais de viver a vida por nada ... claro q dentro do q tenho e posso.

    bjão

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  2. Achei muito interessante a versão atualizada e tem muito sentido.

    Eu e como comecei a trabalhar muito jovem já fui uma cigarra e uma cigarra que gastava sem nem saber se aquilo era importante ou não. Do tipo que comprava várias bolsas, mas esquecia ou não me importava de comprar sapatos.

    Penso que por muito tempo não soube investir bem o que ganhava. Comprava o desnecessário e acabava por precisar do básico. Depois veio uma crise ( por causa de um golpe que levei ) e eu me perdi por um tempo fazendo empréstimos ( pura ilusão ) para obrir outros.

    Depois a coisa estabilizou e eu me senti muito sovina ( creio ter ido ao extremo ) comigo mesma. Tendo dinheiro para comprar ( não comprava para não gastar ) coisas básicas para o lazer; não comprava e nem deixava marido comprar.

    Hoje e quando vejo meus colegas dizerem que estão no vermelho e que o dinheiro não vai chegar até o fim do mês, eu penso no quanto em termos econômicos minha vida mudou.

    Hoje eu não admito comprar nada a prazo. Junto dois ou três meses e vou de loja em loja ver quem me faz o preço mais barato. È muito melhor. Dia desses fui à loja de eletrõnicos com uma amiga e vendo o quanto de juros ela pagaria numa compra a prazo; gritei: -Prá que tu vai comprar isso assim? Olha o preço final. A atendente da loja ficou sem jeito e minha amiga também. Eu sofro do mal da espontâneidade.

    Eu sinto também que não sou uma pessoa muito generosa quando o asssunto é dinheiro. Meu marido foi o que me ensinou a doar mais. Talvez eu não seja generosa nem comigo mesma, pois podendo comprar um carro ( esse a prestação; é claro ) não compro por ter medo de gastar. Podendo ter algo comum que é um NoT, prefiro ficar com meu velho computador de mesa. E hoje eu penso que: se vivo o momento porque não ser mais cigarra do que formiga.

    E quando vejo alguma cigarra ( da fábula original ) chegar perto de mim, chego a suar.

    Penso que sou formiga, mas preciso de uns 50 tons (rsrs) de cigarra.

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  3. Infelizmente eu tô mais pra cigarra... mas quem sabe me converto? Vou pra Universal...kkkk

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  4. Oi

    Muito legal seu post, vejo isso na minha familia, meu pai é cigarra e minha mãe formiga, fico pensando que modelo seria o melhor pra mim? E vejo desvantagens e vantagens dos dois lados e não consigo me decidir, conversando com meu irmao ele acha que devemos pegar o bom dos dois lados e trazer pra nossa vida. Seja lá o lado que formos escolher ser, temos que ser felizes do jeito que somos.

    Um abraço

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  5. Que saudade de ler seus posts!

    Olha, acho que olhando por esta perspectiva, eu também sou formiga. Sou tão comedida na hora de gastar que às vezes me arrependo pelo que deixei de comprar, embora trabalhe feito uma condenada para ter meu dinheirinho... Agora em dezembro já estou fazendo cálculos até fevereiro para não entrar com dívida no ano novo.

    Talvez pelos mesmos motivos que os seus, prefiro me precaver para depois não ter que depender da boa vontade dos outros. Não sou de guardar dinheiro, mas pelo menos mantenho crédito na praça para alguma eventualidade.

    Tudo está relacionado com o que faz a gente se sentir bem. Você, eu e formigas em geral sentimos prazer com a segurança, outras pessoas, no entanto, sentem prazer com o descontrole, a incerteza,se aventurando e vendo no que dá.

    Um abração, feliz ano novo e não suma desse blog!

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  6. É minha amiga, na verdade o mundo é dividido entre bons e maus. Faço de tudo para ficar nprimeiro grupo.

    Bj

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  7. Não sei não...

    Acabei de ler a tua postagem. Fui para a primeira fábula. Depois para a segunda. Dei uma olhadinha em tudo, inclusive nos comentários primeiros aqui. Olhei (na mente) para minha vida e em particular acredito que tenho os dois, deixando a parte do gastar mais, com minha esposa, que organiza melhor as coisas que eu.

    Acredito que devemos sim, ter os dois lados, tanto o da formiga quanto o da cigarra. E porque não? Veja o fato da amiga aqui que diz que gostaria de ter um not novo mais ainda continua com o pc de mesa. São dois pólos extremamente interessantes. Assim como também tem o caso de que algumas pessoas, que gastam, apenas gastam, fazem loucuras sem planejamentos e terminam por se ferrar, literalmente, e entrar em parafusos. Depois que estão atolados em dívidas vão para a igreja universal (nada contra igrejas) do "Pedir Mais cedo", tentar recuperar o que perdeu em suas falta de administração.

    Hoje em dia com as facilidades de comunicação em todos os lugares que você for ou estiver, tem até cursos de administração do tempo, do dinheiro, das finanças, etc... Compete a cada um analisar qual o melhor caminho.

    Ainda continuo à pensar que não tem como ser formiga apenas (isso é sovinice) ou cigarra (isso é burrice), mas colocando os pontos nos is, podemos fazer com que esta passagem de vida que estamos possa ser um carrossel, nas horas boas, ou uma eterna tempestade para os que não sabem o que é viver a vida.

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  8. Passando para desejar um Natal de muita luz e paz!
    Que 2013 possa te trazer as respostas para todas ou senão algumas de suas respostas.
    Beijos no Coração.

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  9. Oi Chris...
    Concordo e entendo o que voce expôs... no entanto discordo de uma parte no final onde vc diz que "uma cigarra nunca será uma formiga e vice versa".
    Já fui cigarra e hoje sou formiga. mas nunca fui cigarra a ponto de ficar sem crédito, mas já me arrisquei a ponto de "vendaer o jantar para pagar o almoço". Aprendi com a vida, as dificuldades que o almoço vem antes e ao longo do tempo, me tornei formiga, pensando mais no dia de amanhã do que no prazer de hoje.
    Não digo que sou feliz com isso, afinal o dia de amanhã, ainda não nos pertence e o prazer de hoje, pode não ter volta. Mas... fazer o que? faz parte da natureza da formiga poupar para o inverno.... se ele vier.

    abraços Dama.... adorei o post.

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  10. Eu definitivamente sou uma formiga! Sempre fui muito controlada (em tudo) e pretendo seguir assim. Às vezes eu me permito extrapolar um pouquinho, mas só se houver um bom motivo (para uma viagem, por exemplo). Mas mesmo assim minhas "extrapoladas" são friamente calculadas! Nunca gostei de meter os pés pelas mãos, a vida já é complicada demais sem estes atos inconsequentes.

    Beijo!

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  11. ois dama! também ja li a fábula, e essa história minha mãe me contava quando eu era criança. eu me considero uma cigarra, mais eu não gasto muito. só que eu junto de 500 reais, uns 200 por mês, e os outros 300, aí eu gasto mesmo, principalmente com perfumes. eu adoro perfume novo. não sei se a cegueira contribue pra isso, mais eu adoro sentir em mim mesma um cheiro diferente, não gosto de sempre usar as mesmas coisas. eu estou tentando me controlar mais, pois ano que vem eu vou me casar, daí tenho que parar de gastar. mais não passo vontade nem de comer nem de ir pacear. se surgir oportunidade, deixo de guardar mesmo que sejam esses 200 reais, pra viver um dia diferente, seja num restaurante, ou num lugar que eu ainda não conheço! beijos! ah, ótimo post.

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  12. Concordo com vc, Dama.
    E também posso dizer com toda convicção que sou a formiga: daquelas que pensa 1 milhão de vezes antes de fazer qualquer coisa que envolva dinheiro, justamente pelo fato de não ter com quem contar! Alguns me chamam de pão dura, mas no fundo sabem que eu sou é econômica!
    E sim... as formigas se incomodam muito mais com as cigarras do que vice-versa. Mas acho que é pelo fato de que as cigarras não se importam muito com nada! Vivem como se nada fosse dar errado... enfim... acho que é isso!

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  13. Sempre fui formiga, sempre fui cuidadosa e consciente. Lemnbro que a primeira "grande" dívida que entrei foi quando comprei meu primeiro computador e depois entrei na faculdade. A partir de então jamais voltei a ter uma vida financeira estável, sempre estou no limite entre o endividado e o certinho, digamos assim. O único cuidado que tomo com rigor é sobre não atrasar as contas e não deixar negativar meu nome.. Mas queria mto ser mais organizada. =/

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  14. OI Dama!

    Sem querer parecer arrogante ( não sei se essa é a palavra que se encaixa...) acho que fomos separadas na maternidade,rsrsrs.
    Caracas, o modo como você se descreveu...eu me vi ali. Sou formiga desde criança. Aprendi desde pequena a poupar e sempre vivi assim, tenho que ter uma reserva senão eu piro. Ao me arriscar, já vi e revi, calculei e recalculei os riscos. Tenho uma super amiga que também é assim e volta e meia quando conversamos comentamos o quanto é difícil de conviver com cigarras. Meu namorado é extremamente cigarra e isso atrapalha demais, está se tornando insuportável (mas aí já outro post...).
    Não acho que ser formiga é ser sovina (andei dando uma lida nos coments), sovina é aquele que não gasta em nada, não se proporciona conforto, nem diversão. Eu, muito pelo contrário, gasto com o meu conforto e gosto de presentear os amigos etc, apenas procuro fazê-lo da melhor maneira possível, não saio rasgando dinheiro. Conheço cigarras que gastam o seu e o dos outros e não estão nem aí!
    Fico com a minha segurança.

    Beijos, Renata
    palpitandsoemtudo

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  15. Tenho meus momentos cigarra claro, mas estou aprendendo a ser formiga!
    Tenho a personalidade mais previnida!
    Gostei do texto e dá comparação! Parabens!

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  16. Caralho, que post foda! Ok, todos são, mas esse é um pouco mais por eu ter achado você muito sensível em dizer que existem vários tons de formiga e de cigarra, e isso foi muito inteligente, e se aplica a todos os demais bichos existentes na sociedade... rs Talvez se todos fossem como você, nós desconheceríamos uma face da ignorância chamada "generalização" que me irrita tanto!

    E me identifiquei na parte da agonia que tu sente em relação ao modo de seu pai encarar as finanças. Minha mãe é a mesma coisa. Ô mulherzinha pra fazer dívidas, viu... Não controla nada, não pensa no futuro... Isso também me dá certa agonia, porque eu já sou mais de poupar dinheiro (mas não tanto, pois não sou que nem a mulher que não ia num restaurante há mais de 15 anos, de tanto que era murrinha, como passou no globo Repórter, certa vez). Acho que a gente não pode sair comprando a primeira coisa que vê, mas também não pode passar a vida toda entochando dinheiro num colchão, pois nunca sabemos o dia de amanhã, se estaremos vivos, ou não.

    Acho que tudo parte do nosso bom senso e autocontrole pra saber administrar o nosso dinheiro de forma eficiente, tanto pra não faltar nada no presente quanto no futuro.

    E sabe aqueles dois ditados: "quem muito quer, nada tem" e "quem guarda tem"? Pois é. Se aplica às finanças também, porque quem muito quer, nada tem. Que que adianta comprar o mundo inteiro de uma vez só a prestação e não dar conta depois de pagar?

    E quem guarda tem, realmente. De tanto eu guardar, acabo comprando meu livros e CDs sem ter que pedir pros meus pais. E uma parte do show da Gaga, também foi com dinheiro que eu havia guardado. E, mesmo depois de ter comprado o ingresso, voltei a juntar dinheiro, que me ajudou muito pra pagar o taxi e as besteiras que precisei comprar pro dia do show em si.

    Beijo, Cris! Saudades de você todos os dias lá no Face.

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  17. sem dúvidas eu sou uma formiguinha!

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  18. Já ouvi essa história algumas vezes e pra dizer a verdade, como vc bem colocou, não há certo e nem errado, nem verdades absolutas, modelos a serem seguidos. Horas sou mais precavida, outras sou mais esbanjadora. Depende mais do meu momento interno do que ter a ver com coisas externas. Tem horas que me sinto mais segura e inclinada a ser cigarra, outras necessitando ser mais formiga. Mas, tanto sendo uma como outra, sempre pesei pelo bom senso. Pois até os mais descontrolados - q não é o meu caso tanto assim - possuem sua parcela de limitações - alguns, tb né? rs.

    Belo post!

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  19. No mundo perfeito a gente deveria ser formiga nos dias uteis e cigarra no final de semana.

    Mas o mundo não eh perfeito e eu sou formiga que acaba de mudar de fase de solteiro para casado. E carregando açúcar para organizar a nova fase. :)

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  20. Acho que sou um pouquinho de cada uma. Penso no futuro e faço as minhas reservas, principalemnte porque tenho descendentes. Mesmo que não tivesse, penso na velhice. Muito ruim ter que depender financeiramente de alguém nessa hora. No mais, não deixo de fazer os meu caprichos - são pequenos, mas aos olhos alheios pode parecer extravagância. Sabe que não sou consumista, então, dá para equilibrar o presente com o futuro!
    Acho que você virou uma formiga radical por causa do seu pai cigarra radical! (rs*)
    Beijus,

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  21. Acho que eu seria uma especie de hibrido, uma formiga que nao deixa de cantar.

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  22. Olha, antigamente não tinha noção nenhuma do quanto gastava. Era completamente descontrolada. Sempre estava com os cartões de crédito estourados, fora o limite do cheque especial. Uma loucura. Vivi alguns anos assim. E nem me importava. Estava feliz e satisfeita dessa maneira.

    Ao começar a namorar, vi que tinhas algumas questões completamente divergentes ao comparar com a postura da minha namorada (sempre muito precavida ao gastar dinheiro, fora a poupança que ela mantinha). Após me dar uma lição de controle emocional e financeiro, vejo que hoje minha situação financeira é muito melhor. Sem sombra de dúvidas. Não tenho mais X cartões de crédito, possuo apenas um. Não utilizo cheque especial, visto que após pagar minhas contas, tenho sempre uma reserva surpreendente no banco.

    Não rola mais aquele descontrole. Fora que já tenho uma idade avançadinha e preciso urgentemente juntar grana para sair de casa... Então, nada melhor que saber administrar meu dinheiro...

    Beijos

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  23. Oi Dama!
    Eu conheço os dois tipos de pessoa.
    Eu sou formiga. As vezes gasto um pouco mais comigo porque eu deixo chegar num ponto de não ter nada.Chego a passar um ano sem comprar uma peça de roupa, sapato, maquiagem, nada. Aí aparece algum evento importante que eu preciso ir, e eu tenho que comprar tudo de uma vez só, o que acaba ficando mais caro do que se eu comprasse uma coisinha ou outra de vez em quando. Nesse ano eu tive muitas formaturas e festas na escola das crianças e dei uma boa abastecida na minha necessaire. Não precisarei de algo tão cedo e estou prevenida. rs
    Mas fora isso eu sou bem responsável. Gosto também de ter uma reserva, tenho medo do futuro e fico besta de ver como tem gente que vive apenas o hoje. Gente até que tem filhos e não pensam no futuro deles. Eu tenho um primo assim.
    Ele é policial, ganha pouco como todo mundo sabe,mas anda de Astra com banco de couro e comprou agora uma moto de 32.000,00. Tem um filho pequeno que não desfruta dessa moto, e se ele tiver juízo nunca irá. Então penso que foi egoismo dele investir em algo tão caro só pra ele. Mas meu primo sempre foi e sempre será uma cigarra. rs
    Quem vive melhor? Sei lá! kkkk
    Querida, boas festas pra você também, obrigada pela parceria ao longo desse ano, e te desejo um 2013 abençoado!
    Super beijo!

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  24. Que perfeito seu texto, essa leitura da fábula super conhecida, mas vista só pelo mesmo prisma. Confesso que sou comedida na hora dos gastos, até porque tenho que me sustentar e pagar as contas, mas às vezes me dá muita vontade de ter algumas coisas que são desejos pra mim, porém minha mão financeira não dá pra tanto e me domino. Sou mais formiga que cigarra.

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  25. Dama, eu acho que eu tô mais pra cigarra. Porém, não uma cigarra extrema, sabe? Uma cigarra com umas pitadas de formiga. É bom se arriscar, mas não sempre. É bom atirar no escuro, mas não a vida toda. É bom fazer loucuras, mas não durante a vida inteira. Acho que tem que ser uma coisa dosada.

    Adorei o texto, bem reflexivo.

    :*

    Sacudindo Palavras

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