quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pessoas mais velhas me interessam...


Continuo sem tesão nenhum para postar, para blog e tudo que envolve a blogoesfera, me deu uma preguiça de tudo aqui. Espero que uma hora dessa passe. Mas eu já tinha esse post nos meus rascunhos e vou publicar para não ficar perdido.


As pessoas que seguem meu blog há um tempo, sabem do meu medo de envelhecer. Que beira a uma espécie de fobia. Não tenho medo só do aspecto estético da coisa, mas de tudo que vem com a velhice, o preconceito, o abandono, a falta de saúde, limitação de movimentos. E por mais que as pessoas digam que lidam bem com a velhice, experimente elogiar e dizer que elas parecem mais jovens, que essas mesmas pessoas que dizem curtir seu envelhecimento, vão achar o máximo aparentar menos idade.


Todos nós que vivemos numa cultura ocidental, achamos desagradável o envelhecimento. O velho é tido como alguém que passou da época, que não pode ter sexualidade, é como se a pessoa que envelhecesse não pudesse mais sonhar como qualquer outra pessoa, como se não pudesse desejar o que todos desejam. Acho muito cruel o que fazem com os velhos na nossa sociedade.

A mulher por sua vez, sofre ainda mais com a velhice. A mulher tida como velha é uma mulher fora da "competição", um artigo que perdeu a validade, que precisa ser recolhido para o estoque, sair da vitrine. E nenhuma mulher quer isso, ela aceitando ou não seu envelhecimento, ela quer se sentir viva e tendo possibilidades.

Pode parecer um paradoxo o que vou dizer e na verdade é. Luto muito contra o envelhecimento do meu corpo e creio que vá lutar sempre, mas acho lindo quem assume as marcas do tempo, quem não pinta os cabelos, assume suas rugas, principalmente as artistas que seguem essa linha, acho de uma coragem sem fim.


Estranhamente, mesmo eu tendo fobia de envelhecer, não tenho aversão por pessoas mais velhas, muito pelo contrário, elas me interessam e muito. Acho, sinceramente, que quem viveu mais tem mais o que contar, chegou a mais conclusões. A vivência traz um charme que só quem tem mais idade possui.

Perco a conta das pessoas mais velhas de quem sou fã: Ney Matogrosso, Bibi Ferreira, Maria Bethânia, Marília Gabriela, e tanta outras que já passaram dos 60. Não que passar dos sessenta seja o marco da velhice. Mas certamente na nossa sociedade cruel, a pessoa é tida como pelo menos não jovem; daí para velho mesmo.

Arriscaria mesmo a dizer que homens jovens são excitantes de ser ver. Normalmente eles me chamam a atenção, mas tenho uma convicção interna que só conseguiria me apaixonar realmente por um da minha idade ou mais velho. Devido a esse algo mais que a pessoa possui, que não tem muito como explicar de onde vem, senão da vivência.

Todos vocês repararam que não usei a palavra idoso, porque acho só uma forma politicamente correta de rotular quem é velho. Velho é velho e pronto, não tem porque ficar floreando palavrinhas, como se faz com afro-descendentes, ou homoafetivos, se ninguém no popular, no dia a dia mesmo, usa esses termos. Então estou usando a palavra velho no seu sentido real e não pejorativo.

E para finalizar deixo aqui a primeira parte de uma entrevista deliciosa que Bethânia deu para o Sem Censura. Ali podemos perceber uma pessoa que tem as marcas do tempo no corpo, se orgulha disso, mas uma alma de menina e um bom humor delicioso. Fica para quem gostar e tiver paciência assistir.


terça-feira, 12 de junho de 2012

Parabéns pelo aniversário, Ben!!

Bem, gente, cá estou eu de volta, mas hoje para fazer uma pequena homenagem, um vídeo fofo, uma surpresa para um cara que conheço há pouco tempo, mas que tem me feito bastante bem estreitar um relacionamento, que posso chamar de amoroso, embora ainda virtual. Ainda não nos encontramos pessoalmente, mas é só uma questão de tempo.

Ben, querido, espero que goste!!!!!

E para o resto do pessoal que me acompanha, é uma oportunidade de ver a Dama de Cinzas, que muitos acham misteriosa, sem máscaras... rs

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sobre meu aniversário...

Agradeço a todos que me felicitaram pelo meu aniversário! Acho que juntando mensagens no meu mural, mensagens off, email e msn, passou de uma centena de gente me felicitando no virtual. Já na vida real, foram dois telefonemas e três mensagens de celular, o que prova o que venho pensando sobre mim, sem dramas, claro. Tenho uma existência maior no mundo como avatar, nick, blogueira, participante de redes sociais, enfim, tenho uma existencial virtual forte e uma real quase inexistente. Até minha mãe esquece meu aniversário. Não que me importe de verdade se alguém esquecer essa data, o problema reside em todos os outros dias do ano que são exatamente do mesmo jeito.

Talvez o problema esteja em mim. Acho mesmo que o problema está em mim, nas escolhas que fiz, no jeito que sou e encaro a vida. Vai ver esse é a fatia que me cabe nesse grande bolo.

domingo, 13 de maio de 2012

Que destino dou a minha vida de blogueira?


A verdade é que nunca fiquei tanto tempo em algo da internet. Este blog faz cinco anos de existência em agosto e ele sempre foi meu queridinho, aqui eu vinha com o maior prazer do mundo escrever minhas alegrias, opinões, dúvidas e tristezas. No entanto de um tempo para cá fui cansando de tudo. Cansando das interpretações erradas que sempre rolam, cansando da falta de sensibilidade de algumas pessoas quando estamos mais frágeis, cansando da obrigação de retribuir visitas, cansando de escrever posts, enfim o que era um prazer estava virando uma espécie de obrigação e blog não pode ser obrigação, exceto se tiver um retorno financeiro, que não é meu caso.

Claro que ter um blog não é só chateação, muito pelo contrário o saldo para mim sempre foi positivo, o número de pessoas legais sempre foi maior. Tem vários blogueiros que curto muito e ainda continuo visitando e lendo em silêncio, porque optei por não comentar nenhum blog nesse período, para não parecer que eu continuava dando atenção a uns e desprezando outros. Então continuarei seguindo esses blogueiros.

Uma colega de trabalho, que não é muito próxima de mim, me disse dia desses que ando desanimada para fazer as coisas. Fiquei intrigada com a observação dela, passei a analisar e realmente vi que andei parando com uma série de coisas na minha vida. Na verdade ando sentindo como se minha vida estivesse velha, como se tudo não estivesse funcionando mais. Assim feito uma casa velha, que vai dando defeito em tudo e precisa de uma obra que mude tudo. Não, gente, não é depressão, antes que alguém me diga isso, sei o que é depressão e estou longe disso.

Por outro lado não aguento mais mudanças. Tudo que fiz na minha vida toda foi mudar, mudar e mudar. Vai ver que por isso me sinta tão vazia do essencial. Parece que nessa série de mudanças fui perdendo coisas importantes pelo caminho e hoje sinto que minha vida está estranha, sem referências.

Mas procuro ser sempre fiel aos meus sentimentos. Se algo não está funcionando, preciso dar uma parada naquilo, mesmo que seja para não substituir por nada imediatamente, já que a vida se encarrega de fazer isso. Então acho que é por aí! Estou fazendo uma espécie de limpeza do que não está funcionando e não estou desesperada para colocar imediatamente algo no lugar. Vou confiar que a vida vai me mostrar novos caminhos com o tempo.

Quanto ao blog, ainda não sei o que farei com ele. Certamente isso aqui não é uma despedida, não estou dizendo que vou deletar o blog, nada disso, continuo gostando muito do meu blog. Acho que é uma especie de explicação, caso eu fique muito tempo sem participar da blogosfera, como vim fazendo todos esses anos.

Até breve.

P.S.: Agradeço a todos que gentilmente comentaram meu post anterior, mesmo eu estando afastada da blogosfera. Os comentários de vocês me ajudaram muito a ver a situação por outros ângulos e foi importante para digerir tudo.
Não costumo remoer raiva porque acho que isso faz mal para a saúde. Mas eu guardo o nome da pessoa e espero calmamente a hora de uma revanche, nesse caso a vida ainda vai me dar a oportunidade de pelo menos falar para esse cara o que penso dele.
A única coisa chata que ficou da situação é que ouço diariamente a voz do infeliz no nextel da mãe dele que é minha vizinha de porta e fala com ele o tempo todo. E ontem tive o desprazer de vê-lo, coisa que naturalmente volta e meia vai acontecer. Numa dessas surge a oportunidade que quero. Esses acontecimentos me fazem lembrar da situação, mas também nada que seja um drama. Bola pra frente que isso já tá superado!

sábado, 28 de abril de 2012

Nunca estamos livre de um canalha!


Mesmo dando um tempo no blog, preciso vir aqui contar algo surreal que aconteceu comigo no campo dos relacionamentos amorosos. Na verdade, gostaria da opinião tanto masculina, quanto feminina. Foi difícil para mim digerir toda a situação, amarguei uns dias em que me senti a pior das criaturas. O lado bom é que saio cada vez mais rápido desse tipo de decepção, geralmente em três dias. Mas confesso que ficou um resto de situação mal resolvida dentro de mim, que gerou uma tristeza. Não por conta do sujeito, mas por questões internas minha mesmo.

Vamos lá para o que aconteceu:

Era sábado, a tarde, minha casa uma bagunça, eu descongelando minha geladeira para limpar, quando toca o interfone do meu apartamento. Eu atendo e um rapaz se identifica como M., filho da minha vizinha de porta aqui no prédio, dizendo que precisava muito falar comigo. Na mesma hora imaginei coisas terríveis. Que alguém tinha morrido, que eu tinha feito algo muito errado e tal. Eu abro o portão da rua, porque ele não mora com a mãe, mora em outra cidade e estava chegando para visitá-la.

Entra no meu apartamento e já vai se desculpando por um dia que tocou meu interfone as 3 da madrugada para que eu abrisse o portão do prédio. Disse que não tinha tido importância que não fiquei chateada. Daí ele diz que tem uma segunda coisa para me dizer. Que me achava muito linda e que estava a fim de mim há anos, mas como eu era casada, ele foi sempre adiando se abrir e mesmo assim faltava coragem e oportunidade para confessar seus sentimentos.

Confesso que fiquei sem saber o que responder, apesar dele me atrair fisicamente, algo só de vista, porque nunca tinha conversado com ele e nunca tinha percebido nada. O convidei para sentar no sofá e conversamos por umas duas horas. Ele sempre contando de todas as tentativas de se aproximar de mim, inclusive de um dia que ele tocou na minha porta e meu ex atendeu.

Bem, depois da conversa, disse que iria para a casa da mãe dele, mas que não contaria nada para ela por conta dela ser braba, ciumenta e tal, que falaria no momento certo. E também me perguntou o que iria fazer a noite. Eu tinha um compromisso mas desmarquei. Então me mandou algumas mensagens, acertamos como nós sairíamos. E fomos de carro, paramos num lugar, mas ele disse que não estava muito bem do intestino, se a gente poderia ir para o meu apartamento, que ele compraria um vinho e cervejas. Eu disse que sim.

Chegando de volta no meu apartamento. Conversamos, bebemos vinho, tudo parecia perfeito, do tipo comédia romântica melosa, ou anúncio de perfume importado, algo nessa linha. Ele sempre dizendo que se sentia aliviado de ter contado e tal. E agia de forma assim como se não quisesse só uma transa, não tentava nada, não tentava nem me beijar. E fomos bebendo vinho. Até que uma hora nos beijamos e rolou altas declarações de primeiro encontro, confissões, dentre outras coisas. Como te disse o cenário parecia coisa de filme mesmo.

Acho que a combinação vinho e cerveja, fez a gente contar um para o outro particularidades de nossa vida. E a coisa transcorreu assim até umas 2 e meia da madrugada, quando, dizendo que a gente estava dentro de um compromisso, ele se despede normalmente e vai embora. Não tentou uma transa, então estava descartada para mim a hipótese de que queria só transar.

No dia seguinte acordo por volta de meio dia e mando uma mensagem para o celular dele. Duas horas se passaram e nenhuma resposta. Vejo que ele tava on e postando coisas no Facebook e mando uma mensagem para ele no Face. E nada, nenhuma resposta.

Em resumo, porque o post está ficando grande, a criatura desapareceu completamente e nem fez questão de demonstrar que não podia se comunicar. Ouvia ele falando alto no apartamento da minha vizinha. Depois fiquei sabendo que ele dormiu de domingo para segunda sozinho no apartamento da mãe. Enfim, o sujeito me deletou e ignorou completamente. E assim ficou.

Aí vem minha pergunta para os homens e mulheres de plantão que leem meu blog. O que faz um homem tocar a campainha de uma mulher, dizer tudo que disse, não tentar uma transa e sumir, sem nem um tchau??!

Depois de passar e repassar, em minha mente, tudo que conversamos e as atitudes que ele teve, cheguei a algumas conclusões. E uma dessas conclusões acho que todos vão concordar. O cara é um canalha insensível, porque não vi qual o proveito que ele tirou disso tudo. Se ele tivesse transado comigo, poderia dizer que era isso que queria. Afinal o que ele queria? Tirar minha paz? Detonar minha autoestima? Porque a impressão que ficou é como se tivesse algo pessoal contra mim e armou um cenário para me detonar.

Hoje já está tudo digerido. Mas ainda luto com algumas questões internas minhas, mas isso não tem muito a ver com ele, apesar de ter sido ele quem desencadeou esse processo.

Então fico aguardando opiniões e claro que escrever aqui é mais uma maneira de expurgar essa história.