domingo, 26 de setembro de 2010

Fases ruins...

Quem de nós não teve aquela época na vida, que um buraco negro se abre e suga toda a sua sensação de bem-estar? São aborrecimentos, problemas, desavenças, términos, enfim, tudo que é difícil lidar, resolver, administrar, de uma só vez. É como estar num fogo cruzado e só nos resta, tentar achar uma saída, mesmo sem nenhuma condição psicológica para tal...

Sim... me encontro numa fase dessa. E quando achava que já estava no meu limite, aparece mais "bombardeios" para me atordoar ainda mais... Não vou entrar em detalhes aqui do que seria, porque sinceramente não gosto de desabafar quando estou dentro da situação estressante, exceto para algumas poucas pessoas que conseguem me fazer pensar melhor... No geral, quando desabafo, me aborreço ainda mais, porque vem os consolos com frases feitas, as soluções politicamente corretas. Vixe! Essas soluções politicamente correta, me tiram completamente do sério, são aquelas do tipo "faço o que digo, mas não faça o que eu faço"! Então por isso gosto de deixar a situação passar e depois comentar...

De qualquer maneira todos nós passamos por essas fases ruins e é sobre elas que quero comentar. De como nos sentimos abandonados nessas fases. O que percebo é que o mundo está tão preocupado em esconder suas mazelas, demonstrando uma alegria contagiante e permanente, essa farsa toma tanto tempo e energia da vida das pessoas, que ninguém simplesmente tem paciência quando percebe que alguém não está muito bem. A infelicidade alheia é um espelho do lixo que está embaixo do tapete de cada um de nós. E rapidamente nos afastamos, com medo de sermos contagiados com aquele clima pesado e não conseguirmos mais demonstrar que somos muito felizes...

E me cansa tanto reparar isso em todos, e em mim mesma também, porque ajo dessa forma quando as coisas vão bem. A minha reação a tudo isso, quando estou mal, é de me fechar. É como se eu visse o lado podre das pessoas, mesquinhas, autocentradas, egoístas! Preocupadas com suas "perfumarias"! E me enoja saber que também ajo assim quando estou bem, ignorando a infelicidade alheia.

Tudo isso porque tristeza, depressão, infelicidade é algo inaceitável na nossa sociedade. Se você está mal, que seja banido para a ilha dos infelizes e deixe a sociedade funcionar, feliz e bela. Sim, você passa a ser visto como alguém que não merece pertencer ao mundo. Vá se tratar! Vá se resolver! Vá encontrar uma solução! Vá se fuder, mas não atrapalhe o teatro da felicidade!

Tudo que a gente precisa quando tá triste, preocupado, chateado, é tão pouco! É um colo, um "eu entendo", um abraço. Não precisamos de soluções, porque essas só nós mesmos podemos encontrar, precisamos de um ombro e é tudo o que menos percebemos e recebemos, porque não se pode ser triste, não se pode ser infeliz, precisamos continuar fingindo que estamos bem, mesmo destroçados por dentro...

E você? Se sente compreendido, aceito pelo mundo, quando está triste?

domingo, 19 de setembro de 2010

Afinidades seguram uma relação?


Afinidades é o que buscamos num relacionamento? Sempre me pergunto sobre isso, porque no meu círculo de amizades mais próxima, percebo que as pessoas pensam tão diferente de mim em tantos pontos. Então fico me peguntando o que foi exatamente o que nos aproximou... Por que continuamos funcionando juntos se discordamos tanto?

Já perceberam que quando uma pessoa é muito igualzinha a você em tudo, a coisa pode ser tornar monótona, irritante, ou mesmo impraticável...

Monótona, porque a pessoa nunca te traz um olhar diferente da situação, ela enxerga tudo do jeitinho que você percebe, e fica mesmo aquela coisa de constatar a concordância. Irritante e impraticável, fica por conta dos defeitos iguais.

Nossa!! Para mim é a morte ter que lidar com pessoas que tenham os mesmos defeitos que eu. Que tenham as mesmas picuinhas, as mesmas implicâncias. É essencial que o outro consiga "amortecer" meu lado negativo, da mesma forma que eu possa amortecer o dela. Mas os dois sendo tão parecidos, que os defeitos são iguais, o choque é inevitável...

E parece uma queda de braço eterna. E ai é em todos os níveis de relacionamento, familiar, amizade, amoroso.


Confesso que tem pessoas que tem tantas afinidades comigo, que me enxergo tanto nela, que acaba sendo um espelho que reflete o que não gosto também, São as afinidades negativas, ou seja, em tudo que fraquejo, aquela pessoa também fraqueja, tudo que tenho medo ela também tem... nossa! São relações que me dão agonia e tendo a não seguir com elas. Já basta eu conviver com o que não gosto em mim, já que não posso me evitar, nem me ausentar de mim mesma... rs.

Não acredito também nessa coisa de que os opostos se atraem! Isso vale pra Física, não pra seres humanos! Quero lá saber de gente oposta a mim!! Imagina uma pessoa que gosta de tudo que detesto, que se diverte com coisas que me dão tédio, que dá valor a coisas que julgo idiota! Como pode opostos se atraírem?

O que esquenta uma relação, o que faz funcionar, é uma dose de afinidades e uma combinação exata de defeitos. Sim!! Defeitos bem combinados, ou seja, seu amigo é paciente, mas você não é, no entanto ele não é tão bem humorado e você é uma pessoa alto astral. Seu amigo é detalhista demais e você é mais relaxado, já vocé é implicante e ele releva tudo. Gente! Imagina dois implicantes juntos? Dois estourados? Dois mal humorados? Acho que só dois fofoqueiros é que se dão bem... rs...

Leve tudo isso para o relacionamento amoroso que vale do mesmo jeito...


Mas para diferentes conviverem bem, tem que haver uma boa dose de respeito. Acho que é isso que verifico com minhas amizades. Somos diferentes, percebemos isso, convivemos e aceitamos esse fato. Claro que não vem de uma forma pacífica. Tem que haver disposição de ambas as partes, tem que existir tolerância, boa vontade com o outro, sem isso, mesmo que existam muitas afinidades, a coisa não funciona...

domingo, 12 de setembro de 2010

Sobre suicídio e superação...


Dia 10 de setembro foi o Dia Internacional de Prevenção do Suicídio... Resolvi tocar nesse assunto que algumas pessoas que acompanham meu blog já sabem, mas a maioria deve desconhecer. Já tentei o suicídio três vezes. Duas com ingestão de substâncias entorpecentes e uma com gás...

A primeira vez que pensei verdadeiramente em suicídio, tinha 17 anos. Durante toda minha adolescência vivi circunstâncias bem difíceis, minha vida estava um lixo, meu grau de insatisfação com tudo ao meu redor era altíssimo, achava de verdade que não tinha mais nada o que fazer aqui... O que me salvou, na época, foi ler o livro Nosso Lar, sim, esse que fizeram o filme que está nos cinemas... Um amigo do meu irmão, meio que ofereceu o livro e ele pegou sem muita convicção de que queria ler, jogou em cima da TV. Vi o livro, dei uma folheada e acabei lendo de uma só vez. Acasos não existem... Ali foi bloqueada a minha primeira tentativa de suicídio que estava toda programada em minha mente. Simpatizei de cara com a doutrina espírita...

Anos depois a pressão foi tão grande que não aguentei tentei o suicídio ligando o gás e ficando em frente ao fogão, sentada no chão com a porta do forno aberta... Fui salva pelos meus pais que voltaram antes do tempo previsto. Fiquei dois dias hospitalizada...

Mais uns anos depois, tentei duas vezes o suicídio com a própria droga que me viciei... Uns comprimidos barra pesada... Da última vez, a minha certeza e tristeza por desistir da vida eram tão grandes, que eu tomava os comprimidos, chorava e sentia um vazio como nunca senti... Acho que tomei mais de 40 comprimidos e os ingeria com cerveja, no final tomei uma boa dose de vodka. No momento do suicídio se precisa de coragem para fazer essa loucura, não é algo fácil como deitar e dormir, é uma decisão definitiva e a assustadora... Acordei com um médico me aplicando injeções... Na verdade a droga teria me matado se meu corpo não tivesse desenvolvido tanta tolerância pelo uso contínuo dos tais comprimidos... No último estágio do meu vício, sequer conseguia ficar de pé, me arrastava pelo chão, dormia na rua, foram tantas outras situações degradantes que a droga me levou e leva qualquer um que se vicie...

Depois dessa última tentativa de suicídio, fiz o caminho de volta das drogas e digo que é algo terrível... Entrar nelas é uma facilidade imensa, porque ela alivia instantaneamente qualquer infelicidade, para depois virar o motivo da infelicidade; sair delas é o inferno na terra... Porque lidamos não só com a destruição do corpo, mas a destruição social. Me via sozinha, desempregrada, sem o cara que amava, sem credibilidade... Temos que refazer todas as nossas metas, recriar a autoestima, enfim se reconstruir novamente como ser humano. E só quem viu, ou passou por isso de perto sabe o que é!


Nessa época, retomei minha religião, o que me deu forças, li muitos e muitos livros espíritas, acredito na reencarnação e não quero aqui convencer ninguém, cada um acredita ou desacredita no que quiser. Como disse o Clodovil uma vez: - Eu acredito na reencarnação, se ela não existir, pelo menos ter acreditado nisso me fez ser alguém um pouco melhor...

Finalmente tomei coragem e enfrentei o problema que me levava a tentar o suicídio e a me drogar. Consegui dar a volta por cima e hoje, anos depois, minha vida é totalmente diferente, não uso mais drogas, nem quero voltar... Não penso mais em suicídio, mesmo que em muitos momentos a vida me canse tanto que tenha vontade de morrer de morte natural... Mas isso é outra coisa, tem a ver com cansaço da luta e menos com vontade real de morrer...

Hoje me orgulho da vida que construi, porque ela foi refeita com meu esforço, com todos achando que eu iria fraquejar, que não iria aguentar, que voltaria às drogas, que não conseguiria arrumar emprego... Então tomei tudo isso como incentivo pra dar uma virada total e dei! Em outra época eu causava repulsa, ninguém me queria por perto. Hoje garanto que muita gente gostaria de ter a vida que tenho! Devo dizer que minha mãe me ajudou com seu apoio! Ela é uma pessoa de temperamento muito difícil, mas nas horas ruins foi ela que esteve ao meu lado. Foi a única que acreditou que existia uma chance de me modificar... Por isso relevo muita coisa dela, e a tenho como uma pessoa muito querida! Ela pode contar comigo!

Sempre gosto de mostrar os caminhos que trilhei e que não me orgulho. Assim todos podem ver que ninguém é tão perfeitinho, tão bonitinho, tão fortinho, tão bonzinho, como se aparenta de uma forma em geral... Há muita sujeira embaixo do tapete. Podem ter certeza disso! Pode não ser uma sujeira igual a minha, ou tão grande quanto a minha, mas que tem, tem... rs...

P.S.: Essa postagem é em homenagem ao Fábio. Ele me pediu que contasse uma história de superação, achei que era uma boa idéia! Aí está Fábio!

domingo, 5 de setembro de 2010

Homens molambentos...


A mulher brasileira é muito pouco exigente, no quesito aparência, quando é para escolher um homem. O que vejo de mulheres bonitas, todas arrumadinhas, ao lado de uns homens molambentos, mal tratados, que não se cuidam, é algo impressionante. Simplesmente não entendo algo assim. Alguém que você vai ter apresentar para as pessoas, ir para cama transar sempre, alguns são dureza só de imaginar a cena! Note bem que não estou falando de beleza propriamente, mas de cuidado com a aparência. O desleixo é o que me incomoda, essa cultura de que pra ser macho não tem que ter vaidade, é algo caduco. Viva os metrossexuais!

Eu tenho uma amiga que é bonita, toda certinha, o corpo com tudo em cima. Escolheu para casar um homem que mais parece a visão do inferno. Uns dentes horríveis, uma cara de cachorro, gordo imenso daquele que a barriga cai, anda igual um pato, todo desarrumado, sempre arrastando um chinelo... Nossa! Fico olhando aquilo e já comentei com ela! Foi quando me disse que todos perguntam o que foi que ela viu naquele homem. Aí, obviamente, vão vir com aquela máxima, aquele chichezão desagradável de que as mulheres estão interessadas mesmo é no que o cara tem... Esse é um caso que contraria essa tese. O cara acima de tudo é duro e pão duro...

Entenderam a minha revolta com a situação da mulher brasileira. Se as mulheres tivessem aceitando homens molambentos por interesse financeiro, eu poderia até entender... Mas escolher homens molambentos pra dividir despesas. Gente! É mau gosto ou não é? É mau gosto, sim!

Aí vão dizer que a mulher se apaixonou pelo cara molambento e ele lhe parece bonito... Estranho é que não vejo o contrário acontecendo!! O amor dos homens então não é tão cego quanto o das mulheres! Por que eles sabem escolher bem as suas mulheres e exigem bem, exigem que elas se tratem, que se arrumem bem, enquanto grande parte deles não movem um músculo para melhorarem sua aparência...

Um dia desses, caí num blog em que a mulher ostentava orgulhosa a foto dela com o marido... Ela linda, linda de verdade e jovem, o cara devia ter no mínimo uns 20 anos a mais que ela, um trapo ambulante, daqueles que visivelmente não se cuidam. E aquela mulher mostrando aquela foto toda orgulhosa... Me atirem todas as pedras do mundo!! Me queimem em praça pública!! Mas eu não entendo isso! Porque não vejo o homem fazer o mesmo! Se fosse o contrário, o homem jamais ostentaria uma mulher molambenta como um troféu! É mau gosto, ou não é? É sim!!

Pensando bem a respeito desse assunto, acho que as mulheres tem vários critérios na hora da escolha de um parceiro e não é só o financeiro, concordo que muitas até priorizam esse quesito, mas depois que espalharam esse boato idiota de que tá faltando homem no mercado, várias estão relevando a dureza do cara e estão até bancando os homens pra não ficarem sozinhas. Já a maioria dos homem continua priorizando a aparência, por isso assistimos essas discrepâncias diariamente...

Eu não sou diferente das outras mulheres, também tive meus homens molambentos. A questão é que não me acomodava, reclamava uma mudança de atitude. Não os exibia com orgulho e quando não conseguia uma modificação, me desinteressava sexualmente com o tempo. Que se dane, porque tenho um mínimo de bom gosto! Se ele quer andar todo xexelento, que procure uma mulher que não se importe com isso, tem um monte, infelizmente! Porque eu me importo! Repito! Atentem bem para o fato de que não estou falando de beleza, mas sim de cuidado com a aparência.

Meninas, moças, mulheres e senhoras!! Imprimam essa foto abaixo e colem na sua geladeira, tenham como ideal esse homem!! rsrs... Tá bom! A grande maioria não vai conseguir um gato desse, incluido euzinha...rs... mas só de tê-lo como objetivo, garanto que tudo que vier, vai ser melhor do que um homem molambento... rs